Stoner

Stoner John Williams




Resenhas - Stoner


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Bia 14/05/2016

Leitura maravilhosa
Difícil para mim fazer uma resenha. Só posso dizer que adorei a leitura de uma história comum, mas que na pena de Williams se torna cativante.
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Fabio Martins 11/05/2016

Stoner
Uma ótima surpresa! Confesso que nunca tinha ouvido falar em John Williams até receber a recomendação deste livro, cuja sinopse não anima muito. Por isso, para que alguém se interesse por sua história, é preciso que a indicação seja elaborada, pois um simples resumo pode fazer com que pareça trivial. No meu caso, as indicações foram tão enfáticas e positivas que eu decidi ler. Sábia decisão.

Stoner foi lançado em 1965. Sua tiragem de dois mil exemplares foi vendida e depois caiu no esquecimento. Na época, Williams escreveu à sua agente literária a seguinte análise: “... a única coisa de que estou certo é que é um bom romance; em algum momento, talvez seja considerado realmente um bom romance”. Sua previsão estava correta. Em 2003, ele foi relançado, sem despertar muito interesse do público. O cenário mudou três anos depois, quando o jornal The Guardian publicou uma crítica bem positiva. A famosa crítica francesa, Anna Gavalda, também se encantou e sugeriu uma versão em francês, lançada em 2011. A partir daí, sua fama foi crescendo, ganhou novas traduções e “estourou” no mundo inteiro.

O enredo aborda a vida de William Stoner entre as décadas de 1910 e 1950. Filho de agricultores humildes, o protagonista tem a oportunidade de estudar Agronomia na Universidade do Missouri (onde o autor John Williams lecionou). Em seu segundo ano como estudante, ele te tem uma “epifania” durante uma aula e decide mudar radicalmente de área, dedicando-se à Literatura.

Esse é o único grande ponto de mudança em sua vida. Ao concluir os estudos, torna-se professor da mesma universidade até o momento de sua morte, décadas depois. É difícil acreditar que um enredo como esse poderia reter a atenção do leitor até o fim e ser considerado um grande romance.

Mas o que impressiona na obra é a forma de narrar extremamente sóbria, linear e ao mesmo tempo cativante de Williams. Ele aborda os pequenos problemas diários de uma pessoa comum em questões interessantes e que fazem o leitor se identificar rapidamente.
Situações cotidianas, como o desgaste de um casamento fadado ao fracasso, as intrigas e complicações no trabalho, o amor impossível extraconjugal e as dificuldades financeiras de uma família comum são contadas de forma hábil, honesta e límpida pelo autor. E é essa força na narrativa que faz a obra ser tão peculiar.

Além de fascinante, Stoner é surpreendente. É o livro ideal para quem busca uma leitura diferente e em evidência, mesmo que de forma tardia. Infelizmente, o autor não viu sua obra fazer sucesso, mas felizmente ela saiu de seu injusto ostracismo a tempo de conseguirmos apreciá-la.


site: lisobreisso.wordpress.com
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Beatriz 11/05/2016

contradição
Pra mim Stoner foi uma contradição; uma história ruim com uma escrita muito boa! Durante todo o livro eu pensei em como o talento do autor poderia ter sido melhor aproveitado se houvesse algo realmente digno de ser contado, seria maravilhoso! Concordo que a vida na literatura não tem ser obrigatoriamente uma aventura, pode ser simples, mas uma coletânea de fracassos já é deprimente. Talvez o maior problema é ter um protagonista insatisfeito (e consciente da sua insatisfação!) que nada faz para mudar... mais do que frustante, essa inércia toda é AGONIZANTE. Até a descoberta e paixão pela literatura, que são retratadas de forma tão sincera, passam desapercebidas em meio a tanto caos. Me senti sufocada pelas más escolhas do Stoner e confesso que fiquei prestes a mudar a minha opinião sobre o livro, ali nas páginas finais quando ele se questiona sobre sua vida, pensei que ele finalmente iria admitir que foi uma vida em vão, porém ele prefere morrer achando que era a vida que cabia a ele. Não tive empatia por nenhuma das personagens e me preocupei seriamente com a Edith, ela claramente tem problemas psicológicos e foi tratada o tempo todo como uma pessoa de temperamento difícil.
Jaaque 19/07/2016minha estante
eu ainda estou lendo, mas estou tendo a mesma impressão :Z




Joy 09/05/2016

Stoner é um livro que cativa pela sua falsa simplicidade. uma vida monótona, triste, sem grade notabilidade, mas carregada de significados sutis e profundos. É um livro para trazer lágrimas aos olhos e sensações diversas no peito: angústia, tristeza, esperança, conforto, mas sobretudo traz identificação em vários níveis. Você não precisa ter feito as mesmas coisas que ele para reconhecer as sensações, são inerentes à existência humana e vão aparecendo, universais, aqui e ali.
Um livro impactante e surpreendente.
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Alessandra Ferreira 07/05/2016

Stoner
Uma leitura imperdível!!! Prendeu-me do início ao fim... Que existência é essa que percorre todas as páginas do livro? Simplesmente genial!
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Desirée 05/05/2016

Um livro sobre a vida
Stoner é um livro difícil de resenhar, pois faz parte daquelas obras inexplicáveis que nos marcam muito, mas não posso deixar de me juntar a outras pessoas aqui para indicar essa leitura.
E na falta de palavras minhas para falar do livro, eu indico esta resenha: http://rascunho.com.br/o-conforto-no-infortunio/
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aline vp 01/05/2016

Leia
Incrivel apaixonante e ao mesmo tempo revoltante. Amei e entrou para a lista de favoritos.
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Silvia.Leticia 25/04/2016

Comovente e frustrante
Como pode um mesmo livro nos despertar sentimentos de amor e ódio pelo seu protagonista? Como pode ficarmos comovidos com sua trajetória e frustados pela sua falta de pulso com relação ao seu casamento? Como todo livro bem elaborado, este me deixou com VÃRIAS pulgas atrás da orelha. Vemos um homem que, talvez por não ter condições financeiras suficientes, deixa-se ser tratado de maneira debochada por sua esposa e não toma nenhuma atitude a esse respeito. Ele aceita as humilhações e ataques cotidianos com uma resiliência que chega a irritar. Porém, Stoner é tão obstinado, focado e apaixonado pelo seu trabalho, que, apesar de sua vida pessoal não ser a desejada por todos, no campo profissional ele se dedica ao máximo para que ele sinta-se realizado. à uma história comovente. Gostaria de outros livros com a perspectiva de outros personagens para que eu pudesse sanar as interrogações que ficaram em minha mente.
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Ligia D'Arienzo 24/04/2016

Fantástico.
Esse foi o primeiro livro que li em 2016 e ele simplesmente me arrebatou. Logo no primeiro parágrafo do livro, o autor nos surpreende contanto um resumo e o desfecho do livro e o primeiro pensamento que tive foi Ué, qual a graça agora?, respondo Toda..

Veja o primeiro parágrafo do livro: William Stoner entrou na Universidade do Missouri como calouro no ano de 1910 com a idade de dezenove anos. Oito anos depois, no auge da Primeira Guerra Mundial, recebeu o diploma de doutorado e assumiu um cargo na mesma universidade, onde lecionou até a sua morte em 1956. Nunca subiu na carreira acima da posição de professor assistente, e poucos estudantes lembraram dele com alguma nitidez após terem cursado suas disciplinas. Quando morreu, seus colegas doaram à biblioteca da universidade um manuscrito medieval em sua memória. Esse manuscrito ainda pode ser encontrado no Acervo dos Livros Raros, com a inscrição: Doado à Biblioteca da Universidade do Missouri. Em memória de William Stoner, departamento de Inglês, por seus colegas.

A história é sobre William Stoner, filho de um casal de camponeses, que será o primeiro da família a cursar uma universidade. Ele entra na Universidade do Missouri como calouro de Agronomia e depois de cursar uma aula obrigatória de Literatura Inglesa, se apaixona e se forma em Língua Inglesa.

O que me encantou em Stone é a capacidade formal e lirismo do autor em relatar uma vida extremamente chata, e sim, continua valendo MUITO a pena ler. A minha sensação é que o livro é extremamente sonoro, sendo mais importante o ritmo do que o conteúdo em si.

Além de relatar com maestria o tempo de William na faculdade, a parte que mais me surpreendeu no livro foi a forma crua e nua que o autor descreve o relacionamento dele com Edith e toda a vida conjugal e familiar dos dois. Stoner não romanceia a vida a dois é tão perto da realidade com todo os seus desencantos que acaba encantando. O personagem não e dado a crises de consciência e moral e simplesmente vê e vive as dificuldades um dia após o outro sem grandes mistérios ou descobertas.

John Williams é simplesmente um dos melhores autores que tive a oportunidade de ler e depois de refletir muito, acredito que o fato do enredo ser sobre uma vida sem grandes feitos é disso que de fato contribui para ressaltar e destacar a técnica do autor e seu lirismo.


site: https://literaturanamao.wordpress.com
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Nicolle 13/04/2016

indelével e profundo.
Há muito tempo não lia um livro tão despretensioso e amavelmente profundo como Stoner. A temática é simples e de aspectos cotidianos, assuntos banais que beiram a clichés. Porém o que o diferencial é o torna magistral, esplendoroso, dolorosamente cru e em certos momentos revoltante é a narrativa espetacular. Uma prosa objetiva, limpa, sentimental, pura, ingênua e profundamente verdadeira sobre aspectos da vida de um homem comum. Você tem pena de Stoner, o ama, chora, sente raiva, tem vontade de bater, mas no fim se identifica da forma mais humana possível: os dilemas da vida são iguais para todo mundo. Esse livro chegou na minha vida exatamente na hora que eu precisava refletir sobre certos valores, certas escolhas e certas posturas. Invariavelmente a vida te provoca e o modo como você lida com isso é o que te faz evoluir, mudar e se tornar melhor.

Isso não é uma resenha, mas apenas um tentativa de expor em palavras o turbilhão de sentimentos que um livro escrito há cinquenta anos provocou nesta alma perdida e caótica!
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Clóvis Marcelo 17/02/2016

“William Stoner entrou na Universidade do Missouri como calouro no ano de 1910 com a idade de dezenove anos. Oito anos depois, no auge da Primeira Guerra Mundial, recebeu o diploma de doutorado e assumiu um cargo na mesma universidade, onde lecionou até a sua morte em 1956. Nunca subiu na carreira acima da posição de professor assistente, e poucos estudantes lembraram dele com alguma nitidez após terem cursado suas disciplinas. Quando morreu, seus colegas doaram à biblioteca da universidade um manuscrito medieval em sua memória. Esse manuscrito ainda pode ser encontrado no “Acervo dos Livros Raros”, com a inscrição: “Doado à Biblioteca da Universidade do Missouri. Em memória de William Stoner, departamento de Inglês, por seus colegas”. Abertura do Capítulo 1, pág. 7

Assim John William começa narrando a história do protagonista Stoner. Seco, objetivo, direto ao ponto? São essas as características que dão forma ao livro publicado em 1965. Um exemplo de sutileza na literatura e a confirmação que não é preciso muito para contar uma boa história.

Narrado em terceira pessoa, com certo distanciamento dos complexos personagens, parece que estamos assistindo uma história contada de longe. Com uma cronologia extensa dita em poucas palavras, o livro consegue ser curto em tamanho e denso em reflexões.

“Às vezes, imerso em seus livros, vinha-lhe a consciência de tudo que ele não sabia, de tudo que ele não lera. E a serenidade para a qual trabalhava tanto ficava abalada quando se dava conta do pouco tempo que tinha na vida para ler tanta coisa, para aprender o que tinha de saber”. Pág. 33

Muitos podem se perguntar qual a motivação em ler sobre um personagem tão banal, em ler sobre uma história que logo a princípio já sabemos do fim. Eu responderei que assim é a vida, e esse livro chama mais atenção justamente por sua proximidade com o real, com situações críveis que realmente acontecem ou poderiam ter acontecido a um de nós. O importante aqui é o que se esconde nas entrelinhas, por isso é tão difícil comentar sobre a temática deste livro.

Stoner parece um mártir sem perceber, seu comportamento é muito passivo e ele nunca reage, mesmo tendo ciência da realidade em que vive. O principal conflito envolve seu casamento com Edith, uma pessoa bem problemática.

O fator década de 1960 contribui para tanto. Ela quer cumprir seu papel de esposa e mulher mesmo que isso vá contra as suas vontades. Ela praticamente se vê na obrigação de casar e estar em situação submissa, já que isso lhe foi ensinado desde menina. Dessa forma, tudo vira uma bola de neve com o passar dos anos numa vida de irrealização. O marido, embora faça o que goste, não tem grandes ambições, desejando apenas apaziguar o temperamento e satisfazer as vontades da esposa enquanto dá suas aulas.

“Você precisa lembrar o que você é, o que você escolheu ser, e o significado do que você está fazendo. Há guerras e derrotas e vitórias da raça humana que não são militares e não são registradas nos anais da história. Lembre-se disso quando estiver tentando decidir o que fazer”. Pág. 46 Conselho de Sloane para Stoner.

O livro também dá muitos tapas na cara pela incrível verossimilhança das injustiças, acasos e fatalidades da vida. Exemplos: pessoas incompetentes em cargos elevados, injustiça e favoritismo no meio acadêmico. O que gera uma mistura de sentimentos durante a leitura: raiva, empatia, tristeza, revolta, vontade de querer interferir. Aí está a graça do livro, ele não passa batido por nossos sentidos. Um exemplo de como existe “heróis” no cotidiano sem que percebamos.

Ao lermos a biografia do criador sentimos certa semelhança com sua criatura e pensamos que talvez a história tenha mais cunho autobiográfico do que aparenta. Ambos provincianos, ambos letrados, ambos professores. É como se John William criasse um alter ego para representar aquilo que poderia ter sido caso decidisse não enfrentar a guerra – uma das poucas diferenças entre eles.

“Enquanto consertava sua mobília e a arrumava no escritório, era a si mesmo que ele estava lentamente dando forma, era em si mesmo que estava pondo alguma espécie de ordem, era a si mesmo que estava dando uma chance” Pág. 117

As semelhanças não param por aí e é possível encontrar até certa metalinguagem nas últimas décadas, à medida que um livro sobre um personagem esquecido se perde no tempo, não sendo lembrado desde sua publicação até o ano 2003, quando se renova o interesse pela obra de um autor já falecido. Dez anos depois a obra chega ao Brasil, o ciclo se repete e torço muito para se perpetue.

CITAÇÃO

“Em seu quadragésimo terceiro ano William Stoner aprendeu o que outros, muito mais jovens que ele, tinham aprendido antes dele: que a pessoa que se ama no começo não é a pessoa que enfim se ama, e que o amor não é um fim mas um processo através do qual uma pessoa experimenta conhecer outra.” Pág. 220


site: http://defrentecomoslivros.blogspot.com/2016/02/resenha-stoner-john-williams.html
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Felipe Fleury 28/01/2016

O melhor de 2015
Esse romance foi escrito em 1965, por John Willians. Na época não teve muita repercussão, o que só ocorreu muitos anos após a morte do autor. É um livro que trata da simplicidade, do amor de uma pessoa comum. Não há heróis ou vilões. Há um professor universitário cuja vida simples e apaixonada pela literatura é que dá graça à história. Foi o mais belo livro que li em 2015.
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Wolney Fernandes 24/01/2016

Stoner - "...como se o amor e o saber fosse um só processo."
William Stoner vem de uma família humilde que mora no interior dos Estados Unidos e cujo trabalho se efetiva na lida com a terra apenas para a subsistência. Tendo seu destino já traçado na medida do cotidiano sofrido experimentado por seus progenitores, Stoner é surpreendido pelo próprio pai quando este lhe oferece a oportunidade de estudar. Em meio a dificuldades, a faculdade [mais especificamente a literatura] acaba por mudar os horizontes vislumbrados pelo protagonista a ponto dele questionar seu lugar no mundo.

Esse mote pode parecer banal demais se dito assim em um único parágrafo, mas é, sem nenhuma dúvida, a realidade de muitos [a minha, inclusive!]. Mas é à partir daí que a história desse ótimo livro do americano John Williams se desenrola. É claro que a identificação com a história contribuiu bastante para estreitar minha relação com a obra, mas tenho a impressão que ela possui tantas outras camadas capazes de abrir entradas para que algum tipo de aproximação aconteça que minha vontade é reler e ver se isso se confirma.

Você pode ler a resenha na íntegra aqui
site: http://instantespossiveis.blogspot.com.br/2015/02/stoner.html
edu basílio 30/01/2016minha estante
obrigado por me inspirar a ler um livro tão, tão lancinantemente belo, wolney! ^^




Joana 10/08/2015

Livro encantador! A única coisa de que não gostei foi a capa. Ainda que Stoner fosse uma pessoa um tanto passiva frente aos fatos, conformada mesmo, de modo algum me pareceu que ele tivesse essa cara de morto, digamos assim, que a edição brasileira apresenta. Como diz aquele ditado, quem vê cara (capa) não vê coração (conteúdo), mas essa capa não faz jus à história encantadora que encontramos dentro do livro. De modo algum.
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