História do cerco de Lisboa

História do cerco de Lisboa José Saramago




Resenhas - História do Cerco de Lisboa


75 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Daniele522 11/09/2020

O fato do autor não usar a pontuação tradicional dificulta a leitura.
comentários(0)comente



AnaLaura 16/02/2020

Fascinante Lisboa
Muito interessante a forma que somos levados a Lisboa em diferentes épocas de sua história. Romance envolvente!
comentários(0)comente



Andrea 07/01/2011

Perdoem-me os leitores que gostaram desse livro, mas foi com um imenso alívio que finalizei a leitura na página 319.

Foram três meses de sofrimento em uma história que parecia nunca deslanchar. Existe uma história de amor, um olhar irônico sobre o próprio país e uma filosofia sobre as palavras “sim” e “não”.

Resenha completa em http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2010/04/historia-do-cerco-de-lisboa.html
comentários(0)comente



ÃLINHO 24/06/2012

confesso que não gostei da maneira que o autor escreve, não consegui ler até ao final. Embora seja um autor super conhecido e badalado, intelectual, etc. não faz meu genero.
comentários(0)comente



Nathaliamel 30/08/2023

O poder do ?não?
A escrita do Saramago sempre me cativa. A primeiro momento nos traz um estranhamento mas a medida que se acostuma com sua escrita peculiar não tem como não se apaixonar.
Nesse livro, acompanhamos as peripécias de um editor que, ao estar em suas mãos um livro histórico sobre o cerco de Lisboa, entra num grande conflito interno. Como lidar e editar com livros que não gostamos ou concordamos ?
Como não modifica-los da forma que sabemos que seria mais interessante e inteligente?
comentários(0)comente



Rhuan Maciel 17/02/2022

A escrita de Saramago foi um dos alicerces que me prenderam ao livro por quase 200 páginas, entretanto não consegui continuar, uma vez que não possuo algum interesse sobre o cerco de Lisboa. A história de Raimundo e Maria Sara estava muito boa e preferia que o autor só focasse neles, mas sei que a premissa do livro não funcionaria. Acredito que pra quem já possua conhecimento desse fato da história portuguesa, o livro deve ser muito mais interessante. No fim, essa leitura ajudou-me para conhecer o estilo de Saramago.
comentários(0)comente



Renato 14/11/2021

Crônica de dois amores e Lisboa
Quem lê José Saramago conhece já seu particular estilo de (falta de) pontuação e parágrafos quilométricos que exigem uma leitura menos célere até que o leitor consiga dominá-lo. Vale muito a pena. Este livro exige um pouco mais, pois são dois romances intercalados e as alternâncias entre um e outro às vezes não passa de uma vírgula. Um é romance histórico medieval ambientado na verdadeira tomada de Lisboa pelos portugueses, o outro é o próprio personagem/escritor vivendo suas crises e seu maduro romance na Lisboa contemporânea. O narrador não economiza nas palavras e nem nas referências paralelas e a falta de pontuação é uma evidente deferência do magistral Saramago às antigas crônicas portuguesas. A ortografia de Portugal é saborosa e você é levado a ler com sotaque português, ora pois!
comentários(0)comente



Jamyle Dionísio 06/01/2022

Isso não é uma resenha
Demorei para chegar até aqui. O livro ficou reverberando em mim, era como se ainda não tivesse me separado dele.
Acho que ainda não me separei. Como se eu fosse bebê recém-nascido que não sabe ainda que nasceu.

Coisa estranha e maravilhosa é ler o livro de um mago das letras!

Esse livro é do meu marido. Uma daquelas edições de banca, de quinze anos atrás. Perdeu até a jaqueta. Está ao meu alcance desde que juntamos as bibliotecas. Um tesouro desprezado!

Olha só: nem sei como começar. Raimundo Silva é um revisor de livros. Seu último trabalho é a História do Cerco de Lisboa, evento acontecido no século X. Trata-se da reconquista de Lisboa dos mouros por Dom Afonso Henriques, com a ajuda dos cruzados. Porém, por motivos desconhecidos pelo próprio Raimundo, decide mudar o texto do livro, inserindo um ?NÃO? que alteraria todo o rumo da história.

A Editora, ao descobrir o erro, coloca os revisores sob a supervisão de Maria Sara. Em vez de pegar no pé do pobre revisor, ela fica intrigada pelo ?não?, pelas possibilidades que aquela palavra pode criar nos mundos real e imaginários.

As duas narrativas, a do cerco de Lisboa e a de Raimundo Silva, se mesclam ao longo do livro todo.

Sim, os parágrafos são grandes, as frases imensas. Mais imenso é Saramago, meus amores. Vale a concentração, o esforço, os retornos para releitura quando a gente se perde no texto.

(E tem história de amor. Adoro.)

Há livros que não exigem resenha. Eles são o que são.
Devem ser lidos.
Isso não é uma resenha. É uma experiência.
comentários(0)comente



erbook 13/06/2020

Duas narrativas sobre o amor!
Este livro de Saramago não me cativou tanto quanto “Ensaio sobre a cegueira”, “Ensaio sobre a lucidez”, “O evangelho segundo Jesus Cristo”, “As intermitências da morte”, “O homem duplicado” ou “A caverna”, mas, de qualquer sorte, não há dúvida de que é ótima obra literária.
*
Raimundo Silva, homem maduro, solteiro e revisor de profissão, num ato inexplicado, troca um “sim” pelo “não” e altera a História do cerco de Lisboa, na medida em que os cruzados “não” auxiliam o primeiro rei português Afonso Henriques a reconquistar a cidade de Lisboa dos mouros no ano de 1147.
*
A partir dessa atitude, a editora Maria Sara, após chamar-lhe a atenção e corrigir o equívoco, o desafia a reescrever a História do cerco de Lisboa como se os cruzados efetivamente não tivessem colaborado com os portugueses.
*
Neste ponto, Saramago cria dois planos narrativos onde ficção e realidade se misturam e se entrelaçam para discutir as relações amorosas entre pessoas de diferentes classes sociais. Na perspectiva presente, demonstra o surgimento do amor tardio de Raimundo Silva por Maria Sara, do revisor com a editora chefe. Noutra, aborda o amor do soldado Mogueime por Ouroana, mulher do cavaleiro Henrique.
*
Saramago, nesta obra, também nos faz refletir sobre os diferentes níveis de percepção entre ver, olhar e reparar. “Tenho me divertido ou instruído, aos poucos, a descobrir a diferença entre olhar e ver e entre ver e reparar, É interessante, isso, É elementar, suponho até que o verdadeiro conhecimento estará na consciência que tivermos da mudança de um nível de percepção, para dizê-lo assim, a outro nível”.
*
O “cerco” da obra pode ser interpretado como o muro que separa as diferenças sociais e culturais. No caso presente, a diferença social entre o simples revisor, que sequer possui carro, e a editora chefe, que possui “status” social mais elevado. No caso “histórico” do cerco há grandes diferenças culturais entre os cristãos e os mouros, bem como entre os meros soldados e os cavaleiros.
*
Trecho: “cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele, queremos deitar abaixo os muros do outro e continuar com os nossos, o amor será não haver mais barreiras, o amor é o fim do cerco”.
comentários(0)comente



Hildeberto 14/08/2018

O livro "História do Cerco de Lisboa" foi escrito antes do "Evangelho Segundo Jesus Cristo", "Ensaio sobre a Cegueira" e do Nobel de 1998. José Saramago já era um autor conhecido e reconhecido, principalmente a partir da publicação do livro "Memorial do Convento".

Como fã do autor, essa fase (anos 1980) me é saudosa. Saramago ainda estava construindo seu nome no mundo literário. Ele já escrevia do seu jeito peculiar, tentando simular a fala dos contadores de estórias do Alentejo. As temáticas que seriam recorrentes já são abordadas: relações humanas, metalinguagem, realidade e linguagem, uma visão sem floreios da natureza humana, a ironia, o sarcasmo, as inúmeras alfinetadas as crenças religiosas...

Como disse, essa fase me é saudosa. O autor ainda é relativamente inseguro para ousar demais, menos ambicioso no seu projeto narrativo. O resultado é um livro simples e belo pela sua falta de ambição.

Um revisor põe um "Não" em um livro sobre a história do cerco de Lisboa, o que leva uma celeuma na editora. Ele não é demitido, mas seu trabalho deverá ser supervisionado por uma mulher contratada em decorrência do fato. Desse relacionamento, nascerá não só um romance como o "livro dentro do livro".

Maria Sara, a supervisora recém contratada dos revisores, sugere a Raimundo, a personagem principal, que ele escreva um livro sobre a história alternativa do cerco de Lisboa. Raimundo criará um enredo para essa "história" alternativa, e Saramago nos contará a história do relacionamento que se vai construindo entre Maria Sara e Raimundo.

Os livros de Saramago são atos linguísticos e filosóficos. Linguísticos porque sua forma de escrita e seu vocabulário são desafiadores: há um prazer sonoro na leitura e uma dificuldade em entender certos significados (algumas palavras e expressões não são usadas por nós, brasileiros; outras caíram em desuso, visto que o livro é de 1989; e ainda outras não são usadas na linguagem cotidiana). Filosófico porque o autor não hesita em tecer considerações por toda a trama. Estes dois elementos criam uma obra substantiva, mas simples em seus contornos gerais.

Vários temas são abordados, mas destaco a questão sobre linguagem e realidade. A história do cerco de Lisboa foi mudada apenas com um "Não". A partir desse ponto, o autor argumenta que a linguagem e a realidade são elementos que convivem, mas que nem sempre se confundem. A linguagem tenta reproduzir a realidade, mas nessa tentativa de reprodução, quanta coisa se perde e quanto se acrescenta? Por algo não ser dito, só por isso ele não é real? Em tempos de fake news, este tópico nunca esteve mais atual.
comentários(0)comente



Valério 08/08/2017

Tripla história
Saramago: O único autor onde a história em si sempre me parece não ser tão relevante quanto o modo que se conta.
Sua escrita é música para o cérebro. Interessantíssimo o jogo de palavras, a composição das frases. A cada livro lido de Saramago (até agora, já foram 15 lidos. Acabam-se, infelizmente, muito rápido) apenas confirmo minhas impressões.
É um dos maiores gênios literários. Uma conversa agradável, cada livro seu.
Embora leve-se algum tempo a se habituar com sua escrita, em uma regra de pontuação somente sua, que confunde de início.
Em História do cerco de Lisboa, Saramago nos apresenta Raimundo da Silva, um revisor literário que se atreve, ao revisar um livro sobre histórico sobre a tomada de Lisboa - dominada até então pelos mouros - pelos Portugueses, resolve alterar um fato histórico ao acrescentar um "não" em uma frase que afirmava que os Cruzados apoiaram Portugual na tomada de Llisboa.
O livro é impresso com o grotesco (e proposital) erro. E no desenrolar da história Raimundo acaba por ver uma reviravolta em sua vida por conta dessa sua diabrura.
Em paralelo, a história do cerco de lisboa vai se desenvolvendo.
Mas então é uma história dupla. E não tripla, como no título.
É tripla porque há a história de Raimundo Silva. Há a história do cerco de Lisboa. E há a história do cerco de Lisboa pela versão de Raimundo Silva, onde os Cruzados negaram auxílio a Dom Afonso, Rei de Portugal, para combater os mouros.

Parece complexo. Mas não sou nenhum Saramago para dar ares de simplicidade às maiores complexidades.. (escusado o trocadilho).
comentários(0)comente



Vanne 19/11/2011

"Não há mal que por algum bem não venha.."
O começo pede bastante atenção. O autor, na tentativa de reproduzir o pensamento, usa vírgulas no lugar de ponto final, dois pontos, travessão e interrogação, o que por vezes, torna a leitura difícil. Foi necessário reler alguns trechos, algumas páginas.
Confesso que achei mais interessante da metade para o final, quando o relacionamento com Maria Sara começa a se estabelecer.

Segue alguns trechos.

"A idade traz-nos uma coisa boa que é uma coisa má, acalma-nos, e as tentações, mesmo quando são imperiosas, tornam-se menos urgentes." pág.: 12

"(...) tudo quanto não for vida, é literatura, A história também, A história sobretudo, sem querer ofender, E a pintura, e a música, A música anda a resistir desde que nasceu, ora vai, ora vem, quer livrar-se da palavra, suponho que por inveja, mas regressa sempre à obediência, E a pintura, Ora a pintura não é mais do que literatura feita com pincéis, Espero que não esteja esquecido de que a humanidade começou a pintar muito anstes de saber escrever, Conhece o rifão, se não tens cão, caça com gato por outra palavras, quem não pode escrever pinta, ou desenha, é o que fazem as crianças." pág.: 12 -13

"Cada coisa a seu tempo, o cerébro foi a última coisa a ser inventada." pág.: 14

"(...) mas o destino tem lá as suas leis inflexíveis, e quantas vezes com inesperados e artísticos efeitos..." pág.: 18

"Quem o seu inimo poupa, às mãos lhe morre." pág.: 19

"(...) mas venha a atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado, confundido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as palavras à letra, que não sereia verdadeiro homem aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas." pág.: 23

"os homens são incapazes de dizer quem são se não puderem alegar que são outra coisa." pág.: 37

"os momentos são sempre muitos, ainda que sejam poucos os segundos." pág.: 97

"não vela a pena preocuparmos-nos com o dia de amanhã, porque duma certa maneira, ou de maneira certa, tudo quanto vier a acontecer aconteceu já.." pág.: 108

"não posso dizer que tenha grande experiência, pouco mais faço que observar o mundo e aprender de quem sabe, noventa por cento do conhecimento que julgamos ter é daí que nos vem, não do que vivemos, e é lá que está também o apenas pressentido, essa nebulosa informe onde ocasionalmnete brilha uma súbita luz a que damos o nome de intuição.." pág.: 203

"a grande prova de sabedoria é ter presente que mesmo os sentimentos devem saber administrar o tempo" pág.: 218

"(...) não cabem mais coisas num ano do que num minuto só por serem minuto e ano, não o tamanho do vaso que importa, mas sim o que cada um de nós possa pôr nele, ainda que tenha de transbordar e se perca." pág.: 285

"Não há mal que por algum bem não venha.." pág.: 297

"(..) um home caminha léguas e léguas durante uma vida e dessas não aproveitou mais do que fadiga e ferida nos pés, quando não na alma, e vem um dia em que dá seis passos apenas e encontra o que buscava." pág.: 299
Thiago 09/12/2011minha estante
Olá Vanessa, como eu te disse, eu acho que você começou Saramago pelo livro errado. Por favor, não desista do autor. Pega o Intermitências da Morte ou o Ensaio Sobre a Cegueira. Dá mais uma chance pro velho vai!


Vanne 09/12/2011minha estante
Certamente vou ler mais alguma coisa do Saramago. Mas reconheço que estou em dúvida entre começar pelo Intermitências da Morte ou o Ensaio Sobre a Cegueira.

Recomendações ?


Thiago 10/12/2011minha estante
Olha, vou ter falar um pouco de cada livro e você escolhe.

O Intermitências é um livro pequeno, apesar de se tratar da morte, sua leitura é mais leve e tem até um pouco de comédia.

Já o Ensaio dos Ceguinhos, é um livro mais sério, reflexivo, tem temas mais fortes e tal. Já viu o filme?

Como eu acho que eu já te disse, pra mim o melhor livro do velho portuga é o Ensaio Sobre a Cegueira, foi o primeiro que eu li dele, foi ele que me fez matutar vários dias depois de ler, e foi o que fez eu ler outros dele.

Se você já quiser começar tomando um soco no estômago, começa pelos Ceguinhos; se quiser uma coisa mais leve, vai de Intermitências, que não é um livro ruim também. Aí é com você!




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Fernando Lima 12/03/2021

Duas histórias do cerco de Lisboa
Apesar de gostar do estilo de José Saramago, achei essa leitura um tanto quanto entediante. Talvez isso diga mais sobre mim do que sobre o livro...
comentários(0)comente



Mari 01/09/2020

Quando você chega no final e algo está faltando
Ao adicionar um "não" à frase "os cruzados ajudarão os portugueses" num livro sobre o Cerco de Lisboa (que foi determinante para a expulsão dos mouros daquela terra e para a fundação do Reino de Portugal), o revisor de livros Raimundo Silva, num ato de rebelião à sua vida entediante, mudou tanto a história de Portugal como sua vida.

Não consigo entender as pessoas que criticam a ausência de pontuação do livro, já que é tipo reclamar que um romance de Guimarães Rosa tem palavras inventadas. Como já tinha lido A Jangada de Pedra, essa característica não me incomodou, pelo contrário, achei que é a maior qualidade do livro, porque deu mais agilidade ao texto. Talvez se ele tivesse sido escrito de uma forma tradicional, seria um livro mediano, pois não gostei tanto de como a história foi construída. A ideia é brilhante e a abordagem da edição de livros, principalmente da revisão, é muito interessante, mas achei que o Saramago demorou muito para engatar a história, pareceu que ela só começou lá na página 150, se o livro tivesse umas 400 ou mais páginas, isso não teria incomodado, mas só tem pouco mais de 300.

Quando li em vários comentários, que era um romance romântico do Saramago, pensei que esse seria um grande foco do livro. Mas, os romances também me incomodaram, achei que podiam ter sido mais aprofundados, para acreditarmos que são reais. O livro podia ter fácil umas 100, 200 páginas a mais para desenvolvê-los.
comentários(0)comente



75 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR