Joachin 01/12/2012
Sabe-se que Benjamin se valeu, principalmente no trabalho das Passagens, tanto da obsessão por colecionar fragmentos de textos, citações melhor dizendo, bem como deste conhecimento desviante que não está pautado na busca racional pela compreensão histórica, mas sim em provocar choques que poderiam abalar a própria compreensão da história. É justamente se valendo dos escombros, das ruínas deixadas para trás pelo racionalismo metódico – como o caçador que abandona as trilhas seguras em busca de uma presa oculta que pode nunca ser abatida – que Benjamin valorizou o devaneio, a memória involuntária e o delírio como uma possibilidade de construção do saber.