Litteralux 23/10/2017
Refúgio no cinema
Neste ensaio, Chico Lopes desenvolve suas impressões e conhecimentos sobre o cinema. O escritor, que já foi condecorado com o prêmio literário Jabuti, já escreveu também, romances e poesia.
Complementando à sua flexibilidade literária, Chico tem domínio, também sobre o cinema, a nível de conhecimentos aprofundados sobre as histórias por ele narradas, e também, pelos elencos e diretores dos filmes comentados.
O escritor adentrou para o campo do jornalismo ensaístico, e neste ramo, adquiriu os seus conhecimentos cinéfilos que lhe permitiram escrever “Na Sala Escura”. Chico afirma que para ele todos os gêneros de filmes são interessantes, o que faz a obra boa é essencialmente uma narrativa bem escrita e amarrada com técnicas concisas, as quais não precisam ser muitos exageradas para caracterizarem uma boa produção.
Na introdução de “Na Sala Escura” Chico relembra dos seus primeiros passos na caminhada viciante em direção ao cinema, que remontam desde os tempos de sua infância, nos quais, literatura e cinema eram os seus hobbys. Para o escritor esta arte serve como refúgio às forças opressivas, principalmente se levados em conta os anos pesados de sua mocidade, com início no final dos anos 50, passando por vários pontos difusos da história.
O livro é escrito com uma narrativa direta, na qual o conteúdo tem privilégio, focando em um contato natural com o leitor, a fim de que o mesmo possa ser inserido nas memórias do escritor, e evoluir juntamente à narrativa, pelas etapas da vida de Chico. Os aspectos psicológicos, técnicos e de narração são destilados pelo conhecimento deste curioso escritor, que com a iniciativa de um autodidata, construiu seu entendimento sobre a arte do cinema, a qual, em “Na sala Escura” é compartilhada com o leitor.