Hosana na sarjeta

Hosana na sarjeta Marcelo Mirisola




Resenhas - Hosana na Sarjeta


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Felipe 27/02/2024

Relação complexa
Eu não tenho muito uma opinião sólida acerca dessa leitura. Por um lado, os cenários paulistas e cariocas são de fácil visualização, fazendo com que tenhamos identificação com o livro, por exemplo, bares ao redor da Biblioteca Mário de Andrade, a palidez do Rio de Janeiro no réveillon com a invasão de Paulista e etc. Mas o protagonista é nojento, uma pessoa execrável, ruim, ele se assemelha um pouco ao Bojack, porém sem a vontade de mudar, por vezes tive ânsia das coisas que ele falava. Assim eu fiquei entre razoável e bom.
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Antonio 16/02/2015

Broxante
Em Hosana na sarjeta, começamos na ilha de Sumatra e terminamos na Serra da Canastra, não sem antes passarmos por São Paulo e pelo Rio de Janeiro – sempre acompanhados do escritor de sacanagens Marcelo, um narrador que parece não precisar de muita criatividade para elaborar os seus livros: sacanagem é o que não falta ao seu redor.
Apaixonado duas vezes na vida (justamente durante o curto período abarcado pelos dezenove capítulos da trama), Marcelo é um cara durão que vive duro, mas capaz, em nome do amor, de arriscar-se no meio da mata para buscar um diamante – e de entregá-lo não para a pessoa por quem decidiu aventurar-se, mas para quem havia abandonado e de quem viria a ser o motivo do suicídio. Forçado. Como as demais personagens (Paulinha Denise, a mulher que ganhou o diamante e no final se matou, por exemplo, incorporava cinco personalidades diferentes – dentre elas uma cigana e uma tia dengosa) e, de resto, toda a história.
Hosana na sarjeta bate sem machucar, gasta o baixo calão sem escandalizar, berra sem se fazer ouvir. É coisa pouca.

Trecho do livro:
“Paulinha me evitou delicadamente. Não fui além do beijo. Achei melhor não insistir. Eu não tinha esse direito. Agora, aqui entre nós, uma reconciliação desse naipe, coroada com um diamante arrancado das profundezas de um subconsciente mineral, travado e assassino, merecia – no mínimo – um fodão.” (p.69)


site: leioedoupitaco.blogspot.com.br
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