Cami Sanches 06/06/2021O antigo "oráclo que tudo sabe"...Eu desconfio que esse é um dos livros que, se lido pela Camila de uns 8 anos atrás, ganharia o status de oráclo que tudo sabe.
Sabe aquelas leituras que fazemos quando somos muito novas e a cada frase de efeito pensamos: "nooossaaa, isso definiu minha vida!!!" (arco íris, explosões mentais, choro)
Então, "Não se apega, não" seria um desses livros.
A questão é que eu não sou mais aquela jovem (que bom, não?), e tempos depois percebemos que as frases que antes tanto nos impactavam não passavam de frases prontas e clichês, frases que já não cabem dentro de nossas vivências porque as mesmas extrapolam muito dessas ideias já muito passadas.
Percebemos, também, ideias um tantinho problemáticas, um pouco cabeça fechada, sabe? Também não cabem mais em uma vivência que se propõem a sempre buscar novas atualizações, novas reflexões, novas realidades.
Percebemos que esse tipo de livro realmente trata de assuntos extremamente relevantes, e tratam para o público jovem mesmo! Divertido, leve... Mas as vezes sentimos a falta da seriedade e da profundidade que poderiam ser aplicada a algumas das passagem (estamos velhas né, fazer o que!)
Mas agora falemos do livro de forma direta. De todo jeito, percebo que muito das críticas estão imbricadas na noção de que há uma evolução e amadurecimento de ideias na passagem de páginas... Assim como acontece na vida, certo?
Claro, temos que nos atentar as mensagens que passamos para a juventude, porque podem ser modelos de mundo que vão se agarrar a determinada mentalidade... Mas não acredito que esse livro faça um deserviço nesse sentido não!
Realiza o que se propõe: trata sobre desapego, amor próprio e sua busca da forma mais divertida e simples que encontra.
Disso não posso discordar.