Resenhas - A Guerra dos Bastardos

André Azevedo Ferreira 26/07/2024

Bem legal!
Nessa primeira obra da Ana Paula Maia, você encontra tudo o que pode ser feito de interessante com os personagens.

Não sei como ninguém adaptou isso para o audiovisual ainda. Estão perdendo tempo e dinheiro.

Adorei o livro.

Sarah Duarte 23/02/2024

Da visceralidade dos outros livros de Ana Paula Maia, achei esse o ?mais tranquilo?. No começo, achei a trama meio confusa, mas a forma como as histórias, das mais diferentes formas, são entrelaçadas num enredo só, foi o que eu achei de mais legal em A Guerra dos Bastardos. Os personagens são intrigantes e complexos, trazendo um bom entretenimento.

biblio.jess 08/10/2023

Pulp fiction a lá Br
É incontestável a habilidade da Ana de criar histórias mirabolantes, repletas de humor ácida e, apesar de absurdas, reais. Além disso, é maravilhoso poder reencontrar personagens presentes em outras narrativas, acho muito interessante quando existe esse universo da autora.

Aqui, temos uma série de acontecimentos absurdos e cotidianos que desencadeiam uma bola de neve, repleta de mentiras, traição, manipulação, amor, crime e morte. Tendo o submundo como cenário, Ana Paula Maia nos apresenta atores pornôs, capangas com e sem códigos morais, traficantes, negociadores de droga, viciados, trabalhadores do cinema/audiovisual, lutadores ilegais, apostadores invictos e animais devoradores de homens.

É através desses personagens tão humanos que a autora debate temas como amor, morte, paixão, fidelidade, fé e tantos outros embates que todos vivenciamos. Ao mesmo tempo que seus personagens parecem absurdos, também nos convidam a usar nossa régua moral em nós mesmos, afinal, o que faríamos em determinadas situações?

Uma leitira fluida, que denora um pouco pra engatar nos primeiros capítulos, mas que logo te fisga, e caminha por soluções inteligentes e absurdas. Vale muito a pena.

Silvestre Lima 16/01/2022

A narrativa é empolgante
O livro tem aspectos da autora que me fizeram gostar da escrita, a leitura é empolgante e te faz querer ler mais. Porém, é inevitável comparar com outras obras da autora, pois nessa a sua forma ainda não está totalmente moldada. Mesmo assim, foi um prazer conhecer um pouco mais da história de Edgar Wilson, personagem tão intrigante de "Enterre seus mortos". Essa e "Assim na terra como embaixo da terra" são obras excelentes e devem ser lidas pelos que valorizam a escrita nacional.

Joao.Alfredo 25/06/2021

Médio
Não gostei muito do estilo de escrita da autora? Em alguns momentos, achei o texto desorganizado e fiquei um pouco perdido. A história é interessante, mas só prendeu mesmo depois da metade. Mesmo assim, algumas cenas parecem de filme policial de humor. Não sei bem? Talvez eu não tenha conseguido apreciar! Fica aí uma margem de dúvida? ?

Barbs 12/11/2020

Escrita envolvente
Uma estória nua e crua, mostrando a verdadeira face da sociedade, seu pior lado e como as coincidencias podem provocar uma reviravolta nas vidas das pessoas.

@lidcomisso 09/11/2020

Nunca será o suficiente
Não importa quantos livros eu leia da Ana Paula Maia, nunca será o suficiente. Para quem já conhece o estilo e os personagens-chave da autora, esse livro pode ser um pouco repetitivo, o que não significa que não seja bom. Mas não é o meu favorito.

BurnBeranger 23/04/2020

Um dos melhores
Narrativa crua, impactante e brilhantemente amarrada.

Leila de Carvalho e Gonçalves 20/07/2018

Submundo Em Guerra
O submundo carioca acaba de entrar em guerra, tudo por conta de uma mochila recheada com cocaína que acaba de desaparecer sem deixar rastros. Envolvidos nesse caso estão desde mafiosos com seus capangas até músicos decadentes e atrizes pornô, afora uma lutadora de vale-tudo, Gina Trevisan, que sem saber, deflagra o conflito.

Aliás, uma boa confusão, narrada por Dimitri, funcionário de uma locadora, que está envolvido com todas as personagens de forma direta ou indireta. Singularmente, sua figura aparece em poucos momentos, aliás, aqui não há um protagonista, mas várias vidas que se cruzam, compondo uma história principal.

Nada mais nada menos do que a mais fina nata da escória social, todos ambíguos e movidos pela ganância como "urubus devorando os restos capitais dos mortos". Sem heróis ou vilões quem rouba a cena é a luta pela sobrevivência e em seu nome não há quem não trapaceie ou engane.

Seco e direto, o texto é narrado no presente, sob medida para o estilo visceral de Ana Paula Maia, um nome que desponta com vigor no nosso panorama literário. Sua obra apresenta um caráter único, ao trazer a tona uma realidade a um passo do absurdo cujo cheiro férrico do sangue jorra em meio à podridão física e moral de maneira despudorada e corriqueira.

Até um desfecho bem conduzido e repleto de tensão, o livro apresenta bons momentos que compensam algumas coincidências um pouco forcadas que ajudam no andamento da história.

Nota: A edição não está adaptada à nova Reforma Ortográfica e S ausência do hífen na ênclise, importuna a leitura.

Marcos Faria 02/12/2012

Um daqueles famosos mandamentos para uma boa história da Pixar diz que coincidências podem criar problemas para os personagens, nunca resolvê-los. “A guerra dos bastardos” (Língua Geral, 2007) subverte essa regra. Não é que as coincidências ajudem ou atrapalhem: elas arrastam o personagem num turbilhão que nega qualquer possibilidade de escrever o próprio destino. Não importa o que eles façam, todos estão condenados ao sofrimento, pelo mero fato de existirem. Não é o melhor romance de Ana Paula Maia: tem alguns problemas sérios de revisão que uma edição mais caprichada teria resolvido. Mas mesmo assim mostra personalidade e uma visão única.

(Publicado também no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2012/12/02/meninos-eu-li-29/)