Pedro Garcia 05/07/2013
Dançando para a América
Memória Inventada realmente é um romance de mães e filhas. É um daqueles livros que, por tratar de assuntos familiares, faz com que você se identifique com a história, mesmo que você não tenha nada de parecido com os membros da família da matriarca Sarah Solomon (ou Sophia, se você preferir).
É uma crônica feminina, mas a leitura é destinada a todos os públicos. Fala sobre o percurso tortuoso que a mulher do século passado precisou percorrer para alcançar a sua liberdade no século atual. A história tem como foco uma família de mulheres judias que buscam por emancipação, independente da geração na qual se enquadram. É o relato de acontecimentos de um clã hebraico, predominantemente feminino, envelhecendo e se renovando.
Começa com Sarah, refugiada da Rússia que migra para os EUA. Prossegue com sua filha, a intrigante escritora Salomé e sua neta Sally, uma auto-destrutiva cantora folk da década de 1960. Sara, filha de Sally, tem a missão de resgatar o passado de sua família para poder encontrar-se em um mundo tão diferente do mundo deixado na Rússia por sua bisavó. Dessa forma, Sara embarca em uma aventura interna de busca por auto-conhecimento e pelo significado que teve a vida de cada um de seus ancestrais.
Observações:
I) Essa é a minha primeira resenha no skoob, por isso peço que relevem se fui redundante ou evasivo em algum momento.
II) O título da resenha só pode ser compreendido por quem realmente ler o livro, mas não é por isso que a resenha contém spoilers.
III) O livro é um prato cheio para os amantes da História, para os apreciadores do povo judeu e para todos aqueles que admiram as mulheres.