Uly Santos 19/08/2015Entrou para os favoritos Em A Filha do Império somos imergidos no mundo dos tsuruanni, para quem leu a série Mago vai lembrar deles. No entanto, se você não leu a série, não se preocupe. Não é necessário ter lido, a estória é independente não tem ligação.
Após a morte do pai e do irmão, Mara se torna a Senhora dos Acoma. A jovem estava a ponto de se tornar uma devota de Lashima(que traduzindo para nosso tempo e mundo, seria um tipo de freira), quando soube que se tornou senhora de sua casa.
Além da morte de seu entes queridos, o exercito dos Acoma sofreu uma baixa significativa. E com a ameaça iminente do Senhor dos Minwannabi, e a honra dos Acoma manchada,Mara precisa ser forte, inteligente e sagaz para conseguir sobreviver ao Jogo do Conselho(um tipo de guerra fria, em que as casas guerreiam entre si. O mais forte se torna O Senhor da Guerra, que é a pessoa mais poderosa depois do imperador) e com ela a linhagem e casa dos Acoma.
É muito difícil falar desse livro sem dar spoilers, então não entrarei mais em detalhes sobre a estória.
Os personagens são muito bem escritos, a estória, o universo. Nossa, eu estou apaixonada pela saga. Somos apresentados a uma cultura em que honra, palavra, tradições e protocolos devem ser seguidos a risca. Pois a penalidade para a infração de qualquer uma dessas coisas, pode ser a morte ou a ruína ou a morte não honrada.
O enredo do livro fixa em uma guerra política, ou seja, cada decisão e passo que você dá tem riscos. É como um jogo de xadrez, você tem que ter uma estratégia muito boa e assumir riscos ousados, que podem causar a sua ruína ou lhe conceder uma vitória.
– Tenho de parabenizá-la, garota. Nos dois últimos anos mostrou aquilo que é capaz.
Mara piscou, sem saber ao certo se entendera suas intenções.
– Senhor, fiz apenas o necessário para vingar meu pai e meu irmão e preservar a existência de minha casa.
Almecho riu e a acidez de seu estado de espírito espantou os passarinhos que estavam nos topos das árvores.
– Senhora, o que você acha que é o Jogo, a não ser resistir enquanto se derruba os inimigos? Enquanto outros pairam sobre o Conselho Supremo tagarelando uns com os outros sobre esta e aquela aliança, você neutralizou seu segundo maior rival, transformando-o, praticamente, num aliado relutante, e destruiu seu mais poderoso inimigo. Se isso não é uma vitória de mestre no Jogo, nunca vi ninguém jogar.
A Mara entrou para a minha lista de personagens favoritos, ela é forte e inteligente. Ela não é como algumas protagonistas femininas, que se acha fraca ou inferior em alguma coisa. Ela é segura de si e põe a honra e o dever em primeiro lugar, mesmo tendo medo, e correndo risco diversas vezes, sua Casa é mais importante do que ela mesma.
Eu amei o livro, já quero e muito o segundo! A escrita é fluida a estória bem montada, em nenhum momento o livro fica corrido ou monótono. Raymond e Janny fizeram uma ótima parceria.
O inicio do livro é um pouco parado(bem no inicio mesmo, que é quando a personagem fica ciente das mortes do pai e do irmão e da situação em que sua Casa se encontra), mas depois fica muito bom. E quando o livro estava no final eu não conseguia parar de ler, eu tinha que acordar 5 da manhã para ir trabalhar,e fui dormir quase 1 da manhã, que foi quando eu terminei o livro. Foi horrível pra acordar depois, mas valeu a pena. O livro é muito bom, eu recomendo.
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http://www.itgeekgirls.com/2015/06/04/resenha-a-filha-do-imperio-raymond-e-feist-janny-wurts/