Camila(Aetria) 23/04/2015
Antonio e eu descobrimos Veredas
O livro conta a história de Antônio sendo intoxicado pela liberdade dos Veredas, ele aprendendo a se conhecer, aprendendo quem é Antônio, ou Riobaldo, no caso, vai ser um grande convite pra ler Os Sertões (coisa que eu confesso desde já com vergonha no coração que não fiz). E tudo isso num livro mega curtinho, de apenas 76 páginas.
"Parece que eles não tinham medo de chamar as coisas pelo nome certo, mesmo que parecesse que estavam falando errado ou que aquilo revelasse uma origem humilde. Importava a verdade, que não é, afinal, chamar as coisas pelo nome certo?"
Antônio Descobre Veredas, Deborah Kietzmann Goldemberg, pg 28
Confesso que me senti muito Antônio descobrindo Os Sertões, fiquei com uma cachoeira de queda pelo Diadorim, na minha mente tão estiloso como o George de Paradise Kiss, e foi uma leitura super rápida e agradável. Não parece que são somente 76 páginas, parece que fui acompanhando com calma cada descoberta, cada momento de Antônio trilhando esse caminho de virar um homem, de se entender, de aprender que não é tão simples fazer escolhas quando temos que pesar todas as consequências.
"Para os filhos, o problema é que nossa família nunca é como a gente quer. Nem a cor das paredes, nem a hora das refeições e nem o canal de TV no domingo à noite. Só que a coisa é feira desse jeito de propósito, porque senão a gente não ia querer nunca seguir adiante. A fruta precisa mesmo cair da árvore para começar algo novo. É quando isso acontece que a gente vira adulto e ingressa na vida ao lado de nossos pais."
Antônio Descobre Veredas, Deborah Kietzmann Goldemberg, pg 65
Embora o final tenha me deixado meio assim... meio faltando alguma coisa, meio mudando o ritmo pro final de uma só vez, foi algo que me incomodou... mas que foi bem discutido e bem fornido no bate papo
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