Homunculus n° 15

Homunculus n° 15 Hideo Yamamoto




Resenhas - Homunculus n°15


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unidiniz 23/10/2022

Ode aos sem-rosto
Como enxergar o outro se tudo o que você sabe fazer é enxergar a si próprio?

O mais interessante da obra está no vazio existencial do Nakoshi. Preso às sensações, nada o faz sentir vivo: sucesso profissional, dinheiro, mulheres. Tudo o que ele queria era se camuflar, e, depois, se ?normalizar?. Quando finalmente conseguiu, esqueceu sua história (e rosto) e o vazio o tomou de vez quando se deparou com a consequência de suas próprias ações.

O final foi bastante satisfatório, não tinha como ser de outra forma. O personagem Ito é cativante com o passar dos volumes e a arte é BELÍSSIMA, grotesca em vários momentos (amo!). O live action é dispensável.
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Max 08/07/2022

Que final suprendente
Rapaz esse final me pegou de surpresa, não sei se entendi tudo mas e realmente incrível, tenho que digerir melhor isso.
Nunca tinha lido mangá então para uma primeira vez eu gostei bastante.
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jordanpessanha1 15/01/2022

Que final foi esse??? ???
Nossa que final! Foi muito doido, mas incrível! Parabéns ao Hideo Yamamoto por criar uma história tão criativa e envolvente!

Claro que tenho as minhas ressalvas sobre esse mangá, principalmente com relação ao apelo sexual, que pra mim é um elemento bem vazio e descartável, ainda mais diante de todo o potencial que a obra apresentou desde o primeiro volume.

Fico feliz pela história ter terminado sem mais nenhuma queda de qualidade, principalmente depois da decepção que tive no volume 5.

O autor soube focar bem no psicológico do Nakoshi, usando os Homunculus como elementos narrativos constantemente, o que deixou tudo bem fluido e dinâmico.

Ler essa obra foi uma ótima experiência. No fim valeu a pena. Agora preciso parar para refletir mais sobre esse final.
naakh 29/10/2022minha estante
Eu não entendi esse final, Nakoshi tava louco desde o começo?


LeitorDepressivo 09/12/2023minha estante
nem eu entendi




Jef 07/07/2018

HOMUNCULUS: A BIZARRICE HUMANA NA FORMA DA NONA ARTE
Susumo Nakoshi, de 34 anos, é um sujeito estranho. Morando em um velho KIA, estacionando ao lado de um grande parque, ele passa seus dias entre os mendigos conversando, se alimentando e trazendo saquê para eles. Nakoshi porém não é um mendigo, sempre em seu terno, ele é classificado como “sem-teto com terno” pelos demais mendigos.

Todos os dias, no final da tarde Nakoshi passeia pela cidade, volta para o parque, janta com os mendigos e vai dormir em seu carro. Um sujeito misterioso com um passado igualmente misterioso: dependendo de quem pergunte, a resposta sobre o quem ele é e o que faz varia. A verdade é que para Nakoshi nada importa, nem ele nem ninguém, apenas seu carro é importante nessa vida. Ele é um mitomaníaco, ou seja, pessoa que mente para os outros buscando mentir para si mesmo.

Certo dia, um estranho sujeito, Manabu Ito, aparece para Nakoshi e lhe faz uma proposta de 700 mil ienes para que Nakoshi se submeta a um bizarro experimento: a trepanação; uma cirurgia que consiste na aberta de um orifício no crânio do paciente, realizada desde a antiguidade com o objetivo de eliminar maus espíritos e demônios, ou ainda desenvolver dons paranormais.

Susumu Nakoshi após a cirurgia da trepanação começa a ver os monstros que as pessoas escondem em si mesmas, os homunculi. (Uma representação da própria pessoa, como objetos, animais e seres fantásticos). Mostrando-nos com suas visões ao tampar um dos olhos e enxergando com o outro o coração humano. Revelando segredos, como somos falhos e mentimos para nós mesmos ao querer apresentar ao mundo alguém que não somos e que nossos traumas fizeram de nós.

Todos possuímos um Homunculus dentro de nós escondido e poucos conseguem lidar com ele. Sussumu é o único capaz de enxergá-los. Será que ele está louco ou é o único que despertou um dom?


Essa é a sinopse desse mangá cult de suspense e terror psicológico. Criado por Hideo Yamamoto, possui 15 volumes lançados no Japão de 2003 a 2015 e no Brasil, lançado pela Panini em 2009, terminando sua publicação no Brasil em 2014.

Particularmente, desde que eu vi esse mangá fiquei curioso com a capa e conteúdo por ser diferente dos mangás tradicionais que estava acostumado a ler, e então num impulso e consumismo louco comprei os oito volumes que estavam à venda e posteriormente o sete seguintes dos quinze.

Ao chegar em casa, fascinado, realizo o ritual característico de leitura abrindo cuidadosamente cada mangá e devoro todos os volumes rapidamente pela imersão com a história, pelos detalhes do traço tão rico e belo, das páginas reflexivas sem diálogo.

Homunculus é excepcional. A psicologia humana é muito bem aplicada. O simbolismo, surrealismo, metáforas e a bizarrice do ser humano estão bem escritas e descritas em uma arte impecável. O desenhista e roteirista Hideo Yamamoto fez um excelente trabalho e merece todos os prêmios possíveis por esta obra.

Recomendo Homunculus a todos que curtem uma história diferente, com mais diálogos bens construídos que ações. Muitos podem o achar um pouco parado se estiverem acostumados a somente ler história voltadas para ação como o famosos mangás de estilo Shounen (mangás para jovens). A ação em Homunculus é psicológica, está nas palavras, nas entrelinhas, sutileza, na inquietação e nos traumas de cada personagem. Homunculus é um mangá Seinen (adulto) que possui um drama forte, reflexões e erotismo. Uma aula de psicanálise junguiana.

A todos que se interessarem em ler esta grande obra prima dos mangás japoneses e procuram por algo único, Homunculus precisa ser lido e admirado. Uma trama coerente, fechada, que fará o leitor mais envolvido analisar muitos conceitos.

A pergunta que Homunculus nos faz é: Que monstro você esconde dentro de você? Você consegue ver o coração dos outros? E o seu? Qual é o seu Homunculus?

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