Amanda 13/05/2019
Sem desculpa!
Bom, eu adoro os livros da Nana Pauvolih, mas confesso que esse não curti muito. A história é bem bruta e algumas coisas são tão inaceitáveis que acho difícil de relevar como alguns outros romances por aí.
Lorenza é uma guerreira. Sua mãe era uma irresponsável que mudava de marido e cidade o tempo todo, deixando-a à mercê dos homens lunáticos que arrumava. Quando estava com 17 anos, sua mãe e padrasto sofrem um acidente, a mulher falece, mas o homem não e com medo sofrer um abuso quando ele voltasse para casa, ela aceita fugir e se casar com seu namorado de adolescência, Thiago Prado.
Ele é um irresponsável e estelionato em desenvolvimento que acaba dando uma vida errante para a esposa, pois nunca consegue ficar muito tempo na mesma cidade sem ter problemas. Até que depois de se envolver com roubo num cassino clandestino, ele pega tudo e se muda para uma ilha onde seu primo Roberto mora. Ao invés de reconhecer a oportunidade, ele se envolve com o que não deve e acaba encurralado pelo senhor da ilha com uma proposta suja, que é "obrigado" a aceitar.
Augusto Montes é o senhor da ilha. Homem duro e cruel, cuida da ilha com mãos de ferro, todos os que chegam devem conhecer as regras e quando um casal novo chega e já se mete em confusão, ele precisa dar uma lição neles. O que acontece, é que ele está fascinado pela mulher, Lorenza, e propõe para livrar o ladrão que ele deixe a mulher como sua puta particular, afinal, na cabeça dele, ela é no mínimo conivente. Assim, ele passa a submete-la a situações humilhantes a fim de sanar esse desejo louco.
A situação até aí já é esquisita, se não unisse o desejo entre os protagonistas Augustos e Lorenza as soluções encontradas pela autora no final. Tudo foi muito circunstancial na condenação de Lorenza e nem quando ela foge, Augustos desiste da sua vingança. Lorenza mesmo sendo abusada (porque convenhamos, algumas cenas foram praticamente um estupro, mesmo ela alegando o desejo), ela consegue se apaixonar pelo bruto do Augusto, que só precisava abrir os olhos para enxergar que a mocinha era uma bocó e nada tinha de ladra.
Enfim, achei as situações bizarras demais para serem levadas como simples entretenimento e quando até a personagem se auto detecta com síndrome de Estocolmo, eu nada posso falar para ir contra essa declaração. Então, se você procura um romance violento e abusivo, esse é perfeito para você, mas se, assim como eu, que procurava algo leve e divertido, sugiro partir para outras leituras da autora que neste livro não conseguiu me convencer.