Marina Garcia ( 07/02/2017
A Filha do Império escrito por Raymond E. Feist & Janny Wurts (Disponível no blog Um Reino Muito Distante)
Antes, preciso fazer uma pequena confidência, estava com um pé atrás com o lançamento de A Filha do Império, minha experiência com Raymond E. Feist começou através do primeiro livro da série Mago que eu havia gostado, mas não amado, este seria um livro que eu precisaria dar um tempo antes de continuar novamente, acontece que eu não continuei. Aí veio A Saga do Império e me deparei com uma série de resenhas elogiosas. Se Raymond E. Feist é um autor já renomado na história da literatura fantástica tinha algum motivo, não é mesmo?
Foi aí que veio o segundo livro, A Serva do Império, e me deixei ser levada pela curiosidade solicitando ambos para ler e resenhar. Não podia ter feito melhor escolha dentre os lançamentos, pois assim que A Filha do Império chegou em minha mãos, mesmo com tão pouco tempo para ler nessa última semana, em todo minuto que eu possuía livre não me distanciei das páginas desse livro. Descobri com alegria que da parceria entre Raymond E. Feist e Janny Wurts surgiu uma grande história.
"Aprenda a natureza do próprio ser, aceite todos os aspectos do próprio ser, e então o domínio pode começar. Renunciar ao próprio ser é renunciar a todo o resto."
Lançado originalmente em 1996 pela Editora HarperCollins Publishers, A Filha do Império chegou até nossas livrarias no início desse ano através da Saída de Emergência Brasil e sua Coleção Bang! Através de um trabalho gráfico caprichado que já enche nossos olhos de expectativas, fomos brindados com a história de uma personagem feminina forte, que do dia para noite se vê obrigada a assumir a liderança do nome de sua família e enfrentar inimigos implacáveis que a subestimam.
Mara da Casa dos Acoma estava prestes a se tornar uma sacerdotisa da Ordem de Lashina, a Deusa da Luz Interior, quando recebe a notícia de que seu pai e irmão foram mortos em batalha. Agora, como única herdeira da sua família ela terá que aprender a governar e jogar com destreza o Jogo do Conselho para reconquistar a honra de sua família e garantir o futuro de sua Casa, além de vingar a morte de seus familiares.
"- Você deve testemunhar aquilo que forjou. Se deseja participar do Jogo do Conselho, mulher, deve ter noção de que as peças que manipula são de carne e osso."
Ok, eu preciso me controlar de agora em diante para não soltar algum spoiler gratuito sem querer, por isso vamos aos fatos que me fizeram devorar o livro e mergulhar fundo no universo dos Tsunari, a outra face da série Mago que possui um "que" de cultura oriental. Em A Filha do Império estamos diante de uma jovem mulher assumindo um papel que por muitas vezes é destinado aos homens: reconquistar a honra da família. Isso não significa que por assumir tal fardo a personagem teria que pegar em uma espada e enfrentar os inimigos com seu próprio punho. Mara não é propriamente uma guerreira no sentido literal da palavra, ela é uma governante e eximia estrategista. Ela assume o seu papel, mesmo diante das dúvidas, nos momentos em que pensa que irá fraquejar, se põe em situações de constrangimento, tudo para vencer.
Os inimigos são perigosos, mas por diversas vezes não levassem a sério a personagem. Esquecem de que nunca se deve subestimar um inimigo de aparência frágil, nem uma mulher em busca de vingança, muito menos uma astuta. Ai que nós vibramos, quando Mara usa do seu, digamos, girl power. Contudo, isso não significa que é um livro de mulherzinha, como alguns diriam, isso atinge todos os públicos. A intriga entre famílias milenares, o jogo pelo poder, tradições... Grrr... Vocês precisam ler esse livro! E não se preocupe se ainda não leu a série anterior, Mago, A Saga do Império pode ser lida separadamente.
site: http://umreinomuitodistante.blogspot.com.br/2015/08/a-filha-do-imperio-saga-do-imperio-01.html