Cuida bem 16/07/2018
Um livro em sete dias, por Ana
Mais uma volta ao passado, para falar de um livro que li no primeiro semestre deste ano: “Um mais um”, da Jojo Moyes.
Julgamos o livro pelo título e pela capa: O visual é bonito, mas simples, e creio que não chamaria minha atenção nas prateleiras. Acredito, porém, que o destaque dado ao nome da Jojo na capa capture leitores. Já sobre o nome da história, foi interessante mudar de opinião: antes de ler, era só mais um título clichê, depois achei que tinha tudo a ver com o universo e suspirei.
Sobre o autor: Este foi meu primeiro contato com um livro da Jojo Moyes e confesso que me surpreendi positivamente. Vi “Como eu era antes de você” no cinema sem ler (me julguem) e fiquei irritada de tantas maneiras que não esperava rir e concordar tanto com a autora durante Um mais um. Terminei querendo conhecê-la mais.
Protagonista: A Jess é uma heroína moderna. Ninguém deve sonhar em ocupar o lugar dela, pois como toda heroína, sofre bastante. Mas se passarmos por algo parecido, queremos ter a sua força, com alguns ajustes: ser um pouco menos trouxa; aprender com uns errinhos aqui e ali. Mas manter o otimismo apesar das adversidades e amar, amar, amar. Mulherão da porr1#$%.
Coadjuvantes: Até o cachorro tem importância neste livro. Então vamos analisar por partes este time maravilhoso de coadjuvantes, que dão ritmo e conteúdo para a história. Ed é um personagem muito bem construído: cheio de defeitos, daquele tipo odiável no início, mas que evolui no decorrer da história. E sabe o que eu gostei em relação a isso? Eu acreditei em seu bom coração. Pode parecer batido (e é, de certa forma), mas não raro leio histórias em que o mocinho é apenas um embuste grosso enfiado goela abaixo. Ainda acompanhamos Nicky e Tanzie, duas pessoas em formação, com problemas reais, e mesmo assim tão boas… que nos ensinam diversas lições.
Trama: Para começar, tanto a história de Jess quanto a de Ed são bem críveis, infelizmente. Ele, um babaca que tenta dispensar uma mulher de forma irresponsável e tosca, acaba se ferrando e a sua empresa. Ela, uma mulher abandonada pelo marido que se esquiva de toda responsabilidade com os filhos, tem que dar conta de tudo sozinha. Mas o bacana é que as crianças também são seres com enredos complexos e voz, narrando capítulos inteiros. Apesar de todos os problemas que existem, a maior parte do livro acontece durante uma viagem de carro que literariamente flui bem e nos permite risos e suspiros. A história tem reviravoltas, surpreende, e passa o tempo todo belas mensagens sobre família e perseverança, com um final responsável.
Ponto forte: o núcleo familiar, desde a abordagem dada a essa configuração até a química entre os personagens.
Um livro para: valorizar os laços familiares (consanguíneos ou não).
site: www.cuidabemdomeulivro.com.br