Gabriela, Cravo e Canela

Gabriela, Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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LucAlio.CAmara 04/05/2024

Grabiela, cravo e canela
Início: 01/05/2024
Livro áudiobook: Gabriella, cravo e canela
Autor: Jorge Amado
Origem: Brasil
Páginas: 358

LEITURA COLETIVA
Romance / Ficção

Sobre o que achei:

O livro se passa na cidade de Ilhéus, na Bahia, e narra a história da enigmática Gabriela, uma bela retirante que conquista a todos com sua beleza e espontaneidade. A trama se desenrola em meio a questões sociais, políticas e culturais do Brasil da época, destacando a luta dos trabalhadores nas plantações de cacau. Além disso, o romance entre Gabriela e o árabe Nacib é um dos pontos centrais da narrativa, repleta de sensualidade e conflitos. A obra também aborda temas como preconceito, poder e transformações sociais. É uma leitura envolvente que retrata de forma vívida a riqueza da cultura e das tradições do povo baiano.

O livro em si é um pouco arrastado, mas o contexto histórico em geral me agradou!

Vcs precisam ler este livro!
E vcs já leram?
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Vanêssa 03/05/2024

Eu tinha acabado de ler "capitães da Areia" e logo em seguida li esse. Acho que foi aí meu erro, eu deveria ter lido outro autor, e depois esse. Os personagens são chatos, muito. E ele repete tanto algumas partes que eu até decorei. Fora isso é muito bom. Eu amei Gabriela. Uma diva.
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thais_lra 22/04/2024

Gostei muito da leitura. Ela me provocou uma dualidade de sentimentos, uma vez que me vi extremamente curiosa para conhecer Gabriela, provar de sua comida e sentir seu cheiro de cravo e canela, mas compreendo a dor de seu Nacib em alguns momentos e a sua dificuldade de decifrar essa mulher tão única que provoca reações a todos que a conhecem.
Os outros acontecimentos do livro mostram um contexto histórico forte e interessante, com uma realidade sofrida e com posicionamentos muito irritantes. Adorei Malvina, por exemplo. E confesso que a quantidade de personagens diferentes, em alguns momentos, fez eu me perder.
É isso, mais um clássico pra lista. Todo mundo conhece, mas nem todo mundo já leu.
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Arieli6 14/04/2024

Uma boa leitura.
Esse é um dos livros que eu não tinha propriamente vontade de ler, mas por ser uma clássico brasileira eu me dispus.

"Gabriela cravo e canela" é um livro com dois focos, um deles é a "competição" entre a inovação e o velho, e tal disputa vai se tornando cada vez mais acirrada.

Já o outro foco é o romance entre um Árabe dono de bar e uma cozinheira, Gabriela.

Eu gostaria de ressaltar em especial os altos e baixos desse romance e como os personagens agem de acordo com as adversidades.

Um ponto que deve ser pontuado, e que eu anteriormente não sabia era o fato de que o foco principal não é o romance, mas sim um complemento da história. Não é um ponto negativo, mas deve ser pontuado para os futuros leitores.

Durante minha leitura observei um ponto na personagem Gabriela, e apelidei de "síndrome de Gabriela" que é a opinião da mesma sobre ela não poder mudar nunca, ela é o que é.

Esse fato parece só uma simples personalidade, mas no contexto do livro fica brilhante, afinal a briga na cidade é sobre inovar ou permanecer ou permanecer a mesma.

Gabriela cravo e canela com certeza merece o hype que tem, e se você é estudante como eu, leia, tem diversos pontos históricos, é uma leitura e um perfeito repertório.
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Victoria.Bispo 03/04/2024

Gostoso demais
Me senti na cidade, vizinha dos personagens e amiga de todos. Descrições deliciosas. Não vejo a hora do próximo do Jorge amado
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Isadora Silva 28/03/2024

Leitura com cheiro de cravo e canela
Gabriela, cravo e canela é uma história conhecida por boa parte dos brasileiros, a chegada da retirante linda e inocente já virou sucesso nas telinhas mais de uma vez e os bordões dos personagens ficaram totalmente conhecidos.

O livro é uma construção belíssima do avanço de ilhéus, que era comandada pelos coronéis e começa a passar por mudanças significativas. O livro é repleto de críticas sociais e discussões políticas incríveis, mas o que me pegou mesmo foram os personagens, Malvina, Nacib, João Fulgêncio e tantos outros que me marcaram por suas falas e posicionamentos à frente do tempo.

Apesar de tudo, a personagem de Gabriela me causou alguns incômodos, gosto de sua liberdade, de seu modo de pensar, mas me incomoda o lugar que essa "mulata" ocupa na narrativa sensual, mas muito inocente ao mesmo tempo, é muito um retrato do contexto histórico que se defendia o paraíso das três raças de Gilberto Freyre.

É uma leitura que vale muito a pena e que nos transporta diretamente para ilhéus.
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Mariana113 27/03/2024

Aiai, Gabriela!
E quem não quer ser como Gabriela?! Desejada, com alma de menina e habilidades que só ela tem.

Jorge Amado sempre tão poético com histórias que beiram ao realismo mágico, lembra muito seu grande amigo Garcia Marques. Ambos autores admiráveis.

O livro é um deleito, com inúmeros personagens, até mesmo a cidade Ilhéus, e todos muito bem desenvolvidos, o que pede beirar ao tédio quando se tem que ler páginas e mais páginas sobre política e outros assuntos quando tudo que vc quer ler é sobre Gabriela e Nacib.

Eu não esperava o fim do relacionamento deles mas fiquei feliz com o desfecho da história, foi gostoso de ler.

Esperei a cena dela subindo no telhado pra pegar a pipa, único trecho que eu sabia da história por causa da novela que mal assisti ?
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Lucas1429 26/03/2024

Análise tipológica e axiomática do romance Gabriela Cravo e Canela
O premiado romance de Jorge Amado publicado em 1958 que obteve uma extensão mundial atribuída ao seu sucesso, sendo traduzida para mais de 30 idiomas, traz um caso estrutural do momento histórico no Brasil envolvendo política e desenvolvimento, assentando-se sobre um romance, a princípio simples, e no fim com a devida profundidade que conversa com todo o enredo da história. Gabriela Cravo e Canela é uma obra que pode ser encarada tanto como uma novela de formação, a exemplo dos clássicos machadianos, quanto como um documentário dos costumes, ou ainda, um romance dos costumes. Isto porque o livro traz as questões de época que se aplicavam ao povo brasileiro, mais especificamente ao nordeste brasileiro, onde exercia-se o poder dos mais fortes em detrimento da subserviência e sofrimento dos mais fracos, em termos econômicos e hierárquicos. A história circunda a década de 1920, em Ilhéus, litoral sul da Bahia, onde crescia exponencialmente os redutos de produção agrícola do ciclo do cacau. A cidade viveu nessa época um avanço em produção e venda das sacas de cacau, onde por trás do sucesso das plantações de terras, houve anteriormente a conquista destas mesmas terras pelas mãos dos coronéis e grandes fazendeiros, homens que lançaram mão de luta armada para a conquista destes terrenos, tendo como instrumento posse e aquisição os jagunços e homens de armas, ou seja, o jaguncismo era predecessor do brilho econômico da cidade por meio do ciclo do cacau. A obra, traz duas narrativas constantes e consoantes entre si. A primeira, um romance entre o árabe Nacib Saad, e uma retirante do norte do brasil, vinda com um grande grupo de outros retirantes para Ilhéus em busca de melhoria de vida por meio do trabalho braçal. Gabriela, recém-chegada a ilhéus, pertencente ao mercado de escravos numa paragem da cidade, fora contratada por Nacib sob a demanda de cozinheira, fato que se deu por conta da saída de Filomena, sua antiga cozinheira que pediu as contas, deixando o árabe em situação complicada devido à uma encomenda de grande almoço comemorativo das novas linhas de ônibus "marinetes" que ligavam Ilhéus à Itabuna, criadas pelo russo Jacob e Moacir Estrêla, empreendedores da região cacaueira. A segunda narrativa traz o destaque da cidade sobre a ótica econômica de dois pontos de vista diferentes, que são eles: as obras tradicionais de ruas, parques e praças, decorações e enfeites da cidade feitas pelo coronel Ramiro Bastos que representa na obra o antigo, o anterior, o costumeiro jeito de se fazer a administração da cidade, de forma compadrecista, exibindo os favores antigos dos amigos fazendeiros e coronéis que agora representam votos ao ancião chefe da administração da cidade. Vale destacar que nessa época não haviam prefeitos ou vereadores, para tudo isso bastava ao Intentente, isto é, Ramiro Bastos, todo o crédito e responsabilidade do município. O outro ponto de vista é a antropomorfização do avanço e do futuro do desenvolvimento, na pessoa de Mundinho Falcão, que aqui representa o novo, o progresso, que é o ideal para a continuidade da vida econômica da cidade. Assentando-se ambas as visões, pode-se observar que existe um antagonismo mútuo entre as relações de avanço e retrocesso na cidade. Esse embate é muito bem retratado pelo autor que traz para corroborar a narrativa, mais outros personagens de apoio, podendo ser descritos como "tipos sociais", que dão voz à vontade do autor de exprimir os desejos de ascensão econômica e social de uma cidade povoada por pessoas simples, fazendeiros e coronéis, circunscrevendo as anedotas que permeavam questões pontuais vividas na cidade, como assassinatos de homens traídos por mulheres, e também de questões políticas importantes como o caso da Barra de Ilhéus, que levava um estandarte de importâncias devido à sua dita capacidade de receber os cargueiros vindos do estrangeiro para possibilitar a exportação direta do cacau a partir de Ilhéus, e não mais da Bahia, como até então era feito. Nota-se a sutileza do autor em atribuir ao texto uma crônica romântica que exala uma enorme demanda de crescimento, uma necessidade que realmente aconteceu ali de alguém que visse os problemas da cidade, que pudesse ver os atrasos que incorriam em frear uma economia em plena expansão e onde se via muito acontecer as relações entre compadres, que como antigamente, trocavam favores entre si, alinhando suas expectativas, e vendo-se em determinado momento em embate com o que se chegava de novo ali na cidade, de novo, na pessoa de Mundinho Falcão. Uma análise sobre a relação entre Nacib e Gabriela, uma relação - a princípio de trabalho e depois misturada com obsessão e amor - mostra que todo o enredo, que se envolveu de alguma forma com esta personagem, isto é, Gabriela, é uma parte do povo do Brasil que também se deixa atrair com aquilo que tem uma boa aparência, visto que Gabriela ostentava muita beleza e sensualidade, tornando o povo facilmente manobrável às mais simplórias e pífias ações humanas, como a sujeição, a sedução, o carrancismo, os vícios, a concupiscência, enfim, tudo o que subjuga o povo a um patamar inferior. Não é esta análise uma crítica à personagem. Apenas apresenta uma das faces que o autor quis trazer à luz na obra. A outra face é a simplicidade, pureza que Gabriela apresenta ao não se apegar às "tentações" dos demais todos os outros homens da cidade a lhe assediar. Denota-se um desprendimento da personagem que nem a Nacib teve um definitivo apego emocional, pode-se dizer que apenas intuitivo, esse destacamento do amor, conversa com o sentido intencional puro de uma relação entre o homem e uma mulher, o que é muito curioso porque ao mesmo tempo, no livro, as mulheres na grande maioria das cenas, são tidas como "objetos", e apenas servem para satisfazer aos desejos do homem. Nota-se neste ponto o contraste proposital do autor em apresentar duas questões sobre a mulher naquela época, a primeira: sendo ela um objeto, estaria ela isenta de ser pura? A segunda: é um objetivo realizar os próprios projetos tendo como fim servir aos homens, ou servir aos homens é um projeto tendo como fim realizar os próprios objetivos? Á segunda questão o autor utilizou uma segunda personagem, Malvina. Filha do coronel Melk Tavares, a estudante personaliza uma geração que se realiza pelo descobrimento e a auto independência. No primeiro momento, Malvina se envolve com um engenheiro trazido do Rio de Janeiro, chamado Rômulo Vieira, homem casado e sedutor de quinta categoria, principalmente pelo seu descompromisso com os afazeres do trabalho e sua dedicação ao mulherio. Rômulo é o canal que o autor utiliza para trazer Malvina como um objeto de seu desejo. Neste ponto vê-se mesmo a mulher como mero objeto, uma vez que Malvina se envolve com homem casado, claramente mal-intencionado, superficial, e com desejo apenas de levá-la para a cama. A ruptura de Malvina de ser objeto e passar-se a ser independente, se deu após o escândalo que a cidade viveu ao ver seu pai descobrir os amantes na praça e após isso, surrar a filha em casa. Isto porquê a personagem viu que era necessário passar pelo estágio de objeto para evidenciar sua real natureza independente, a de mulher que irá atender aos próprios projetos e desejos, vindo depois a fugir e viver de forma autônoma, trabalhando em São Paulo posteriormente. A esta segunda questão o autor revela resposta pelo segundo enunciado: "servir aos homens é um projeto tendo como fim realizar os próprios objetivos". À primeira questão o autor usou a própria Gabriela. Ao longo do enredo, nota-se na personagem a sua pureza no desejar, e seu pleno estado de satisfação com o que há de mais simples como "deitar com moço bonito", "servir Nacib". Pode-se até mesmo notar que existe uma sutileza do autor em trazer as características corporais de Gabriela, destacando o Cravo como senso olfativo que acende o desejo do homem, e a canela que traz a cor de sua pele e o sabor adocicado de suas mãos na cozinha, no trato, nas carícias. Todas estas características são a base do instinto do homem com relação à conquista. Aqui, Gabriela é a pura encarnação do ânimo dos homens, despertando-lhes o desejo e a vitalidade brutal de homens que precisam garantir o objeto de desejo para si, ou seja, de garantir Gabriela para si. No entanto, o desejo destes homens não corrompe a verdadeira essência e pureza da personagem, uma vez que recusara todos os assédios que recebeu ao longo de toda a história, preferindo por pura meninice e vontade espontânea de espírito, ficar ao lado de Nacib. A isto o autor responde a primeira pergunta: "ela não estaria isenta de ser pura, ao contrário, sua pureza já havia antes e após ser um objeto dos homens", isso porque os homens produziram a fantasia que a tornaram seu objeto, a realidade era que Gabriela sempre fora pura, e não se corrompeu o seu espírito no correr da trama. Gabriela Cravo e Canela tem como agentes portanto as duas questões apresentadas, o romance entre Gabriela e Nacib e o ambiente causal e político de Ilhéus por meio dos coronéis e exportadores, seus reagentes são iguais, pois avançam diretamente proporcionais às causas e efeitos de suas ações ao longo da história, os amantes sofrendo suas desilusões amorosas e aprendendo a lidar com seus sentimentos, e os políticos que operavam o poder por meios escusos e questionáveis, agora aprendendo a ceder espaço ao avanço em benefício da própria cidade e de seus herdeiros. Via a cidade ganhar os ares de crescimento e avanço econômico ao mesmo tempo em que os personagens cresciam como pessoas, tendo como maior benefício seu psicológico melhor desenvolvido sobre questões como o amor e o ódio. Jorge Amado faz jus ao tamanho da repercussão que sua obra recebeu. De fato, o livro é um excepcional retrato do Brasil de 1920, e uma ótima novela de formação que encanta e adverte em igual proporção.
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Fernando.Hasil 24/03/2024

Obra prima
Mais um livro lindíssimo de Jorge Amado com inúmeros personagens e Gabriela como catalisadora das principais situações do livro.
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Rosa 20/03/2024

Jorge Amado e seu estilo único de descrever a Bahia ??

Apesar de levar o nome de Gabriela, o livro conta sobre o crescimento e revolução na cidade de Ilhéus, terra de cacau, os coronéis perdendo seu poder para o carioca Mundinho Falcão, que imigra lá e revoluciona a cidade.
Gabriela, com seu perfume de canela, e suas ancas dançantes é inocente e devassa ao mesmo tempo. Ela já conseguiu o pouco que sonhava e sem ambição nenhuma apenas aproveita aquilo que tem, terminei o livro apaixonada por ela.
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Gabriel Beda 10/03/2024

Para os amantes de fofoca
A forma como Jorge Amado escreve essas histórias é sensacional. Tão empolgante quanto ouvir uma boa fofoca, o livro nos envolve nas histórias dos Ilheenses, sua política, suas mudanças, a vida íntima dos moradores. As brigas, os amores, as fazendas, os comércios e os cabarés e sobretudo a certeza que "certas flores não foram feitas para viver em vasos".
Repleta de reviravoltas, uma história sobre revoluções políticas e sociais. Homens a brigar por poder, outros por progresso, mulheres enfrentando tudo em busca de liberdade, outras agarradas em suas carolices.
Mas acho que o que mais me marcou foi a forma como o autor consegue relacionar amor e violência, posse e liberdade, desejo e castigo. Sem dúvidas, um dos melhores livros que li esse ano!
Leticia 11/03/2024minha estante
uhhh




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