Jesus Cristo bebia cerveja

Jesus Cristo bebia cerveja Afonso Cruz




Resenhas - Jesus Cristo bebia cerveja


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Soylent Green 08/07/2024

?Rosa nunca se sente única. Isso nunca lhe acontece na vida. Todos os seus momentos são minimizados com um ?isso também já me aconteceu?.?

?De cada vez que deixamos de ser percebidos, morremos. Quando somos enterrados deixamos de ser percebidos por toda a gente, mas quando os outros já não olham para nós, ficaram condenados para um número limitado de pessoas, a uma morte em tudo idêntica à outra. A nossa morte não acontece quando somos enterrados, acontece continuamente: os dentes caem, os joelhos solidificam, a pele engelha-se, os amigos partem. Tudo isso é a morte. O momento final é apenas isso, um momento.?
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Will.Leite 21/03/2024

Se alguém me perguntar ?Do que fala o livro?? eu terei muita dificuldade de explicar.
A sinopse dele fala que é sobre uma jovem neta realizando o sonho da avó de visitar Jerusalém. Mas isso só começa a ser abordado de fato lá para o meio do livro.
Eu gostei do clímax e dos acontecimentos no final do livro, bastante surpreendentes, mas meio desconexos com o resto do livro.

Eu gosto de ler, gosto da ver personagens sendo criados, desenvolvidos, e isso encontrei aqui, muito bem feito, aliás. Este é o ponto positivo do livro. Apesar de, também, não ter me identificado e afeiçoado com nenhum personagem rsrs
nay.gba 21/03/2024minha estante
Já leu o Vamos Comprar um Poeta dele também? É ótimo, o Afonso é meio diferentão


Will.Leite 21/03/2024minha estante
Oi @nay.gba
Era exatamente este que eu queria ler, mas não achei na versão e-book, só impresso. Então li outro rsrs




Julinhafox 12/01/2022

quem escreveu a sinopse?
Decidi ler Jesus Cristo bebia cerveja por causa da sinopse. Porém, e talvez por isso eu tenha implicado mais com o livro do que deveria, a história não é exatamente a sinopse.
O que vemos no livro é uma trama meio incerta do que se pretende. Por vezes, assume uma protagonista que parece interessante, mas logo a trama migra para outro protagonista, esse um tanto quanto chato, e acaba por se distanciar ainda mais do que a sinopse conta - que só se apresenta de fato ao final e brevemente.
Além disso, achei que a trama foca repetidamente, de forma bastante cansativa, na sexualização das personagens, reduzindo-as, sem justificativa narrativa. É bobo.

Os capítulos são curtos, estão a leitura passa rápido - apesar de, em momentos, parecer interminável.

O título é melhor que o que vem em seguida dele.
Minha primeira leitura de Afonso Cruz, espero que a próxima seja mais prazerosa.
André Siqueira 12/01/2022minha estante
Desisti na terceira página


Julinhafox 12/01/2022minha estante
Hahaha fui mais esperançosa, em vão!
quis desistir na metade, mas dei uma de teimosa pra saber quando raios a sinopse ia acontecer na história hahaha




Lurdes 05/12/2021

Acabei de acabar.
Ainda processando.
Estou tentando escrever sobre ele e organizando as ideias, todas embaralhadas pelo Afonso Cruz.
Que mania ele tem de me embaralhar ideias e me provocar lágrimas ao final.
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Adriana.Machado 04/08/2021

Custou-me a entrar na leitura, mas continuei sempre porque adoro mesmo a escrita deste autor. Durante o resto, adorei! Até cheguei a pensar que se equiparava ao ?Flores?. No entanto, não aconteceu.

TW: violação e abuso infantil
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Leo Neves 28/07/2021

?É certo e sabido que o final feliz é uma invenção humana, uma necessidade de obliterar a morte. A vida nunca acaba. Porque todas as histórias de seres vivos acabam misturadas com a terra, acaba no caixão. Essa não é exceção, porque é fiel ao fatalismo da nossa condição de mortais com pretensões a outras coisas.?
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caroline 03/06/2021

"É certo e sabido que o final feliz é uma invenção humana, uma necessidade de obliterar a morte. A vida nunca acaba bem. Porque todas as histórias de seres vivos acabam no caixão. Esta não é uma exceção, porque é fiel ao fatalismo da nossa condição de mortais com pretensão a outras coisas."

Peculiar. A história é com certeza peculiar e singular.

A sinopse do livro atrai pelo inusitado. Mas, na verdade, a história de uma aldeia alentejana transformada em Jerusalém é apenas uma pequena parte da obra e isso, ao menos pra mim, foi um tanto... decepcionante.

Afonso parecia um tanto perdido e sinto que a escrita dele evoluiu muito desde que este enredo foi publicado. Senti falta da escrita filosófica que tanto me encanta e que foi tão pouco explorada aqui.

Não indicaria este livro, mas estou sempre pronta a panfletar Flores e/ou O pintor debaixo do lava-loiças.

Sem dúvida, houve passagens marcantes, mas, provavelmente lembrarei de Jesus Cristo Bebia Cerveja pelo seu tom desrespeitoso com as crenças alheias, pela sexualização exagerada da personagem feminina e pelo seu plot twist um tanto quanto estranho.

Acredito que Rosa só estava perdida e buscava desesperadamente por uma salvação, mas em lugares errados. Achava que pessoas poderiam salvá-la, achava que homens poderiam guiá-la a um propósito maior.

Todos só a viam, não a enxergavam, não a tratavam como pessoa, mas apenas como um objeto, um pedaço de carne e isso foi mesmo penoso de ver. Penso que, no fundo, Rosa queria o mesmo que todos nós: ser verdadeiramente amada por alguém, ser compreendida e receber, ao menos uma vez, algo em troca de absolutamente nada.

Mentalmente, eu subi aquele monte, entrei naquele alpendre da casinha simples do Alentejo e abracei a Rosa. Disse a ela que tudo ficaria bem - ainda que eu não tivesse nenhuma certeza disso - porque é disto que eu preciso também: mentiras (esperanças!) confortáveis envoltas em agradáveis afagos altruístas.
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Lusia.Nicolino 27/03/2021

A realidade cobra seu preço na esquina
Dos autores portugueses contemporâneos, Afonso Cruz é um dos meus preferidos.
Criativo, atual, mas que não perde o jeito clássico de contar uma história. Foi uma emoção comprar seu livro Flores na Livraria Lello, no Porto, no lançamento. Mas hoje, nada de poesia!
Em Jesus Cristo bebia cerveja, Rosa – nossa personagem principal – precisa levar sua avó Antónia a Jerusalém e, assim, realizar o sonho dessa senhorinha de conhecer o lugar antes que a morte a arrebate!
Uma escrita que nos pega pelo pé, que quase flerta com o realismo fantástico. O peso do final é tão contrastante com a leveza com que começa que quase nos envergonhamos de ter rido tanto em algumas situações. Uma aldeia alentejana é o mundo de Rosa e de sua avó que lhe sobrou como um fardo. Um fardo de amor? Rosa vive entre o pouco que lê de seus romances de detetives e seu trabalho árduo, entre amores e desamores, entre o simples e o complexo. A vida apenas é, entre um pastor e um professor, entre um riso e uma raiva contida. Entre a encenação que transforma uma aldeia na terra santa e a cidade nada santa que a todos transforma. Capítulos curtos que nos apresentam também outros personagens, histórias paralelas que, no fundo, são toda a sustentação do enredo, do que é o nascer, o abandono, o sonho e a realidade que cobra seu preço na esquina.

Quote: "Uma corda estica até ao seu comprimento, mas pode passar uma vida dobrada sobre si mesma, enrolada para dentro. Uma corda comprida pode não passar de um pequeno rolo. A nossa vida também é assim, como uma corda. Por vezes, estende-se sobre o abismo, por vezes está enrolada na arrecadação. Pode unir dois lugares distantes ou ficar arrumada, dobrada sobre si mesma."

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Rê Lima 09/12/2020

Confesso que fiquei confusa, sem saber muito para onde esse livro estava indo. No final, achei bom, mas não muito bom, sabe?
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Jesus Cristo bebia cerveja, Afonso Cruz – Nota 8/10
Comprei esse livro totalmente no escuro. Em um primeiro momento, o título me chamou a atenção e quando li a sinopse, achei a ideia do autor bem interessante. Rosa, a protagonista, mora em uma vila do Alentejo, interior de Portugal, e vive para cuidar de sua avó, Antónia. Sua mãe abandonou a família e o pai, deprimido, “pegou uma corda e pendurou-se numa figueira. Foi o mais estranho fruto daquela árvore”. Um dia, Rosa descobre o sonho de vida de sua avó, conhecer Jerusalém, a Terra Santa, mas as difíceis condições de vida das duas e a idade avançada de Antónia elevam esse sonho ao impossível. O professor Borja se apaixona pela garota e não consegue aguentar a tristeza que a acomete por não poder realizar o sonho da avó. Assim, sugere transformar a aldeia em que vivem na própria Jerusalém, como em um cenário de teatro. Borja “acha que todas as geografias se sobrepõem. O sagrado está em todo o lado. Não tanto pelo valor intrínseco, mas pelo valor que lhe damos. Se uma aldeia o Alentejo pode ser Jerusalém, é porque é Jerusalém”. Apesar de ter inicialmente me interessado pelo enredo, o que me agradou mais na obra foi a escrita de Afonso Cruz - o que explica as passagens da obra citadas nessa resenha. Os personagens apresentados ao longo da narrativa também são muito bem construídos e todos, cada um de seu jeito, ajudam Rosa na sua missão. Quando comecei a ler, esperava encontrar um enredo mais linear, ou seja, um romance propriamente dito. Mas, na verdade, a história fica em um segundo plano e o autor constrói uma obra com um carga filosófica maior. Talvez seja por isso que o livro não tenha me prendido tanto. Além disso, é uma obra difícil e reflexiva, que exige mais do leitor, mas que vale a pena ser lida, até para sair um pouco da zona de conforto. Apesar disso, foi bom ter esse primeiro contato com Afonso Cruz, um autor português contemporâneo muito bem conceituado e cujo trabalho pretendo conhecer mais.

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Ladyce 18/07/2018

"Jesus Cristo bebia cerveja" é um título que chama atenção. Parece profano, desrespeitoso. E, no entanto, esta provocação de Afonso Cruz, não se materializa. Trata-se de obra moralizante, cujo desfecho me pareceu surpreendentemente antiquado, bastante incompatível com o mundo contemporâneo.

A trama se desenvolve em torno de Rosa, uma jovem de beleza rústica e sensual. Imaginei-a semelhante a Frida Kahlo, por causa do bigodinho, sobrancelhas espessas e vasta cabeleira. Rosa foi criada pela avó. Os pais, cada qual à sua maneira, decidem tocar a vida separadamente e em estilo não condizente com a vida doméstica. Ele morre, ela sai de cena. A criança fica com a avó. Agora, Rosa é responsável pela anciã que já não consegue sobreviver sozinha. Muito pobres, vivem do que plantam e do auxílio dos outros. Um dia, Rosa descobre que a avó gostaria de visitar Jerusalém antes de morrer. Este desejo parece impossível de ser concretizado, a não ser que mudassem Jerusalém para o centro do Alentejo. Como? Esta é apenas uma das inúmeras intrigas que seguimos e não é, nem mesmo, a mais importante. Porque a vida de Rosa, filha de uma mulher que sai do interior de Portugal e se prostitui em Lisboa, parece já estar, desde o início da leitura, condicionada.

Esta obra se parece com uma igreja barroca-rococó, como as encontradas no século XVIII no Brasil. A localização da história no Alentejo, árido, ensolarado, de casas caiadas e ruas vazias nos dá a impressão externa de simplicidade como acontece com qualquer templo barroco tardio e engana quem se detém em sua observação, pois esconde a rica complexidade de seu interior. E é esse interior, a narrativa de uma história simples entremeado por numerosos personagens esdrúxulos — como a inglesa que mantém intelectuais de duvidoso saber a seu redor; assim como as intermináveis discussões entre eles sobre assuntos esotéricos — que ocupam o espaço, e por excesso borram a linha narrativa, confundindo o leitor com mais informação do que necessário, entulhando seu percurso até o final. Prestar atenção a esses personagens é seguir arabescos narrativos e chegar a becos sem saída que intrigam, não pela imaginação do autor em descrevê-los, mas porque conspiram para que a leitura de um texto de 240 páginas na versão brasileira, consiga ser cheia de caminhos tortos e curvas perigosas, continuamente desnecessários.

Este foi o primeiro livro que li de Afonso Cruz, que ocupa, pelo aplauso e louvor recebidos por suas obras anteriores, lugar de importância na literatura lusitana da atualidade. Foi uma leitura que me surpreendeu pelo estilo rebuscado. No início, suas figuras de linguagem, antíteses, metáforas, paradoxos, hipérboles parecem charmosas. Encantam. O virar da frase, a torção inesperada de um significado, a troca do significado pelo significante chamam a atenção. Configuram maneira diferente, poética, de registrar acontecimentos. Mas terminado o primeiro terço da obra, elas se tornam um maneirismo, um impulsivo exagero cansativo e irritante. Pareceu-me um caderno de exercícios em estilo, em que os adornos ao texto tornam a narrativa rebuscada, barroca e indisciplinada. “A inglesa tem uma grande ruga a riscar-lhe a testa, olhos desaparecidos pela vida, lábios cheios de palavras por dizer.” [57]. [Quantas figuras de linguagem cabem numa frase de vinte palavras? ] “A noite começa seu trabalho de escuridão, vai iluminando o dia com suas trevas.” [113] Ocasionalmente este tipo de linguagem é muito bem vindo. Sim, o autor está trabalhando a nossa língua, está exercitando sua potencialidade. Mas precisa mostrar toda destreza que possui ao navegar o idioma, continuamente? Em uma única obra?

Não conheço o trabalho anterior de Afonso Cruz. Amigos recomendaram a leitura por serem fervorosos adeptos da obra do autor. A seu favor: houve interesse suficiente para que eu levasse a leitura até o fim. Por Jesus Cristo bebia cerveja, e exclusivamente por esta livro, Afonso Cruz me parece ansioso por compartilhar com leitores as incríveis ideias que lhe vêm à cabeça, tanto na linguagem quanto na volumosa população de personagens extravagantes, sem edição. A exuberância narrativa, a imaginação prolixa contrastam com a trama simples e previsível. Sem dúvida uma obra que trabalha a discordância entre a singelez da trama com a ostentosa linguagem.

*resenha modificada em 19/07/2018.
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Rick-a-book 02/03/2016

JC chegado numa loira gelada
Só que não.
Jesus Cristo bebia cerveja conta a história de Rosa, uma moça que mora com a velha avó quase surda numa vila do Alentejo, em Portugal. Rosa foi abandonada pela mãe ainda criança e viu o pai morto, depois deste ter se suicidado. Amparadas apenas pela pequena horta que têm e pelas pensões que recebem, as duas vivem uma vida de difíceis condições. Rosa é uma moça tristonha e sonhadora. A avó sonha em conhecer a Terra Santa, Jerusalém, mas Rosa sabe que não há a menor possibilidade disso acontecer.
E isso é só o começo da aventura.
Mais detalhes, no site.

site: http://escritocentral.blogspot.jp/2016/03/jesus-cristo-bebia-cerveja-afonso-cruz.html
fsamanta (@sam_leitora) 30/04/2017minha estante
Curti a escrita e os personagens, já o enredo. ..




cecilia.mendonca.583 16/03/2015

Uma leitura diferente e envolvente
A descoberta desse autor português foi uma surpresa bem bacana. A forma como escreve, as analogias que traça nos levam a reflexão:
"... Tal como há pessoas velhas que morrem novas e há horas que passam em segundos e há sonhos que acontecem quando estamos acordados, há bolos de canela que não sabem a canela..."
Vale a pena ler e reler.
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