O anatomista

O anatomista Federico Andahazi




Resenhas - O anatomista


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Hérida Ruyz 24/07/2011

"Renascença"...

Transformação é a palavra de ordem, foi uma época caracterizada pela descoberta e marcou o período de transição entre idade Média e idade Moderna - O Renascimento da arte, filosofia e ciência.
É neste cenário do século XVI que Federico Andahasi nos leva para conhecer Mateo Colombo, o herói que descobriu sua... nossa doce "América". Não a mesma América de seu homônimo, mas aquela que nomeou como "Amor Venéris", equivalente anatômico do "Kleitóris".

Com uma linguagem "quase" rebuscada, porém ágil e fluida, tem-se a impressão de estar lendo um livro antigo. Contrastando um vocabulário, ora refinado, ora vulgar, conseguiu deixar o texto formal, porém leve.
É possível se perder na narrativa, perguntando-se onde termina os fatos reais e onde começa a ficção; houve momentos em que me questionei se realmente estava lendo um romance fictício ou um relato histórico.

O livro é rico em detalhes históricos sobre os tabus religiosos e científicos e das teorias anatômicas e fisiológicas da época, porém o ambiente e a cultura geral da Renascença não são muito explorados. Mas este detalhe não deixa o livro menos interessante, narra com fidelidade o discurso masculino de poder e opressão sobre nós... Mulheres.

Gostei muito, foi uma leitura prazerosa.

resenha completa:http://www.lendonasentrelinhas.com.br/2009/09/renascenca.html
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regifreitas 11/10/2010

O anatomista
Já fazia algum tempo que esse livro aguardava a minha leitura, na estante aqui de casa. Mas vinha adiando sempre esse momento. Pouca coisa sabia sobre a obra, e absolutamente nada sobre o autor. Mas o enredo me chamou a atenção e resolvi comprá-lo mesmo assim. Gosto do prazer da descoberta de coisas novas e de novos autores. Muitas das obras que hoje admiro me chegaram assim, quase do nada. Não foram indicações nem de amigos nem de publicações especializadas. Simplesmente surgiram à minha frente como se destinadas a que eu as lesse.

Pois bem, o livro foi lido quase de um fôlego só, somente fazendo pausas para as inevitáveis chamadas que a vida real impõe. E como Mateo Colombo, o protagonista d’O anatomista, senti o prazer da descoberta de uma verdadeira preciosidade. João Paulo de Oliveira é quem melhor sintetiza o enredo: “Misturando a realidade histórica com uma inventividade ardente, o argentino Federico Andahazi floreia a história do principal anatomista do Renascimento para criar um livro bastante incomum. Sobre um tripé, uma trindade: o anatomista italiano Mateo Colombo, a viúva franciscana Inês Torremolinos e a maior prostituta de Veneza, Mona Sofia, o escritor remonta a história do descobrimento da ‘América’ de Mateo, o ‘kleitoris’”.

A descoberta de Mateo Colombo, embora infinitamente menor do que a América descoberta por seu homônimo famoso, era bem mais perigosa, e para o tribunal da Inquisição nunca deveria vir a luz. Descrevendo sua descoberta no tratado “De res anatômica”, o anatomista a nomeia de “amor veneris” – “o órgão que governa o amor nas mulheres”. Contudo, a publicação dessa obra foi proibida “segundo o disposto nos ‘Indices librorum prohibitorum’”, e seu autor nunca deveria divulgar o conhecimento de tal descoberta. Para os Doutores daquele Tribunal da Inquisição: “Por certo, a publicidade do descobrimento conduziria, forçosamente, a todo gênero de danos. O que sucederia se o achado de Mateo Colombo caísse nas mãos dos inimigos da Igreja? A que calamidades não seria confrontada a Cristandade se, do feminino objeto do pecado, se apoderassem as hostes dos demônios ou, pior ainda, se as próprias filhas de Eva descobrissem que possuem, no meio das pernas, as chaves do céu e do inferno?” (p.152).

Durante o julgamento de Mateo Colombo somos confrontados com o impressionante machismo que a Igreja de então (?) defendia. As mulheres mais liberais ou que demonstrassem um centímetro a menos de pudor eram julgadas como bruxas e feiticeiras, e seu destino era arder nas fogueiras da Inquisição. Diante do próprio Tribunal, e para ganhar as graças dos seus juízes, o anatomista defende a tese de que a mulher é destituída de alma, sendo somente matéria, ideias expressas pelo próprio Aristóteles na “Metafísica”. Do depoimento de defesa de Mateo Colombo: “Como ensinou Mestre Aristóteles, o esperma do homem é a essência, é a potencialidade essencial que transmite a virtualidade formal do futuro ser. O homem leva no sêmen a ânima, a forma, a identidade, que faz da coisa matéria viva. O homem, enfim, é que dá alma à coisa” (p.137). Logo, “o sêmen do homem é o que dá ao ser em formação a identidade, a essência e a idéia, enquanto a mulher fornece unicamente a matéria do futuro ser, ou seja, o corpo” (p.137).

O livro, então, é um reflexo das teorias defendidas na época, e como tal deve ser lido. A figura da mulher sempre acabou despertando o temor e reverência de cientistas, poetas e religiosos. Aliando erudição e sensualismo, no livro há a perfeita interação entre a história, a ciência e a ficção, despertando surpresa e prazer na sua leitura. Recomendadíssimo!
Daniel 17/01/2013minha estante
Este livro é mesmo muito bom, original e divertido


ANA 17/01/2014minha estante
Resenha maravilhosa! Parabens!




Mais1Livro 11/05/2010

Mais1Livro.com
Desbravadores do desconhecido, navegadores de mares de fogueiras e da repressão, os cientistas e descobridores da Idade das Trevas não tiveram vida fácil. Seus pescoços estavam continuamente na mira de uma corporação absolutamente poderosa e perigosa, a Igreja e a sua Inquisição. Foram eles, os cientistas, responsáveis por muitas descobertas veladas, e, principalmente, pelo nascimento do Renascimento. Uma nova Idade surgiria com um mandamento específico: Descobrir...

Confira a resenha completa em: http://www.mais1livro.com/?p=265
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Raquel Lima 14/01/2010

Uma boa trama...
Um anatomista tenta descobrir dessecando cadáveres o segredo do orgasmo feminino. No século XIV, com as repressões religiosas, dizer da liberdade e do mágico momento do prazer feminino era uma heresia. O autor consegue prender sua atenção o tempo todo. Bom livro.
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Patrícia 01/07/2009

Fascinante!
Federico criou uma trama fascinante em torno de um assunto delicado até hoje: clitoris e prazer feminino.
Dizem que a uma das inspirações do autor foram as obras de Marquês de Sade... É, tem uma pitada de Sade mas de uma forma mais sensível.
Aprovado!
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Ju Padilha 18/03/2009

Contexto Histórico!
Federico é um grande conhecedor da História e o incrível neste livro, e o contexto histórico que ele usa como pano de fundo para trama... fantástica a correlação entre o protagonista Mateo Colombo e o navegador Cristovão Colombo, ambos descobridores da "América"!!
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Katja 22/02/2009

Forte
Um livro forte, intenso, latente. Leitura de um pega só.
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