Bi Sagen 27/07/2020Sra. Argyle é encontrada morta. Durante as investigações, existe a digital de um de seus filhos na arma do crime, assim como uma quantia em dinheiro dela. Por mais que Jacko afirmasse ter um álibe, não consegue confirmar isso, assim, é condenado a prisão, e acaba morrendo poucos meses depois.
Dois anos após tudo isso aparece Calgary, contando que Jacko era inocente. Isso porque ele era o álibe desaparecido.
O problema é que o que ele imaginava que seria um momento de alegria, se torna uma tragédia. Já que essa notícia significa que o assassino está a solta, e todos naquela família passam a desconfiar de todos.
Seria o sr. Argyle e a secretária Gwenda, que estavam envolvidos em um romance? A empregada da família, Kirsten? A filha desequilibrada Hester? O filho raivoso Micky? A filha calada Tina? Ou a filha egoísta Mary?
Conforme a leitura avança, percebemos as falhas e as dores de cada um, e que como reviver aquele crime estava castigando os inocentes, por precisarem reviver as dores e os temores da época do assassinato da matriarca.
Pela primeira vez adivinhei quem era o assassino de um livro da Agatha. Então fiquei realmente empolgada com isso.
Mas em compensação, o livro me incomodou em vários pontos: o racismo em relação a Tina e Jacko (eles eram os únicos não brancos na história, e toda referência a eles soava preconceituosa), a maneira cruel em que a adoção era retratada (havia ênfase em dizer que eles nunca teriam uma relação de família de verdade), e essa questão de criminoso-nato e hereditariedade. Mas podemos atribuir isso a época da autora.
Em contra partida, os dramas familiares foram muito bem trabalhados, assim como os laços de amor e ódio que os uniam.
SPOILER: aquele casamento no final é a coisa mais nada a ver da história inteira, mas nada que não dê para relevar.