História do cerco de Lisboa

História do cerco de Lisboa José Saramago




Resenhas - História do Cerco de Lisboa


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prof.vinic 24/02/2009

Confuso e interessante
Achei curioso a forma que Saramago uni o presente real com a história fictícia de um cerco. As vezes fica difícil separar as histórias ... mas com certeza este é o ponto forte do romance. Temos aqui uma mostra de toda genialidade do autor, e tudo por causa de um NÃO!
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Gláucia 09/04/2010

Histórias entrelaçadas
Um revisor de livros encontra um erro num texto histórico e por conta disso encontra o amor. Não é dos melhores do autor mas ainda assim é um bom livro. Vale a pena.
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Paulinho 05/03/2013

Reflexão, Ironia, Filosofia, Crítica, História e Amor.

As palavras supracitadas acima descrevem esse livro. Saramago sempre escreve a partir do “SE”, e se a morte não mais existisse, se todos ficassem cegos, se todos votassem branco. Neste romance o “SE” é: e se os cruzados não tivessem ajudados a reconquista de Lisboa dos Mouros? De um revisor alterasse o texto conscientemente, deliberadamente? Quais as conseqüências?

Ao contar a história do Revisor Raimundo Silva e Maria Sara, Saramago nos conta a História do Cerco de Lisboa, com seu senso crítico aguçado e ferino ele nos diverte e incomoda e nos leva à reflexão.

"Bem me queria a mim parecer que a história não é a vida real, literatura, sim, e nada mais, Mas a história foi vida real no tempo em que ainda não poderia chamar-se-lhe história,”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 11.

"[...] os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo,”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 21-22.

Uma verdadeira homenagem à história e à literatura, um reflexão forte sobre a importância de ambas e suas falhas.

"Em minha discreta opinião, senhor doutor, tudo quanto não for vida, é literatura, A história também, A história sobretudo, sem querer ofender, E a pintura, e a música, A música anda a resistir desde que nasceu, ora vai, ora vem, quer livrar-se da palavra, suponho que por inveja, mas regressa sempre à obediência, E a pintura, Ora, a pintura não é mais que a literatura feita com pincéis, Espero que não esteja esquecido de que a humanidade começou a pintar muito antes de saber escrever, Conhece o rifão, se não tens cão caça com o gato, por outras palavras, quem não pôde escrever pinta, ou desenha, é o que fazem as crianças, O que você quer dizer, por outras palavras, é que a literatura já existia antes de ter nascido, Sim senhor, como o homem, por outras palavras, antes de o ser já o era.”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso.Página 10.

Saramago reflete também sobre a vida do homem, sua existência, suas fraquezas.

"[...] não era bastante termos dito que o cão é o melhor amigo do homem, pelo jeito que leva o mundo bem pode acabar por ser o último.”
História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 140.

“Entre o martelo e a bigorna somos um ferro em brasa que de tanto lhe baterem se apaga.”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso. Página 17.

HÁ ainda amor com todas as suas dúvidas, medos e temores.

"Por que é que gosta de mim, diga-me, Não sei, Gosto, E não teme que quando começar a saber, possa começar a não gostar, Às vezes acontece, acontece mesmo muito, Então, nada, o depois só depois é que se conhece, [...].”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso.Página 212.

Este livro já possui também os germes de Ensaio Sobre a Cegueira.

"Olhar, ver e reparar são maneiras distintas de usar o órgão da vista, cada qual com a sua intensidade própria, até nas degenerações, por exemplo, olhar sem ver, quando uma pessoa se encontra ensimesmada, situação comum nos antigos romances, ou ver e não dar por isso, se os olhos por cansaço ou fastio se defendem de sobrecargas incómodas. Só o reparar pode chegar a ser visão plena, quando num ponto determinado ou sucessivamente a atenção se concentra. O que tanto sucederá por efeito duma deliberação da vontade quanto por uma espécie de estado sinestésico involuntário em que o visto solicita ser visto novamente, assim se passando de uma sensação a outra, retendo, arrastando o olhar, como se a imagem tivesse de produzir-se em dois lugares distintos do cérebro com diferença temporal de um centésimo de segundo, primeiro o sinal simplificado, depois o desenho rigoroso, a definição nítida imperiosa de um grosso puxador de latão amarelo, brilhante, numa porta escura, envernizada, que subitamente se torna presença absoluta.”

História do Cerco de Lisboa. José Saramago - 320 páginas - Companhia de Bolso.Página 146.

Por tudo isso História do Cerco de Lisboa, é um livro para ser lido, relido, analisado, pensado, refletido, suas idéias suas beleza são comoventes e comovedoras, Saramago mais uma vez nos deu uma obra além do tempo. Um trabalho de compreensão humana, arguto e fascinante.
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Cadu 18/08/2013

José Saramago, famoso escritor português, nascido em 1922 que, infelizmente, faleceu em 2010. Na época em que ele morreu, eu ainda não tinha lido nenhum livro dele e eu confesso que não me importei com a notícia. (Poxa, oitava série, né!).
Um ano depois da morte do escritor, eu li o livro "Ensaio sobre a Cegueira", que pretendo reler em breve, e adorei! Desde esse livro, não tinha lido nenhum outro do autor, até que li o livro que será resenhado hoje: "A História do Cerco de Lisboa".
O livro conta a história de Raimundo Silva, um solitário revisor de livros que, ao revisar o livro intitulado "A História do Cerco de Lisboa" acrescenta um NÃO ao texto. Isso mesmo, um "não". De acordo com a história original do cerco de Lisboa, os portugueses, junto aos cruzados, cercam a capital lusitana e a tomam dos mouros dessa forma. Assim, quando o revisor adiciona uma palavra tão simples, que é o "não", ele diz que os cruzados não se juntaram aos portugueses. Mas então o que aconteceu? Os mouros venceram o cerco? Essa é a diversão do livro, haha.
Embora seja uma leitura extremamente difícil (pelo menos pra mim), eu gostei bastante do livro. Saramago junta as duas narrativas - os dias atuais e a Lisboa antiga - de uma maneira tão natural que é preciso prestar muita atenção para entender em qual delas estamos e justamente aí está o legal dessa narrativa. No tempo que eu demorava pra entender qual das duas narrativas eu estava lendo, eu me forçava a imaginar as duas história seguindo o rumo que eu estava lendo, já que eu não sabia qual delas que tomava esse caminho.
Acho importante ressaltar que fiquei filosofando sobre o livro: Quantas coisas na vida podiam ser diferentes se acrescentássemos um "não"? E se não houvesse homofobia? E se não existissem guerras? E se a passagem de ônibus fosse gratuita? (Tentativa de piada falhou). Acho esse tipo de reflexão importante para aplicar na minha vida, e tentarei fazer isso daqui em diante.
Em dado momento do livro, o revisor conhece Maria Sara, sua nova chefe, e começa a rolar uma tensão entre eles (nada de spoiler, isso tá na orelha do livro!). É muito interessante perceber que Raimundo, o revisor, imagina diversas cenas acontecendo entre os dois, mas a grande maioria delas não acontece. Outro ponto legal da narrativa se encontra aqui: Quando ele está imaginando que está com ela e quando ele está de verdade? Difícil saber.
De uma maneira leve, Saramago faz humor com o livro. Eu dei algumas risadas com alguns dos personagens secundários, como a empregada de Raimundo, uma desconfiada mulher que suspeita que ele está apaixonado.
O ponto negativo que eu encontrei no livro, no entanto, se encontra na estrutura. Eu entendo que a maneira de escrever do autor é inovadora e moderna, mas ler um parágrafo de seis páginas é muito chato. Só de ver que há um parágrafo desses no início do livro já da um certo desânimo.
Devo dizer, também, que fiquei um pouco bravo com o personagem principal. Se ele pensava tanto em fazer alguma coisa, por que diabos ele não fazia?! Sim, faz parte do personagem, mas é frustrante!
Antes de concluir a resenha, tenho uma queixa as editoras: Eu quero uma capa que nem aquela da foto! A capa do livro que eu tenho em mãos é sem graça e eu quero aquela... mas quando eu pedi na livraria, a moça me disse que capa que eu queria não estava mais sendo produzida!
Pra finalizar, digo que recomendo fortemente o livro. Eu já gostava do Saramago antes, mas depois desse livro, fiquei com vontade de ler mais livros do autor, em especial "O Segundo Evangelho de Jesus Cristo".

site: http://fetichelitteratus.blogspot.com.br/
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Mari 01/09/2020

Quando você chega no final e algo está faltando
Ao adicionar um "não" à frase "os cruzados ajudarão os portugueses" num livro sobre o Cerco de Lisboa (que foi determinante para a expulsão dos mouros daquela terra e para a fundação do Reino de Portugal), o revisor de livros Raimundo Silva, num ato de rebelião à sua vida entediante, mudou tanto a história de Portugal como sua vida.

Não consigo entender as pessoas que criticam a ausência de pontuação do livro, já que é tipo reclamar que um romance de Guimarães Rosa tem palavras inventadas. Como já tinha lido A Jangada de Pedra, essa característica não me incomodou, pelo contrário, achei que é a maior qualidade do livro, porque deu mais agilidade ao texto. Talvez se ele tivesse sido escrito de uma forma tradicional, seria um livro mediano, pois não gostei tanto de como a história foi construída. A ideia é brilhante e a abordagem da edição de livros, principalmente da revisão, é muito interessante, mas achei que o Saramago demorou muito para engatar a história, pareceu que ela só começou lá na página 150, se o livro tivesse umas 400 ou mais páginas, isso não teria incomodado, mas só tem pouco mais de 300.

Quando li em vários comentários, que era um romance romântico do Saramago, pensei que esse seria um grande foco do livro. Mas, os romances também me incomodaram, achei que podiam ter sido mais aprofundados, para acreditarmos que são reais. O livro podia ter fácil umas 100, 200 páginas a mais para desenvolvê-los.
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Thiaguinho 25/05/2023

Duas histórias
É interessante o modo pelo qual a História do cerco é contada simultaneamente à história de Raimundo Silva.
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Lane 02/06/2022

consegui
esse livro é muito massa.
me interessou desde que li a sinopse.
um revisor, ao revisar um livro sobre a história do cerco de Lisboa, não concorda com algumas coisas que estão escritas lá e troca um "sim" por um "não", o que obviamente é descoberto na editora klkkk.
mas não é só isso, o livro é praticamente uma história dentro de outra história, Raimundo Silva, o revisor, é desafiado a escrever sua versão da história do cerco.

tem migalhas de romance. a escrita de Saramago é surreal, gente, ele não usa travessões para falas, nem aspas! não usa interrogações e mais um pouco, só lendo pra entender, lendo de verdade.


dei quantos estrelas pq passei quase 1 ano pra terminar :)
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Lari 03/07/2023

Rico em detalhes
Mais uma leitura do Saramago e sempre me surpreendo com a riqueza de detalhes nas suas narrativas, e no envolvimento do narrador.

Não achei uma leitura muito fácil, principalmente por não conhecer tanto sobre a história de Portugal e Lisboa, mas gostei de como o romance foi construído em cima de fatos históricos.
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Paula1735 11/12/2022

Tudo começa por causa de um simples erro. Em que um Raimundo decide corrigi este erro impresso no livro. Colocando uma errata no livro. E deste erro Raimundo é demitido da editora de livros e contratando uma jovem. Para revisar este trabalho e também estimulando a reescrita de Portugal.
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Enzo.Makihara 14/10/2023

Muralhas, palavras e amor
É o primeiro livro do Saramago que leio, com certeza não será o último, ainda que tenha levado algumas páginas para assimilar o estilo do autor, sem pontuações. Não creio possuir a percepção para resenhar com profundidade um autor da envergadura de José Saramago, mas vão aqui algumas considerações sobre o que penso ser principal:

A narrativa, muitíssimo bem trabalhada, brinda o leitor com reflexões prolixas advindas de situações cotidianas, que em muito enriquecem a psiquê dos personagens e conduzem a história, não sendo as reflexões um apêndice, mas uma parte intricada do enredo a ser contado.

E o enredo, este muito simples à primeira vista, trata da história de Raimundo Silva, um revisor que, durante a correção de uma obra científica sobre o cerco de Lisboa, propositadamente afirma que ?os cruzados NÃO ajudaram no cerco?, criando uma evidente contradição na história. Esse ato de rebeldia, inconformação e inquietude, inédito em toda a carreira de Raimundo, lhe rende uma forte reprimenda da diretoria da empresa, que o coloca sobre a supervisão de Maria Sara, nova chefe dos revisores, contratada especialmente em função do erro voluntário.

Apesar do primeiro contato pouco amigável entre Maria Sara e Raimundo, é criada uma tensão entre ambos que escala de forma romântica: um amor entre dois adultos que viveram vidas inteiras antes de se conhecer e, agora se conhecendo, atraem-se mutuamente. Nota-se que, à despeito da breve obsessão de Raimundo por sua superiora hierárquica, Maria Sara é quem toma todas as iniciativas, e praticamente conduz sozinha a aproximação e a relação que passará a ter com Raimundo; também surge dela a ideia de escrever uma história fictícia sobre o Cerco de Lisboa, uma em que os cruzados de fato recusam ajuda aos portugueses, instigando o Revisor que, investido nessa nova empreitada, passa a arquitetar um livro em que as muralhas da cidade ocupada por mouros sejam derrubadas, mesmo diante do fantasioso ?Não?. A partir disso, Raimundo cria um romance entre os personagens de sua história, Mogueime e Ouroana, que representam o autor e sua companheira, e concomitantemente desenvolvem-se as tramas, tanto a escrita por Raimundo Silva, quanto aquela escrita por Saramago.

No fim, o livro trata sobre como um simples Revisor foi capaz de derrubar barreiras com uma única palavra negativa, e sucessivamente foram caindo os muros, sociais que o separavam de sua paixão, consuetudinários que o separavam de uma vida propriamente vivida e os de pedra que protegiam os mouros fictícios dos portugueses inventados. Não é estranho, portanto, que tratando de vários temas, acabe por tratar de um só, afinal,

?[?] cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele, queremos deitar abaixo os muros do outro e continuar com os nossos, o amor será não haver mais barreiras, o amor é o fim do cerco.?
sofi.mmp 14/10/2023minha estante
O amor é o fim do cerco. Definitivamente vou ter que ler esse.




Lismar 15/01/2019

Uma grande história de amor.
Quando comprei História do Cerco de Lisboa, fui na expectativa de um puta livro de ficção histórica sobre o Cerco de Lisboa, mas acabei-me por deparar-me com uma belíssima história de amor.
O livro começa com um ato deliberado do revisor Raimundo Silva ao mudar um fato histórico do Cerco de Lisboa em uma revisão, acarretando em um acerto entre este e sua chefe imediata: a de que ele faça sua versão da História.
O relacionamento entre os personagens é realizado de forma bastante bela, com vários momentos memoráveis, como quando Maria Sara se apaixona por Raimundo Silva, algo feito de forma tão linda e de uma sutileza e poesia encantadora ou quando se entregam finalmente à paixão, com o Revisor finalmente "Destruindo o muro invisível" e tomando acesso à "cidade" em uma analogia ao término de um cerco.
Intercalando o romance entre os protagonistas contemporâneos, há TB a exploração do relacionamento entre os personagens da obra de Raimundo Silva: O guerreiro Mogueime e a cativa Oroana.
Interessante notar a diferença entre a evolução do relacionamento dos autores com suas obras. Enquanto aqueles é feita de forma bela, com uma sensibilidade apaixonante, a estes é feita apenas com expressões, ações, atitudes, e palavras rápidas, lacônicas de seus protagonistas. Não dá para ser romântico em meio a batalha, com derramamento de sangue, tripas e merda. Mas não quer dizer que seja menos emocionante.
Por isso, não pense que por se tratar de um livro do gênero romance de Saramago que ficaremos sem sua crítica ácida de sempre, quase sempre presente nas passagens históricas do Cerco da Cidade de Lisboa, como quando há uma discussão entre dois cruzados: se é cristão matar uma Moura após o estupro. Além das várias outras alfinetadas à sociedade ao longo do livro.
Enfim, mais um livro estupendo do escritor português, mostrando porque foi um dos maiores romancistas da lingua portuguesa.
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Luis793 10/03/2022

Estilo de escrita muito diferente
No começo estranhei muito a escrita, mas com o tempo me acostumei e gostei muito! A história também é bastante interessante!
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Veri 27/05/2024

Bom Saramago
História do Cerco de Lisboa é um livro bem peculiar. São dois livros em um: a história de Raimundo Silva e dentro dela a história ficcional que ele escreve sobre o Cerco de Lisboa (acontecimento histórico).

A primeira é excelente. A segunda é arrastada. Não porque não seja boa, ela é ótima, mas como não é Saramago que escreve, é Raimundo Silva, e o personagem nem escritor é, é revisor, a qualidade do texto não é? bem, verás.

Até nisso Saramago é genial!
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Berenice.Thais 18/01/2020

Poesia
Não e o primeiro livro do Saramago que leio.
Mas o primeiro que descubro palavras;
As degusto como uma iguaria rara.
José Saramago um escritor português, nós enviamo a desbravar o passado de Lisboa ao presente no romance do revisor senhor Raimundo Silva?julgo Benvindo"a Maria Sara de uma maneira poética. Tecidas brilhantemente que fazem a história do cerco de Lisboa uma fascinante meditação sobre a natureza, os costumes e as relações entre ficção e a história. Explorando as possibilidades de um romance tanto no passado quanto no presente.
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