Passarinho

Passarinho Crystal Chan




Resenhas - Passarinho


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@dnihbook 09/07/2020

Uma história sobre luto e amizade
?Se você entrega muito de si a alguém, rápido demais, essa pessoa pode simplesmente ir embora e levar tudo.?

Passarinho || 224 pg. || Crystal Chan || editora intrínseca

Sinopse:
Meus pais sempre disseram que meu nome é Joia porque sou preciosa, mas as vezes acho que é porque começa com J, assim como John, e porque eles sentem saudades dele e não queriam me dar um nome comum . John tinha um nome comum , e adora está MORTO!

Opinião : Esse livro me surpreendeu demais , confesso que quando encontrei esse livro da livraria , não imaginava que uma história narrada por uma criança de 12 anos seria significativa . Estava totalmente enganada ! É uma narrativa delicada repleta de camadas sobre a dinâmica de uma família em luto .

Joia, a personagem principal nasceu no mesmo dia que seu irmão morreu. O menino se chamava John e achava que podia voar . Subia e saltava do alto de qualquer coisa , e por isso seu avô começou a chamá-lo de passarinho !

E por achar que era um passarinho , resolveu pular de um penhasco para voar. E joia por muito tempo viveu à sombra de suas asas , tendo todo o amor , carinho e atenção tirados dela .

Desde a morte do seu irmão , seu avô deixou de falar . Sua família entrou em um silêncio e tristeza sem fim .

Apesar das dificuldades Joia tenta lidar com a situação a sua maneira , encontra refúgio no mesmo penhasco que tirou a vida do seu irmão e acaba conhecendo John, um menino que tem o mesmo nome do irmão, talvez esse menino seja a chave para quebrar a maldição que recaiu sobre a família desde que passarinho morreu .
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bella 30/04/2021

Todas as crianças querem voar
insta: @atocadaraposa

"Passarinho", livro da americana Crystal Chan, é a bonita história da garota que está em busca de seu lugar no mundo. Joia é a personagem principal, mas, apesar disso, ela não é a principal de sua vida, tudo gira em torno de John, seu irmão mais velho, que falecera no dia que ela nasceu. John foi, muito novo, apelidado de Passarinho pelo seu avô pois o menino tinha o sonho de voar, infelizmente, seu sonho foi tão grande que, no dia de nascimento de Joia, ele pulou de um penhasco, na esperança de planar.

Desde então, os pais de Joia, os avós e toda a cidade, não a tratam como Joia e sim como a irmã de John, a irmã do menino que se jogara do penhasco. 12 anos após, o aniversário da menina ainda é lembrado com tristeza e não com alegria, ela está farta dessa situação, de não ser lembrada, de ser deixada de lado, por mais que se esforce, ela não é bastante o suficiente para fazer com que seus pais se esqueçam da perda de John, nem por um dia em toda sua vida. ​

​Cansada de não entender o porquê ninguém da família se importa com ela, porquê há tamanho silêncio em sua casa, porquê, porquê, porquê... Ela começa a ir ao penhasco, não para se jogar lá de cima, mas porque sentia que lá de cima era seu lugar, onde podia falar o que quisesse, onde se sentia acolhida pelas árvores, rochas e pelo céu. Visitava frequentemente, para esquecer de seus problemas, dos silêncios de sua casa e para estar mais perto de seu "companheiro" Passarinho.

Até um dia em que ela conhece um garoto, também chamado John, o que já a assusta o suficiente, muita coincidência ela encontrar um garoto que não apenas tem o mesmo nome de seu falecido irmão, como também, se assemelhava a ele. Joia e John se tornam grandes amigos, mas o pai e o avô da menina não o vêem com bons olhos, ainda mais quando descobrem que Joia costuma ir ao penhasco que fizera seu irmão "voar".

Estaria mentindo se dissesse que o livro me encantou logo de primeira, na verdade, me apeguei mesmo a leitura bem no fim, tinha uma pontinha de dúvida de saber o que aconteceria com Joia, se sua família, um dia, perceberia o quão triste ela se sentia por eles só pensarem em Passarinho. O livro é bonitinho, acredito que deva mexer com o coração de muitas pessoas, apesar de achar bonita a história da Joia com seu avô, não foi um livro que amei, não me prendeu o suficiente, nem o achei marcante.

site: https://www.instagram.com/atocadaraposa/
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Yara 22/04/2020

Passarinho
Agradável leitura: cheio de superstições, mágoas e drama familiar.
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Lorayne.Stinguel 21/01/2021

O livro é bastante melancólico, mas não deixa de ser interessante. A leitura flui muito fácil. No geral é bem agradável de se ler, embora eu não goste muito de livros com o personagem principal sendo criança.
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Clara 31/07/2022

eu amo você joia.
existem 2 tipos de livros favoritos,o que você quer sair gritando para todos ler e oq vc quer q seja seu.
esse é o segundo caso.
amo você joia.
obrigada não me sinto mais sozinha.
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Vanessa.Tosta 24/10/2020

"Se você entrega muito de si a alguém, rápido demais, essa pessoa pode simplesmente ir embora e levar tudo. E quando se trata de alguém como eu, que já não tenho muito de mim, bem, é preciso ter cuidado redobrado."

"A maioria das pessoas não vê o que está bem à sua frente porque não sabe o que procurar. E quando passam a saber, ficam se perguntando como não viram aquilo antes."

Esse livro traz uma história tão linda, ele fala sobre como uma família enfrenta a morte de um ente querido. É impossível não se emocionar com essa leitura, você sente a dor de cada personagem, da Joia que sempre se sentiu sozinha e distante da família, do vovô que se sentia culpado pela morte de Passarinho, da mãe que perdeu o filho de uma forma tão trágica... Esse é um dos livros que pretendo reler!
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Mai Cardoso 26/08/2016

Sabe quando você vê um livro que nunca ouviu falar, e o compra só porque achou a capa interessante e bonitinha? Então, sou dessas... rs rs Passarinho é um desses livros que caiu nas minhas mãos por mero acaso. Depois de meses com ele guardado eis que resolvo ler, mas antes decidi dar uma olhadinha nas resenhas na internet. Confesso que parei nas primeiras duas resenha que li. Mesmo com certo receio após ler as resenhas, decidi iniciar a leitura e vou contar agora o que achei dessa pequena aquisição até então desconhecida, mas que nas primeiras páginas ganhou meu coração.

Passarinho me surpreendeu muito. Apesar de ser um livro denso, pela carga emocional e dramática que ele carrega, ele também é leve (simmm, é meio contraditório..rs), ele é escrito com tal sutileza que torna a leitura gostosa, amenizando o drama. Pra mim foi uma experiência fantástica e emocionante ver o mundo através dos olhos de uma menina de apenas 12 anos.

O livro conta a história de Joia, uma menina de 12 anos que nasceu no mesmo dia em que seu irmão John, apelidado de Passarinho, pelo avô, saltou de um penhasco achando que poderia voar. Desde esse dia fatídico o avô de Joia não fala uma palavra se quer, e toda a família compartilha de uma tristeza e silêncio que parece nunca acabar.

Joia cresce em um ambiente cercado por tristeza, muito silêncio, raros sorrisos e pouco carinho, e a maneira que ela encontra para lidar com toda essa situação é um tanto quanto inesperada. Joia transforma o penhasco de onde Passarinho saltou no seu refúgio. É no penhasco que ela expõe suas tristezas, frustrações, medos e segredos, até conhecer John, um menino que possui o mesmo nome que seu irmão.

E são as conversas de John e Joia, que segundo as resenhas que li tornaram o livro chato e cansativo. Porém, eu achei o contrário, é fascinante ver como John com sua visão de mundo consegue fazer com que Joia compreenda que alguns sentimentos devem ser expostos, para que eles não acabem nos sufocando. Além disso, vi em alguns momentos, que os pensamentos e ideias de Joia também foram os meus em algum momento da minha infância.

Outro ponto muito forte do livro pra mim foi ver a relação que Joia construiu com seu avô no desenrolar da história. Muitas vezes vemos as crianças na sua inocência e fragilidade, e chegamos a pensar que elas não conseguem nos compreender. Ai vem a Joia e esfrega na nossa cara que sim, elas conseguem nos entender, mesmo quando não dizemos uma só palavra.
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Renata 16/06/2021

Passarinho
Achei esse livro numa feirinha por uns 2 ou 3 reais... Confesso que só levei porque o estado dele estava quase novo. Nunca tinha ouvido falar desde livro, dei uma pesquisada aqui no app e vi que poucas pessoas tinham lido, mas achei interessante e levei.
Não comecei a ler de imediato pois estava terminando outras leituras, então quando comecei de fato, estava lendo despretensiosamente mesmo.

Não foi um livro que me prendeu desde o início mas ainda assim foi bem fácil de ler, já que a história é contada da perspectiva de uma criança. Jóia, uma menina super inteligente, e que se sente muito sozinha por presenciar - desde que nasceu - o luto da sua família por conta de seu irmão, John. Passarinho. No dia que Jóia nasceu, Passarinho caiu de um penhasco. E a história é sobre o luto dessa família depois dessa tragédia, pela perspectiva dessa criança.

Eu gostei muito. Não foi um livro que me tocou absurdamente, mas a achei a história bem legal e muito bonita em vários momentos. Super recomendo a leitura!
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Jane 19/05/2021

Cativante
Confesso não ter prendido a atenção neste livro no primeiro contato, mas da metade pro fim, a história - finalmente - se desenrola.
Joia, uma menina de descendência jamaicana, nos revela um pouco de sua cultura com superstições.
A trama é em torno da morte de seu irmão mais velho, que morreu no dia em que Joia naceu e por isso, a menina sente algum tipo de ressentimento por parte dos pais. O avô dela que mora na mesma casa seria o responsável pela morte de John, mas no entanto, este não é um fato literal.
Joia conhece John, um sobrinho de um vizinho e se tornam amigos, após isso a história vai levando a um rumo entre ceticismo e superstição,.
É leve e emocionante.
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Helo 10/09/2021

dor e lágrimas
que delícia de livro, meu pai. eu amei como a situação toda foi abordada, a relação da Joia com seus pais e avô foi muito bem construída! talvez o final tenha sido um pouco mais ligeiro do que merecia, mas ainda sim foi maravilhoso.
me tocou muito todo o enredo da história, e ver a Joia se questionando sempre sobre sua origem, seu irmão e nunca obtendo respostas é de cortar o coração! enfim, um livro muito gostoso mas melancólico.
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Livy 19/01/2015

Bela mensagem!
Passarinho é um livro que traz uma carga emocional e dramática bem densa, mas ao mesmo tempo tem uma leveza e sutileza que tornam o livro gostoso e amenizam um tanto do drama. Eu particularmente gostei muito e foi bem diferente de livros do gênero que já li.

Joia é uma garota de 12 anos solitária, que vive em Caledonia, Estados Unidos. Ela é solitária porque não tem amigos e sua família vive de certa forma isolada, devido à descendência jamaicana e espanhola, costumes e crenças. Mas ela é realmente solitária pelo fato de que o dia em que nasceu foi marcado por uma tragédia: seu irmão, John, morreu.

O garotinho, apelidado pelo avô de Passarinho, se jogou de um penhasco próximo achando que podia voar. Desde então a dor que tomou a família de Joia não deu espaço para que a garota tivesse a atenção que gostaria ou merecia. Seu avô nunca mais falou depois daquele dia, misteriosamente perdendo a voz e a vontade de fazer tantas outras coisas das quais gostava, e por isso Joia nem ao menos o conhece direito, e nunca ouviu o som de sua voz.

Sua mãe e seu pai também vivem envoltos na dor da perda, e seu pai culpa o avô de Joia, por ter apelidado o menino de Passarinho e assim ter enfurecido um duppy (espírito maldoso na crença jamaicana) que convenceu John a pular do penhasco. A mãe de Joia também não sorri mais, e quando a dor a domina é tão aparente e palpável que é como se ela se trancasse dentro de si mesma revivendo a dor. E assim Joia não tem nada, nem ninguém que parece realmente a amar. A não ser o penhasco. Sim, o mesmo penhasco do qual Passarinho pulou. É justamente ali que Joia dá suas escapulidas e passa horas e horas sentindo a natureza, conversando com as pedras, enterrando seixos como se enterrasse suas preocupações e anseios. É ali que ela fez um círculo de pedra para cada ano que completa, onde comemora seu aniversário. É ali que ela aprendeu a querer um dia ser geóloga. É ali que ela se sente amada.

Uma noite, em que não conseguia dormir, Joia saiu escondida para escalar sua árvore preferida. Mas para sua surpresa alguém já estava ali. Era John, um garoto negro, da sua idade, que queria ser astronauta, observando as estrelas. Na sua árvore! Apesar da invasão, eles acabam gostando um do outro imediatamente, e uma amizade começa a surgir exatamente naquela noite. Dividindo experiências, John e Joia vão mudar a vida um do outro para sempre!

Sabe, este é um livro difícil de resenhar sem querer contar toda a história. E ao mesmo tempo seria difícil de contá-la pois há tanto sentimento, pensamentos e emoção no livro que fica complicado transpor em palavras. O bom mesmo é sentir tudo isto lendo o livro.

Passarinho aborda de forma muito sensível diversos assuntos, como: perda; luto; morte; tristeza; solidão; diferentes crenças, cores e culturas; etc. O luto que a família de Joia enfrenta se reflete na atenção que dão para ela. Além de que no decorrer do livro há tantos conflitos entre eles, ressaltando ainda mais a divergência de crenças - como o pai de Joia, por exemplo, que acredita que duppys estão aos montes no penhasco, e também o avô de Joia acreditando que John é um duppy.

Mas o que mais gostei é que, apesar da carga dramática do livro, ele é leve e muito gostoso de ler. E como pode isso? Pode porque uma das principais mensagens da história, além das citadas acima, é o amor e a amizade. O amor que supera o luto; que supera as diferenças inter-raciais e culturais; que supera o tempo; que preenche espaços e que supera qualquer dificuldade. A amizade que chega de mansinho, despretensiosamente, e ganha espaço; que não vê e/ou põe defeitos; que não tem hora nem lugar; que ameniza as agruras da vida.

Eu amei a narrativa de Crystal Chan que é simples, direta e tão cheia de sutilezas, e que tornou o livro delicioso de ler. Com uma narrativa em primeira pessoa - do ponto de vista de Joia - também gostei muito do modo como são descritos os movimentos, formas e nuances da natureza. E adorei o desenvolvimento da história, o modo como ela conduziu a vida de Joia, sua família, e John. Assim como gostei muito de Joia, que é muito madura para uma garota de 12 anos, já que na maior parte do tempo tem que se virar sozinha. E tive raiva pela negligência dos pais com relação aos sentimentos de Joia, apesar de não terem exatamente esta intenção. Mas acima de tudo o modo como Joia e sua família superam todas as suas dificuldades é espetacular.

Também adorei o desenvolvimento da amizade de Joia e John, que transforma a ambos e que traz significados imensos para a vida dos dois, assim como muda tudo ao redor. Gostei do modo como Joia é ligada à terra e natureza e John ao céu e universo. Eles trazem mensagens tão bonitas ao decorrer do livro, com esta amizade, que é impossível não se emocionar. A família de Joia também será afetada de várias maneiras por esta amizade. E também me senti comovida com a sombra de Passarinho que no fundo ainda está em todo lugar, assim como está em Joia, mesmo que ela não o tenha conhecido.

É difícil de verdade descrever o quanto um livro é bom ou te tocou com sua mensagem, quando gostamos tanto dele. O que posso dizer é que Passarinho é destes tipos de livro - singelo, belo e puro - para ler e guardar no coração.

site: nomundodoslivros.com
Cecilia.Alcantara 02/04/2015minha estante
Linda resenha! Só me deu mais vontade de ler o livro! Obrigada!




Iara Menezes 20/12/2014

Encantador
Passarinho é o tipo de livro que você não desgruda do início ao fim. A história passa longe de qualquer clichê criado, e muito provavelmente, de qualquer enredo possível de ser escrito que você já tenha imaginado.
Crystal Chan escreve nesta narrativa sobre religião e diversidade cultural de uma forma nunca antes explorada, de uma maneira tão sutil e bem colocada, que se você não presta muita atenção, acaba até passando despercebida, por fluir tão bem com o restante desta história. Deixo claro que o foco do livro não é exatamente este. Toda a história é focada na perda, e nas diferentes maneiras que temos de lidar com ela.
Joia é uma garota que ao completar 12 anos vê sua rotina virar do avesso com a chegada de um vizinho temporário. Sua vida familiar muda e ela passa a questionar tudo e todos ao seu redor, em busca de respostar e de sua própria identidade. Ela vive na sombra que seu irmão deixou quando morreu. Vive no meio de uma família calada, que prefere deixar os segredos guardados. No decorrer do livro, Joia mostra diferentes emoções, emoções que todos nós já tivemos, ou que um dia certamente teremos.
Passarinho tornou-se um de meus livros favoritos por possuir um ótimo enredo, ter sido muito bem escrito, e por conter emoções tão reais.
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Gabriela Amoroso 30/09/2014

Adoro quando uma história me sequestra. Passarinho me pegou de surpresa, roubou minha atenção e grudou em minha mente.

O livro começa no décimo segundo aniversário de Joia e é narrado por ela. A garota nos mostra sua rotina e conta como sempre conviveu com o silêncio. Em sua casa, as palavras são utilizadas apenas com o intuito de comunicação. Ninguém senta para conversar, ninguém conta histórias, ninguém ri. Mas, nem sempre foi assim. Antes de Joia nascer, a casa transbordava alegria. Seus pais eram pessoas felizes e seu avô falava. No dia em que Joia nasceu, o seu irmão morreu. Ele se chamava John, mas seu apelido era Passarinho. Enquanto Joia vinha ao mundo, Passarinho voava de um penhasco. No dia em que Joia nasceu, tudo mudou.

Aquele dia, que deveria ser o mais feliz na vida de toda a família, se tornou o mais triste. Os pais de Joia se fecharam, o avô parou de falar e a tristeza reinou. Por mais que a pequena Joia se esforçasse, não conseguia arrancar um sorriso verdadeiro de ninguém. Joia sentia falta de conversar de verdade com alguém. Sentia falta do irmão que não conheceu e sentia falta da família que existira ali. E, por mais injusto que fosse, ela não conseguia mudar as coisas ao seu redor.

Até que ela conheceu John. No mesmo dia do seu aniversário. Seria mesmo uma coincidência? John era sobrinho de um morador da cidade e estava passando as férias na casa do tio. Ele era adotado, queria ser astronauta e gostava de escalar. E assim de surpresa, John entrou na vida de Joia, virou seu (único) amigo e, para desgosto do vovô, passou a frequentar a sua casa, com o que parecia ser a chave para o maior segredo de sua família.

Quando solicitei o livro para leitura, imaginei que iria ficar tocada pela história por John ter morrido com apenas 5 anos. Mas me enganei. Claro, fiquei muito triste por John, mas fiquei ainda mais triste por Joia e por toda injustiça que ela sofreu. Não que eu esteja julgando os pais. Acredito que nem eles percebiam o mal suas atitudes causavam. Fiquei triste por Joia se sentir indesejada e por ela acreditar que era sua responsabilidade a dor que os pais estavam sentindo. A autora conseguiu transmitir muito bem essa confusão presente na cabeça da garota.

Mas se engana se você acha que o livro é todo tristeza. Joia tem um jeito bem peculiar de encarar a dor e suas visitas a certo penhasco me causaram frio na barriga. Além disso, sua amizade com John é doce e fiquei com um sorriso no rosto em diversas partes. Sem contar as incríveis descobertas que Joia fez, bem ali, na cozinha de sua casa.

O livro também aborda religião e misticismo. A parte paterna da família de Joia veio da Jamaica e acredita em maldições e em duppys, espíritos maldosos que prejudicam as famílias desprotegidas. Então, o pai e o avô de Joia dedicam muito tempo a amuletos e plantas que servem para espantar e confundir os duppys. Joia não sabe ao certo se acredita ou não em duppys, mas não conta pra ninguém para não desrespeitar o pai. Já a mãe de Joia é católica, mas não vai á igreja tem um bom tempo e acha toda a história de duppys uma grande bobagem.

Passarinho tem pouco mais de 200 páginas e uma história densa, contada de forma doce. É um livro único, extremamente sensível e sincero, que mostra a dor pelos olhos de uma criança. Gostei muito da leitura e recomendo de mais. É o livro de estréia da autora Crystal Chan e espero que ela escreva muitos outros.

site: http://www.pitadadecultura.com/
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tiagoodesouza 28/09/2014

Passarinho | @blogocapitulo
Quando a Turnê Intrínseca veio ao Espírito Santo e apresentou os livros que seriam lançados durante o ano, um dos que mais me chamou a atenção, pela capa antes de conhecer a história, foi Passarinho.

"(...) Se você entrega muito de si a alguém, rápido demais, essa pessoa pode simplesmente ir embora e levar tudo. E quando se trata de alguém como eu, que já não tenho muito de mim, bem, é preciso ter cuidado redobrado."
Página 12.

É um livro tão curto que vocês podem imaginar que as páginas podem não ser suficientes para contar a complexa e ao mesmo tempo simples história de uma família que, ao apelidar um garotinho de Passarinho, entrou num estado de luto muito longo.

Quando tinha cinco anos, o irmão de Joia, John, atirou-se de um penhasco ao mesmo tempo em que a irmã nascia prematuramente em casa. Ela recebeu esse nome incomum para afastar a sina que o nome tão comum trouxe ao irmão. Sua família é muito supersticiosa. No seu aniversário de doze anos, Joia sai de casa tarde da noite, pois não conseguia dormir, e descobre que tem alguém no seu lugar preferido. É um garoto que surge como uma aparição, mas que ela logo descobre se tratar do sobrinho do vizinho; o nome dele é John.

Passarinho é um livro que mexeu comigo em vários momentos. Eu gosto bastante de livros que abordam o ponto de vista de crianças para falar de assuntos algumas vezes polêmicos ou que esperamos que crianças não precisem enfrentar muito cedo na vida, como a morte. Claro que a morte de Passarinho afeta toda a família de Joia, como o avó que simplesmente parou de falar após o ocorrido. O relacionamento de Joia com ele é uma das partes que eu mais gostei de acompanhar, porque o avó começa bem ranzinza e temeroso em relação aos duppies - espíritos malignos culpados pela morte de Passarinho - e vai revelando outras facetas aos poucos. A amizade entre Joia e John nasce da admiração mútua que eles começam a nutrir aos revelarem suas camadas e compartilharem sonhos e desejos.

Vocês podem imaginar que o livro é um clichê. Não vou negar que os temas abordados dão margem a esse pensamento. Mas amizade e família são temas universais. Crystal Chan pega os clichês e os transforma em algo mais. E, no final, a gente percebe uma grande transformação na menina que viveu durante muito tempo numa família em que o silêncio era carregado de tristeza e descobriu numa amigo inesperado como encher seus dias com som.

"(...) Mas, na verdade, há lugares especiais em toda parte. Acho que um lugar pode ser especial simplesmente porque é - foi especial desde o início dos tempos e será assim até o fim, como o penhasco -, e outras vezes é especial por causa do que fazemos quando estamos lá."
Página 206.

site: http://ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2014/07/resenha-passarinho.html
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Bruno.Coelho 17/01/2022

Uma joia de menina
O livro é legal, aborda assuntos sobre família, amizade, luto e inocência.
Foi bom curti a trajetória de joia, no começo pensei se tratar de algo sobrenatural ou coisa do tipo mas tudo é intencional da autora. Foi pro lado real e doloroso da vida que é assumir suas pendências e buscar a cura através da conversa e amor.
O final é a melhor parte apesar de ser simplório.
Indico o livro por ser pequeno, mas a história apesar de agradável não é tão surpreendente.
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