Li 08/07/2012DESAFIO LITERÁRIO 2012 - JULHO - PRÊMIO JABUTI *OFICIAL*Sinopse: O romance entre o sírio Nacib e a mulata Gabriela, um dos mais sedutores personagens femininos criados por Jorge Amado, tem como pano de fundo, em meados dos anos 1920, a luta pela modernização de Ilhéus, em desenvolvimento graças às exportações do cacau. Com sua sensualidade inocente, Gabriela não apenas conquista o coração de Nacib como também seduz um sem-número de homens ilheenses, colocando em xeque a lei que exigia que a desonra do adultério feminino fosse lavada com sangue. Publicado em 1958, o livro logo se tornou um sucesso mundial.
Não, não optei por este pela novela (não vejo TV desde dezembro do ano passado). Temos a coleção toda de Jorge em casa: Olhei para o livro, ele olhou para mim... Pensei “porque não?!”. Além disso, o mesmo ficou em 1º lugar, na categoria romance, na primeira edição do prêmio em 1959, né?!
Bom, o começo do livro é bem chatinho, mas achei isso quando li “Tieta” ano passado também, mas depois até que acabei gostando... Não são livros que vão constar na minha lista de preferidos, mas são bons, de qualquer forma.
“Gabriela” me pareceu uma história sobre liberdade, seja ela sobre o próprio corpo, as próprias ideias, as convenções sociais, enfim sobre a própria vida. E como sempre em todo livro de Jorge que já li, é uma boa fonte de contexto local de época: social, político e econômico. Como conheço aquela área, principalmente Ilhéus (meu padrasto é de lá), não deixou de ser interessante a leitura do livro, mesmo que a história se passe em 1925/26... Uma coisa é você saber a história por um livro didático, outra é ter um escritor local dando as informações através das palavras, pensamentos e atitudes de seus personagens.
“(...) Para uns foi o ano do caso da barra, para outros o da luta política entre Mundinho Falcão, exportador de cacau, e o coronel Ramiro Bastos, o velho cacique local. Terceiros lembravam-no como o ano do sensacional julgamento do coronel Jesuíno Mendonça, alguns como o da chegada do primeiro navio sueco dando início à exportação direta do cacau. Ninguém, no entanto, fala desse ano, da sefra de 1925 à de 1926, como o ano do amor de Nacib e Gabriela e, mesmo quando se referem às peripécias do romance, não se dão conta de como, mais que qualquer outro acontecimento, foi a história dessa doida paixão o centro de toda a vida da cidade naquele tempo, quando o impetuoso progresso e as novidades da civilização transformavam a fisionomia de Ilhéus.”
Bom, aviso aos navegantes: Já me disseram que a versão atual da novela da globo não tem praticamente nada a ver com o livro, então...
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