Lubis 09/06/2020Um livrinho para o final de semana, sabe?Esse é um livro que eu li já faz mais de 2 anos e eu ainda não tive a vergonha na cara de resenhá-lo, mas parando agora, pegando-o na mão e sentindo a leveza da escrita de Jojo Moyes novamente, me deu vontade de contar um pouquinho sobre a história de Jess Thomas e Ed Nicholls.
Como muitos sabem, eu sou suspeita máxima para falar sobre Jojo Moyes, sou superfã, e claramente esta mulher nasceu para nos fazer sofrer e refletir sobre os momentos complicados e tensos da vida.
Partindo desse princípio, podemos imaginar que “Um Mais Um” se trata de um livro triste, mas é bem o contrário. Se trata de um livro fofo, que relata muitos momentos complicados em que nos metemos em grandes problemas mesmo tentando fazer a coisa certa.
E também sobre como o destino é engraçado, e sempre acaba trazendo pessoas e situações incríveis em momentos que você não vê mais luz no fim do túnel.
Para quem não sabe, “Um Mais Um” recebeu em 2014 uma indicação ao prêmio “Goodreads Choice Awards” de Melhor Ficção, mas acabou perdendo para “Ligações” de Rainbow Rowell (que ainda está na minha pilha da vergonha de livros incríveis não lidos).
Por ser um livro leve, contado em terceira pessoa, com uma escrita simples, e que não possui os sofrimentos habituais da escrita de Jojo Moyes, acredito ser uma ótima oportunidade de conhecer a autora e se deixar levar pela mente criativa dessa mulher incrível!
A capa segue a mesma linha de todas as outras da autora, uma pegada minimalista, porém superfofa e bem cuidada. A diagramação e revisão do livro é bem feita, e quem é leitor assíduo (assim como eu) consegue ler o livro em dois dias – ele possui por volta de 320 páginas.
A trama conta a história de Jess Thomas, uma dona de casa que rala muito para poder sustentar a filha Tanzie e o enteado Nicky – que ficou morando com ela após o chá de sumiço de seu ex-marido.
Tanzie é uma garotinha gênio da matemática, que recebeu uma oportunidade de estudar em uma escola particular através de bolsa de estudos. Nicky é um adolescente gótico meio nublado, que sofre bullying na escola (nível hard), e é viciado em videogames e maquiagem.
Nessa história temos também Ed Nicholls, um milionário do ramo tecnológico que está com a vida aos poucos desmoronando após uma denúncia de práticas ilegais dentro da sua empresa. Além das acusações de ter vazado informações privilegiadas, Ed também esta querendo sumir do mapa para fugir de sua ex-mulher e de sua irmã, que vive cobrando atenção na agenda do milionário para uma visita ao pai.
“Um Mais Um” começa contando a história de Ed e Jess quando se conhecem. Jess tem uma repulsa absurda pelo tipinho de Ed: milionários. Mas após ele ter se embebedado no pub onde ela trabalha e não conseguir voltar para casa, ela acaba sentindo um pouco de dó e ajudando Ed a voltar em segurança.
Tanzie acabou de receber uma bolsa de estudos em uma escola particular, mas Jess não tem condições de pagar o restante da mensalidade, já que a bolsa não seria integral. Sua única esperança é que a menina vença as Olimpíadas de Matemática (na Escócia!) para conseguir o valor e pagar a diferença da bolsa.
Em um ato de agradecimento e generosidade pelos cuidados de Jess no pub, Ed percebe que Jess está passando por uma situação delicada junto com as crianças (pois ela não tem um carro em condições de fazer a viagem de onde moram até a Escócia) e topa ajuda-la com uma carona até o outro país.
Após enjoos, comidas ruins, engarrafamentos, cenas fortes e risadas no desenrolar da história, o final não é desesperador igual ao “Como Eu Era Antes de Você” – que, aliás, você pode ler a resenha clicando aqui – é uma leitura leve que, confesso, no começo não me deixou muito interessada porque de sofrida já basta a minha vida, hahaha. Mas depois me veio uma sensação de frescor, um olhar diferenciado para os detalhes da vida, e um pensamento de que não importa pelo que estamos passando, as coisas sempre vão melhorar! A vida é assim, é cheia de altos e baixos e essa leitura realmente exemplifica o quanto isso é verdade.
Por ser um livro contado em terceira pessoa, poderia facilmente ter se tornado um clichê contando a história de um homem rico e uma empregada que se apaixonam e pronto. Mas Jojo Moyes teve o poder de falar sobre isso e não ser clichê. Ela trouxe a perspectiva real dos personagens, mesmo quando conta a história por outro ponto de vista.
Toda o drama da história é desenvolvido a partir do início da viagem para ir até as Olimpíadas, e o final seria o resultado de toda a viagem com Jess, Ed, Tanzie, Nicky e o doguinho Norman.
[...] continua.
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https://lulismodesti.com/2019/07/18/resenha-um-mais-um-jojo-moyes/