juliaohara 23/03/2022Esse livro me fez perder toda a vibe que eu estava de ler livros de suspense, crimes e tals. Essa coisa de não falar que morreu e nem quem matou me deixou muito perdida no livro porque não dava pra criar teorias nem ficar tentando adivinhar nada. Só fui conseguir pensar em algo pra la do meio do livro, e na verdade não era uma teoria, eu só estava torcendo pra literalmente qualquer pessoa ter matado o Perry.
O livro aborda varios temas importantes de uma forma bem consciente, o cara que se aproveitou da Jane (que no caso foi o Perry), o casamento tóxico e abusivo que o Perry e a Celeste tinham e a dificuldade da Madeline em lidar com a filha adolescente. Tudo isso tem sua importancia para a trama.
Eu nunca imaginaria que a Bonnie boazinha, fofa e sonsa seria capaz de ter tanta raiva, mas entendo que ela é assim por causa de tudo que sofreu, assim como Max que bate nas meninas porque viu o pai fazendo o mesmo com a mãe ela também foi afetada pelo relacionamento horrível que os pais tinham, e vejo que ela luta com todas as forças pra ser o contrario deles todos os dias.
O relacionamento de Jane e Tom é muito fofo, ela é uma personagem que me prendeu devido a tudo que passou, achei meio aleatório ela dizer no final que se mudou pra cidade na tentativa de esbarrar com o pai de Ziggy porque em nenhum momento ela demonstrou ser uma pessoa obsessiva nem nada, achei que isso fugiu do personagem dela.
O coitado do Ziggy ser acusado de bullying e quase ser expulso da escola foi triste, morri de dó dele chorando dizendo que os pais das crianças estavam falando pro filhos não brincarem com ele sendo que ele nem tinha feito nada.
No final entendi que nossa personalidade não é formada pela genética, de coisas que herdamos de nossos parentes, mas sim das experiências que vivemos, de tudo que presenciamos e observamos. Somos moldados pela nossa vivência.