O inverno da nossa desesperança

O inverno da nossa desesperança John Steinbeck




Resenhas - O Inverno da Nossa Desesperança


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Aline 25/03/2010

Genial
A história toda nos envolve em uma discussão moral muito profunda. O que parecemos ser e o que realmente somos. A honestidade. A ética.
Cada capítulo traz um conflito que pode ser analisado sob esse foco, mas é no final que tudo se encaixa. As últimas páginas são simplesmente impressionantes e nos levam a repensar os fatos desde o início, reavaliar os personagens e rever conceitos.

Um livro sobre valores e moral, cujo objetivo é alcançado com maestria.

Genial.
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Lenita 09/02/2012

Realmente, tudo que este autor escreve é muito profundo. Sempre mexendo muito com moral e ética. Assim como "Ratos e homens" não dá para ler apenas como um passatempo, a gente tem que se envolver muito com as personagens, conhecê-los para entender o drama de cada um e assim sentir os valores que o autor transmiti. Muito bom.
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Carla.Floores 01/10/2023

O que é a felicidade?
Um homem trabalhador de mercearia, que sustenta sua esposa e casal de filhos se vê numa panela de pressão social. Banqueiros, gigolôs, prefeitos e policiais corruptos inalcançáveis, vizinhos e ancestralidade o pressionam a buscar algo: status.
Ethan, no entanto, é um homem contente, satisfeito com seu ofício honesto de trabalhador de mercearia, apesar de se sentir fracassado por ter falido em empreendimentos anteriores e vindo de uma linhagem de capitão de baleeira. Os Hawleys já foram respeitados um dia.
Danny, amigo de infância de Ethan tem papel essencial na trama. E só mesmo pro final que a gente descobre o quanto isso significa para ele.
Margie-Young Hunt, uma cartomante promíscua permeia a vida de Ethan com provocações.
Quanto mais eu leio Steinbeck, mais me apaixono por sua narrativa, as emoções que ele desperta com as palavras. Imagine um quadro onde você pudesse ver raiva, dor, amor, julgamento, nojo, revolta, principalmente revolta. É isso que Steinbeck faz com as palavras. Ele tem uma magia nelas, que transmite quase que por osmose, o sentimento ali representado.
Em "O inverno da nossa desesperança" baseado no ato I cena I de Ricardo III de Shakespeare:
"RICARDO (Duque de Gloucester) — O inverno do nosso descontentamento foi convertido agora em glorioso verão por este sol de York, e todas as nuvens que ameaçavam a nossa casa estão enterradas no mais interno fundo do oceano. Agora as nossas frontes estão coroadas de palmas gloriosas. As nossas armas rompidas suspensas como troféus, os nossos feros alarmes mudaram-se em encontros aprazíveis, as nossas hórridas marchas em compassos deleitosos, a guerra de rosto sombrio amaciou a sua fronte enrugada. E agora, em vez de montar cavalos armados para amedrontar as almas dos temíveis adversários, pula como um potro nos aposentos de uma dama ao som lascivo e ameno do alaúde. Mas eu, que não fui moldado para jogas nem brincos amorosos, nem feito para cortejar um espelho enamorado. Eu, que rudemente sou marcado, e que não tenho a majestade do amor para me pavonear diante de uma musa furtiva e viciosa, eu, que privado sou da harmoniosa proporção, erro de formação, obra da natureza enganadora, disforme, inacabado, lançado antes de tempo para este mundo que respira, quando muito meio feito e de tal modo imperfeito e tão fora de estação que os cães me ladram quando passo, coxeando, perto deles. Pois eu, neste ocioso e mole tempo de paz, não tenho outro deleite para passar o tempo afora a espiar a minha sombra ao sol e cantar a minha própria deformidade. E assim, já que não posso ser amante que goze estes dias de práticas suaves, estou decidido a ser ruim vilão e odiar os prazeres vazios destes dias. Armei conjuras, tramas perigosas, por entre sonhos, acusações e ébrias profecias, para lançar o meu irmão Clarence e o Rei um contra o outro, num ódio mortífero, e se o Rei Eduardo for tão verdadeiro e justo quanto eu sou sutil, falso e traiçoeiro, será Clarence hoje mesmo encarcerado devido a uma profecia que diz será um “gê” o assassino dos herdeiros de Eduardo. Mergulhai, pensamentos, fundo, fundo na minha alma."
A parte mais gostosa de ler Steinbeck é que quando termina, a gente quer de novo, fica aquele quê de digerir o que se deu. O término é quase sempre abrupto, sem explicação. É preciso ler nas entrelinhas, mergulhar na história, se colocar lá, como observador. Steinbeck é arte! Arte é emoção!
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ElisaCazorla 26/02/2015

Como sempre, Steinbeck deixa seus leitores desconfortáveis e inquietos.
Steinbeck é sempre muito duro e não tem pena de nós, leitores. Ele sempre constrói personagens fortes e complexos. Seu estilo é marcante e suas obras são cheias de socos no estômago dos leitores. Já li várias de suas obras, entre elas Vinhas da Ira, A Pérola, A Leste do Éden e Ratos e Homens, mas, este livro em especial tem um tom diferente dos outros, um estilo literário diferente e uma dinâmica tão intensa e tão impressionante que deveria ser encarada como leitura obrigatória para quem gosta deste autor. Acabei de ler e ainda estou tentando digerir o que foi que aconteceu...
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Simone de Cássia 14/04/2020

Outro livro (acabei de ler um) que mostra os lados obscuros que trazemos em nós. Sempre pensei que a gente não tem como afirmar que "nunca faria isso ou aquilo" ... Na verdade a gente não sabe do que é capaz até estar frente ao fato. Pela mensagem contida eu daria nota 4, mas não simpatizei com o protagonista e as brincadeiras sem graça dele me davam agonia!!! Chatiiiiinho!!!
carlos4810 12/05/2023minha estante
Tem uns diálogos meio forçado. Mas, o final consegue ser pior que isso.




Regina 11/10/2022

Genial
Um livro excelente. Bem apropriado ao dias de hj, tratando d ética, moral, honestidade valores tão ausentes nos dias de hoje. Recomendadissimo
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Magasoares 07/10/2020

Vidas
Estória da vida de várias pessoas, vidas monótonas, vazias, sem sentido, foi assim que eu entendi. Enrolação total, e pior, não entendi o final do livro. Três estrelas porque me deixou à pensar um pouquinho sobre certos assuntos. Mas no geral não gostei.
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dessa 16/09/2021

"acaso alguém pode chegar a conhecer , mesmo superficialmente, uma outra pessoa?"

este é um dos livros que sempre estiveram na minha estante, mas que também adiava a leitura até eu sentir que estava em um momento oportuno.

nesta obra fica claro que ninguém é totalmente inocente, não podemos saber até onde podemos ir se ainda não tivemos o confronto necessário para mostrar o que se esconde nos lugares menos iluminados dentro de nós. às vezes só camuflamos bem nossas reais intenções.

ethan é um personagem que se mostra inocente, a qual não feriria nem a uma mosca, em tudo fazendo piadas e atuando com retidão diante dos outros. mas também queria sair da mediocridade e honrar a casa dos antigos hawleys, traçando um caminho duvidoso para isso.

a narrativa com toques melancólicos, os personagens e os diálogos são ótimos e me fizeram divagar sobre como não conhecemos o próximo, e talvez, nem a nós mesmos a ponto de dizer que "eu não faria isso".

eu gostei ainda mais dos capítulos finais, e o desfecho que tomava forma. acho que em algum momento futuro voltarei a esta obra, pois enquanto lia todos os meus marcadores azuis se acabaram.

o final... que final!
vidalfaleiro 09/12/2021minha estante
Sinceramente, eu não compreendi o final, ele se suicidou ou não?


dessa 14/12/2021minha estante
o final foi dúbio e acho que pode haver quem ache que ele viveu, mas eu acho que ele se suicidou.


carlos4810 12/05/2023minha estante
não pegou a gilete à toa, a filha dele pede para ir junto, quando o abraça ele lembra da gilete no bolso, novamente. Da nem de dizer que é triste, porque triste é Vidas Secas do Graciliano, sem perspectiva nenhuma do começo ao fim para os personagens, não via hora deles comerem a Baleia, mas, não fizeram; enquanto, estes americanos, tinham tudo, esposa bonita, filhos na escola, emprego, vida social arrumada, respeito, por causa de uma redação plagiada o pai resolve pegar a gilete e se matar, deixando os filhos sem pai e a esposa que dizia tanto amar, sem marido. Onde? O livro é um romance até bom, mas, do nada, muda para uma tragédia bem mexicana e bem forçada no final.


Carla.Floores 02/10/2023minha estante
Será que foi por causa da redação plagiada? E aquele momento que ele chega em casa e diz que Danny estava na varanda esperando?




Paulo Medrado 21/04/2014

Um personagem universal
O livro narra a história de Ethan Hawley em um período turbulento da história americana. Descendente de família tradicional, porem falida, Ethan trabalha em um mercado que já foi de sua propriedade, como empregado de um imigrante italiano. De formação rigida e valores conservadores, Ethan sufocado por uma existência insignificante, trava uma batalha moral numa sociedade corrupta, hierarquicamente definida pela posse do dinheiro.
Com estilo vigoroso, irreverente e inteligente o autor expõe todos os dilemas de suas personagens, desde os adolescentes, ao bêbado, a prostituta, ao banqueiro ou ao bancário numa trama surpreendente, de tirar o fôlego, que descortina uma ordem esculpida pelos valores e moralidade de uma sociedade de consumo, todavia, não decadente e solitária, ao contrário, inebriante, capaz de seduzir até mesmo a nova geração.
Impossível não torcer pelo sucesso de Ethan em seu esforço comovente numa luta desigual.
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Lucas G. 29/06/2020

Peso
"O inverno da nossa desesperança" traz um peso durante sua leitura que só os livros clássicos trazem - você sente que está lendo algo diferente à medida que as páginas avançam.

Um peso que mexe com você, uma certa melancolia, um olhar diferente ao próximo, quanto mais tento explicar mais me faltam palavras. Leia e você saberá, melhor, leia e você sentirá.

Parece que Steinbeck visitará minha estante com mais frequência daqui para frente.
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Slytheus 19/01/2022

Talvez meu escritor americano favorito
Demorei para ler esse livro, e penso que é por esse ter uma escrita mais diferente dos outros livros do Steinbeck, ou talvez nesse caso, possa ser a minha edição. Esse livro estava parado aqui desde 2017 após eu comprar ele em uma promoção por 3 reais. Só esse ano após ler "A Pérola" do mesmo autor, decidi então desencalhar esse livro da estante. Apesar de eu ter achado a escrita um pouco maçante em algumas partes (ou como eu disse lá em cima, talvez seja coisa da minha edição), ainda sim, consigo ver a genialidade do Steinbeck nessa obra. A história a princípio não me dizia para onde estava se encaminhando, mas ao decorrer dos capítulos, a mente brilhante dele vai aparecendo aos poucos. John Steinbeck ganhou então em 1962 o tão honrado prêmio Nobel da Literatura pelo conjunto de sua obra, então eu acho mais que válido a leitura de seus livros, apesar de que, não temos edições novas de seus livros por aqui.
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Phillipe.Jonson 21/11/2016

O desenho mais belo e difuso da honestidade
Uma leitura agradável, pra quem gosta de uma história inteligente. O autor trata neste livro dos frágeis limites da moral, do certo e do errado, e constrói uma imagem bela e duradoura da honestidade. É como um romance policial, que não diz, mas insinua, e deixa que o leitor monte todo o quebra-cabeça na mente. Entretanto, esse quebra-cabeça não é a assimilação dos fatos, mas da simbologia e da mensagem. Não me encantei com a genialidade de um sistema, mas com a maestria de como o tema foi tratado e a honestidade desenhada.
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Amal1 06/08/2024

Livro muito bem escrito.

A história é triste e o tema não é fácil. Me deu uma sensação bem ruim enquanto lia por isso corri com essa leitura.
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