O anatomista

O anatomista Federico Andahazi




Resenhas - O anatomista


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Estrangeiro 19/09/2024

A história se passa no renscimento, período da retomada das ciências e das artes, a história tem com protagonista o renomado médico italiano Mateo Realdo Colombo e fala da sua descoberta o Amor Veneris a sua "América.
E também tem duas personagens fundamentais dessa trama a prostituta Mona Sofia e a beata Inês de Torremolinos. Assim formando essa trindade.
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Deghety 07/04/2024

O Anatomista
O Anatomista se passa na metade do Século XVI, onde os dogmas religiosos e as discriminações sociais em especial às mulheres eram os aspectos mais contundentes e predominantes.
A narrativa alterna entre tom rebuscado e grosseiro, cheio de humor ácido, sendo irônico e sarcástico, sobretudo quanto aos aspectos que mencionei acima.
O Anatomista é o personagem Mateo Colombo, que após se apaixonar pela personagem Mona Sofia, dedica sua vida a descobrir o que ele denomina Amor Veneris, a chave do coração e alma das mulheres, e naturalmente, é perseguido pela Igreja Católica.
Essa busca lembrou um pouco a do personagem Grenouille do livro Perfume.
O livro é espetacular, interessante, inteligente, divertido, etc; salvo um ocorrido no início, sobre a infância de Mona Sofia, onde o autor, provavelmente para tentar acentuar a personalidade da personagem, que julguei desnecessário e repugnante.
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Isa 27/02/2024

Meu deeeeus do céu que final foi esse!!!!!!!!!

Entendi todas as críticas a esse livro e discordo de todas! Todo o machismo e o embasamento dogmático religioso TINHAM que acontecer e TINHAM que ser brutais, pelo simples fato de o livro se passar durante inquisição.

A leitura é rica e detalhada (às vezes até demais), capaz de teletransportar o leitor pra absolutamente todas as cenas narradas. Me prendeu do início ao fim, não só por se tratar de uma história da descoberta da genitália e do prazer feminino, mas também pelo fervor religioso - tanto na acusação do Anatomista, quanto pela sua defesa no Tribunal do Santo Ofício
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Marcus 28/12/2023

Amor Veneris
Federico Andahazi não chegou a ser queimado na fogueira, como alguns dos personagens de seu romance O Anatomista. Mas sua obra não escapou do conservadorismo.

O Anatomista é a obra de estreia do escritor argentino Federico Andahazi, de 60 anos. O livro lançado em 1996 romanceia a vida do médico e professor Matteo Realdo Colombo. O personagem é real, nascido em Cremona em 1516. Como outros cientistas da Renascença, dedicava-se a dissecar corpos de pessoas e outros animais para compreender sua anatomia.

Entre outros avanços da medicina, por exemplo sobre a circulação sanguínea e a visão humana, Matteo Colombo pesquisava uma substância, poção mágica, o que fosse para despertar o amor nas mulheres.

Essa busca é a parte histórica do romance, uma obsessão de feiticeiros e alquimistas desde sempre. É aí que entra o talento literário de Andahazi, que introduz Mona Sofia, belíssima prostituta de Veneza. Ela se torna uma obsessão para Matteo Colombo, que motiva ainda mais sua busca pela chave do amor e prazer feminino.

O Anatomista tem sequências explícitas, que incluem cenas chocantes de pedofilia. Era um período da humanidade em que a prostituição não tinha idade para começar. Algo que virou crime, mas infelizmente não acabou.

A narrativa de Federico Andahazi combina o obsceno com o erudito, o profano com descrições científicas, ficção e realidade histórica em um texto muitíssimo bem escrito e fluido. O protagonista interage com vítimas da sociedade, a intolerância de religiosos, prostitutas, enfrenta um vilão e faz amizade até com um corvo.

O anatomista tornou-se um êxito mundial e foi traduzido para mais de 30 idiomas. Já em 1996, o livro foi finalista do Prêmio Planeta, e ganhou o Primeiro Prêmio da Fundação Fortabat. Porém, María Amalia Lacroze de Fortabat disse que não concordava com a decisão do júri. E ela era simplesmente a financiadora do concurso. Seu argumento, publicado em jornais de Buenos Aires, era que o romance “não contribui para a exaltação dos valores mais elevados do espírito humano”.

A Fundação Fortabat ratificou a escolha do júri e manteve o prêmio. Mas a senhora María Amalia, dona da bola, destituiu o júri e acabou com os concursos literários organizados pela Fundação Fortabat. Ela por fim concordou em dar os US$ 15 mil do prêmio a Federico Andahazi. Mas não o prêmio em si o autor não recebeu.

Muito bem, eu só não disse qual foi a grande descoberta de Matteo Realdo Colombo. E não vou dizer o que é o famosíssimo Amor Veneris. Você pode descobrir numa rápida pesquisa, mas deixo no ar para provocar seu desejo de ler esse livro. Vale muito a pena!

Eu li nesta edição da Relume Dumará de 2000, na tradução de Paulina Wacht e Ari Roitman. A edição hoje disponível é da Editora Bertrand Brasil.

site: https://www.youtube.com/@BichodePrata
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Ana Lu 31/05/2023

Muito bom o livro , linguagem diferente mas me diverti muito , só saiba que esse livro não tem um final feliz , muitas reviravoltas e é maravilhoso quando o Mateo se defende da inquisição . Vale a pena , diferente de tudo que já li
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Peixoto.Melo 07/05/2023

Da falta de liberdade feminina
Sob a influência de um dogma que rejeita a ciência e condena o feminino, Mateo Colombo faz uma descoberta que abala todas as estruturas da Igreja. Isso, no entanto, o condena à fogueira.
As ações do anatomista, apesar de ditar o rumo da história e desafiarem a Igreja, não passam de tentativas de controlar o corpo feminino.
Aquelas que verdadeiramente quebram as normas daquela sociedade são as duas personagens femininas, que rejeitam o controle sobre seus corpos e se libertam, mesmo com a dor a que são submetidas, ainda que sua libertação se dê apenas nos limites em que era permitido a uma mulher ter independência financeira e intelectual.
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Xelepe 02/01/2023

Interesse histórico
Mostra ao longo de suas páginas como a ciência sofreu na Europa para se desenvolver, com direito a intervenções do Santo Ofício. A reboque há uma visão machista da época, bem contextualizada na obra, mas também a tentativa de algumas mulheres em se libertar desse jugo.
O livro peca em se demorar acima do razoável em cenas de pedofilia, que parece em seu primeiro terço, tirando-lhe parte do brilho. Embora aceita e praticada com menos freios naqueles tempos, se houvesse menos descrição e certa espetacularização do tema, a obra seria melhor. Realmente incomoda!
Outro ponto que merece atenção é algumas escolhas de tradução, que merecia mais esmero.
O final do texto coroa essa ode à História da Medicina e reequilibra a balança para o
lado da justificativa pela leitura do livro.
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Manu 21/11/2022

História muito bem detalhada. É incrível ver as perspectivas da época quanto ao sexo e quanto ao feminino.
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Gigio 15/02/2022

Polêmico
Num enredo muito bem construído, fui transportado para o século XVI.
A ambientação é perfeita, tanto pelos cenários quanto pelas ideias. Pode parecer absurdo, mas há 500 anos, em um mundo comandado pela igreja, as coisas eram muito diferentes. A nudez e o sexo ainda eram tabus, o corpo humano ainda escondia muitos segredos e a misogenia ainda vigoravam. Almas muito sensíveis podem ficar incomodadas com esse leitura pois descreve cenas explícitas de sexo, inclusive pedofilia.
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Rodrigo Scarabelli 15/01/2022

Mateo Colombo e a descoberta de sua América: o clitóris
Livro intrigante e de ótima escrita, sobre a revolucionária descoberta do anatomista Mateo Colombo, nos primeiros anos de 1500.

Assim como seu homônimo mais famoso, desbravou terras desconhecidas e conquistou sua própria América, na geografia do corpo humano: descobriu a parte anatômica relacionada ao misterioso prazer feminino. Conhecimento perigoso que o arrasta aos Tribunais da Santa Inquisição e pode condená-lo à fogueira!

De ambientação incrível, transitamos na sociedade europeia do século XVI, idade média tardia; suas agruras, crenças e modos de vida. As concepções filosóficas, religiosas e culturais sobre as mulheres são estarrecedoras, incluindo do protagonista, que afinal é fruto do seu tempo.

Livro bem escrito e envolvente, com uma mistura incomum de erudição e vulgaridade.
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Alê | @alexandrejjr 15/01/2022minha estante
Envelheceu bem esse livro, Rodrigo? Tenho a leve impressão que ele tem partes machistas... ou estou errado?


Rodrigo Scarabelli 15/01/2022minha estante
há muita misoginia que entendo pretender retratar o pensamento da época sobre as mulheres. O protagonista, por exemplo, considera as mulheres desprovidas de alma, assim como os animais (!).
O livro choca em alguns pontos e acho que erra a mão em trechos como os que retrata prostituição de meninas. Todavia, entendo que pretende justamente trazer o contexto da idade média




Sammara 23/09/2021

Descobertas.
O Anatomista se passa na Renascença Mateo Realdo Colombo um estudioso da Anatomia se apaixona perdidamente por Mona Sofia uma prostituta Veneziana, e começa uma busca por uma porção para faze lá se apaixonar por ele e nisso ele descobre certa parte da Anatomia do Corpo Feminino que ate então era desconhecido pelos estudiosos. Porém a inquisição o pega e ele será julgado por bruxaria.
Apesar da linguagem rebuscada, vale a pena a leitura.
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Deyse J 06/08/2021

Delicado e maravilhoso!
Fui ler sem espectativa mas me surpreendi com um livro bem escrito, estória fascinante e personagens super bem desenvolvidos!
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ErikaGonAalvesFigu 17/05/2021

O anatomista - Federico Andahazi
A perfeita caracterização das bruxas para as autoridades inquisidoras do ano 1550: "A que faz mal a outra; a que tem iniciativa daninha; a que olha de esguelha; a que olha de frente com descaro; a que sai à noite; a que cabeceia de dia; a que anda com ânimo triste; a que ri em excesso; a dissipada; a devota; a espantadiça; a valente e grave; a que se confessa com frequência; a que jamais se confessa; a que se defende; a que acusa com o dedo em riste: as que tem conhecimento de fatos longínquos; as que conhecem os segredos da ciência e das artes; as que falam diversidade de idiomas."

Essa leitura me causou muita revolta por ser uma leitura com uma história datada de 1550 e por tudo relacionados ao homem na época ser a obra do senhor e coisas relacionadas as mulheres serem obras do demônio. Mesmo com essa revolta é uma leitura interessante pra ver como a ciência evoluiu e nós juntamente com ela. Estamos longe de ser uma sociedade igualitária mas se comprar com uma época em que mulheres iam pra fogueira por lerem, e questionarem, acho que estamos progredindo.
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