O Rei Branco

O Rei Branco György Dragomán




Resenhas - O Rei Branco


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Thomaz 27/04/2012

Uma história cruel
Pra variar, mais um excelente livro estrangeiro que veio da Biblioteca Municipal de Petrópolis. Parabéns aos responsáveis pelas aquisições! Mas vamos lá, que não estamos aqui pra fazer elogios, merecidos, ao pessoal da biblioteca.

György Dragomán é um autor jovem (mais novo que eu!). Nasceu em 1973 na Transilvânia e mudou-se com 15 anos para Hungria. É designer e produtor, jornalista e critico de cinema, e foi premiado com vários importantes premios literarios (inclusive Sándor Márai) e aclamado na Europa. Biografia à parte, me parece que o autor merece.

Explico: gosto de ler autores estrangeiros e quanto mais distante de nossa realidade ocidental latino-americana melhor. Isso traz sempre um ar de novidade à leitura e faz com que conheçamos coisas novas, mesmo através da ficção. Assim, é mais fácil se surpreender (eu sei) mas, justamente por isso, é que vale a pena; afinal, tem muita coisa ruim publicada por aí e este podia ser mais uma dessas bombas literárias.

O Rei Branco é um livro cruel. Ele mostra o mundo pela narrativa corrida do garoto Dzsáta, de 11 anos, cujo pai foi levado para trabalhar nos campos forçados do Danúbio (não vou entrar em questões geográficas e históricas - conheço pouquíssimo sobre a região - e o livro não especifica se a história se passa na Transilvânia anexada à Romênia ou na própria Hungria, apenas se consegue determinar a época do pós-guerra, provavelmente década de 1950). Com parágrafos enormes separados apenas por vírgulas que bem seguem o fluxo de pensamento de um jovem, ele mostra as agonias das gangues de (pré-)adolescentes e o relacionamento familiar rígido, principalmente no que tange aos complicados vínculos sociais de um país atrás da, agora antiga, Cortina de Ferro no auge da repressão ideológica.

Os capítulos são quase estanques, apesar de sequenciais, e o livro podia muito bem ser de crônicas independentes. Os capítulos sobre a guerra das gangues lembra "Os Meninos da Rua Paulo", do húngaro Ferenc Molnár (publicado pela primeira vez em 1906 e considerado o mais conhecido livro húngaro no mundo), só que com mais violência e muito mais sangue. Assim como em "Os Meninos", a impressão que se tem é que a história pode se passar em qualquer lugar ou tempo e isso certamente conta para a universalidade de seu livro.

E antes que eu comece a falar da história e "entregue o ouro", paro por aqui. Busque o livro e leia. Eu recomendo.
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Flavia 15/01/2021

Um livro que nos tira completamente da nossa zona de conforto e nos mergulha na realidade cruel de um governo totalitário onde a tirania é regra.
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farahgabrielf 21/07/2024

O livro se passa na Romênia dos anos 80 e demonstra alguns terrores do totalitarismo. Particularmente creio que dois pontos sejam os principais aqui: como a violência é normalizada e replicada em quase todas as situações -por adultos, por crianças, pelo governo, etc- e o outro é a questão de estar crescendo e transitando de criança para pessoa que já é considerada grande.
O autor em si deixa muitos pontos em aberto para pressuposições em várias das passagens, ele também se utiliza de frases e parágrafos bem extensos - o que para mim foi algo bom, gostei da forma como foi escrito, fez sentido e deu um bom ritmo de leitura. Cada capítulo era uma pequena história vivida por Dzsátá, para alguns talvez isso tenha sido ruim pois não ia se desenvolvendo uma evolução do que seria uma busca pelo pai, todavia, eu achei que fez bastante sentido visto que o personagem principal adota uma postura majoritariamente passiva em relação a esse tópico, assim o foco é em suas atividades permeadas pela repressão, violência e ausência (do pai). Foi uma das leituras que mais gostei esse ano.
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Rosa Daré 14/05/2020

História de Dzsátá, de 11 anos, que vive na União Soviética, Dzsátá vê seu pai partir, preso por um ?crime? político, seu pai é levado para longe da família e passa a fazer trabalhos forçados.  E ele fica com a mãe e a família despedaçada. O autor traz as esperanças do menino de ver seu pai voltar e episódios de uma infância muito árida, em meio a racionamento de comida, intoxicação por radiação, e a constante presença da elite militar privilegiada.
O personagem tem um jeito diferente de enxergar as pessoas profundamente e no momento seguinte preferir não entender bem o que está acontecendo a sua volta, como uma forma de proteção. Os capítulos, são vários episódios da infância do menino durante a espera do pai, cansa um pouco, nem todos os capítulos conseguiram me prender muito, mas o final é bom. Forte e triste, na medida, mostrando a que nível de degradação pode-se levar uma pessoa.
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Cândida 12/10/2009

Leitura chata. Pior livro que já peguei pra ler.
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Jon 21/07/2017

Decepcionante.
Vou ser direto: não se dê o trabalho de ler este livro, porque se você gosta de uma história com final, esta não tem um. Eu sempre digo: uma história tem que ter começo, meio e fim, sendo o fim a conclusão dos problemas dos personagens, seja ela boa ou ruim. Com este livro eu nem posso dizer se gostei ou não do fim, porque, repito, ele não tem um.

Duas perguntas básicas deveriam ter sido respondidas e não foram: Por quais razões exatas o pai de Dzsátá foi preso? A gente só fica conjecturando, já que a história parece se passar na Hungria da época soviética. Ele deve ter feito alguma coisa muito grave contra o regime, porque sabemos que se você fizesse algo 'duvidoso' contra o regime, teria sorte de continuar vivo. Tudo bem, de que adianta ler se não pudermos imaginar? Imaginar é ótimo, mas sem uma confirmação do que aconteceu, uma afirmação concreta, a gente termina perdido.

A outra pergunta é: Que verdade é essa, de acordo com a sinopse de capa, que o garoto descobre, com a qual ele se "arrisca a perder para sempre sua juventude"? Porque se a verdade for que o pai dele estava vivo, não explica muita coisa, porque isso tinha 50% de chances de acontecer, para todos os efeitos. E por extensão, o que há de tão drástico em o menino saber que o pai estava vivo e estivera na prisão? Tudo isso devia obrigatoriamente ter sido explicado no final do livro. Mas não. Não se iluda.

Outra coisa de que não gostei foi o estilo de escrita do autor: parágrafos enormes, com poucos pontos-finais, uma mistura frenética de narração em discurso direto e indireto, sem travessões, aspas... A única razão plausível para que ele possa ter escrito assim seria retratar o modo como as turbulências da vida passavam pela mente do menino, sem filtros, sem pausas, rápido, na euforia de comunicar seus sentimentos.

Apenas porque o transcorrer da história é interessante, narrando a vida do menino Dzsátá, que tem 12 anos e está na sexta série, considero que ainda fiz muito ao dar 2 estrelas.
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Fabio Shiva 25/05/2017

arte sutil
Achei esse livro simplesmente espetacular! Um claro exemplo de maestria na “subtle art of understatement” (célebre expressão que descreve lindamente um dos mais interessantes recursos da literatura – e que pena que não exista uma tradução em português à altura! – que consiste basicamente em retratar cenas de grande impacto emocional com uma linguagem fria e desapaixonada). Uma verdadeira aula de boa escrita, totalmente diversão e arte!

O livro é narrado na primeira pessoa e retrata o universo de um menino começando a adolescência em meio à crueldade e horror de um regime totalitário. Cada capítulo é estruturado como um conto, com início, meio e fim, sendo que há conexão e continuidade entre os capítulos. O que mais me impressionou foi a capacidade do autor de encontrar lirismo e graça nas situações mais comoventes. Dei risadas, e ao mesmo tempo fiquei chocado e triste com o que li.

Esse é o tipo de história que captura o leitor. Mergulhei totalmente no universo narrado no livro, saboreei cada página com avidez e lamentei quando afinal chegou a última página. Quero muito ler outras obras do mesmo autor.



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Adriana 21/07/2017minha estante
eu ainda estou lendo, mas senti a mesma coisa, entre deliciada com a leitura e chocada com várias parte. A que o treinador arrebenta Janika, e dos homens que os obrigam a trabalhar, fiquei chocada, ninguém impede estes abusos de poder?
será que lá a vida é assim mesmo?




Flá Costa 03/11/2016

Se você gosta das delícias que uma boa leitura convencional, nem continue essa resenha. "O Rei Branco" é o tipo de livro que nos tira da zona de conforto em todos os aspectos. Dragoman perturba de todas as maneiras: na forma de escrita corrida, nos longos parágrafos, nos nomes (para nós) esquisitos de seus personagens. O fio condutor da narrativa é o destino do pai do menino que é o protagonista e narrador desta história que tem como plano de fundo a vida brutal que levavam os moradores da União Soviética.

É um livro seco, cru, que espanta pela objetividade e por conseguir permear tantos temas - adolescência, vida familiar, retrato histórico - de maneira cuidadosa.

Dei três estrelas pois em alguns momentos achei a narrativa maçante, mas no geral é um livro bom!
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Samy Yamamoto 13/04/2016

Em busca do Pai
Dzata é um garoto cujo país estava caçando membros contrário as opniões políticas estabelecidas pelo governo, e o pai dele era um desses revolucionários na Hungria.
O livro conta a história da criança, suas travessuras, suas emoções, a espera infinita pela chegada de uma carta do pai.
O Rei Branco que muitos não entendem o porque do nome do livro nada mais é do que a peça do jogo de xadrez que ele furtou e manteve consigo como um objeto da sorte até o final do livro.
O livro é tão maravilhoso que chorei muitas vezes nessa leitura, e um segundo volume seria muito bem vindo porque ficou no ar aquele gostinho de quero mais.
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Mila 17/10/2014

O Rei Branco
Esse livro mostra a experiência de um garoto na época da 2ªGuerra Mundial. Ele sente muita falta do seu pai e passa por momentos difíceis como garoto, com colegas de escola e também por várias aventuras inesquecíveis. No final do livro fiquei com vontade de ler mais!
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Esdras 05/09/2013

A estória é boa.
O garoto passou a infância aos trancos e barrancos com a mãe, enquanto esperava que seu pai voltasse.
Protesto o final.
Uma reclamação:Frases muito extensas(quase intermináveis) e falta de acentuação ao iniciar os diálogos.
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Leo Augusto 19/08/2013

Grata Surpresa
O Rei Branco
György Dragoman
Intrínseca

Uma banca com livros em promoção...
Uma capa simples...
Um título pouco chamativo...
Um autor desconhecido...
Mas, tinha alguma coisa ali. Peguei o livro, folhei e li algumas páginas...

Pronto comprei. E foi uma grata surpresa!

O Rei Branco conta a história de Dzsátá, um menino mora em um país qualquer do leste europeu, ainda sob a mão pesado do comunismo. Nada é fácil da vida do menino, mas não só dele; como dos outros personagens.
Sem uma história linear, com capítulos soltos, vamos acompanhando o crescimento e o amadurecimento de Dzsátá. Pai preso pelo Estado, mãe lutando sozinha, avôs distantes, amigos cruéis e professores muito rígidos. No meio disto tudo, ou apesar disso tudo, o nosso herói vai amadurecendo, vivendo e brigando com uma vida bem difícil.

Bom, eu gostei muito livro, mas deve confessar: Tenho um fraco por histórias de Ritos de passagem.
Acho que esse livro nunca será popular...
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Angel 05/09/2012

Uma leitura extremamente instigante, que no decorrer do livro se torna fascinantemente perturbadora e as vezes até cruel. Agora o final é um caso a parte, terminei o livro completamente decepcionada, não por não ser um final agradável ou o que eu esperava, mas sim, porque foi vago e sem sentido. Mas pelo conjunto da obra ainda indico a leitura.
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Lodir 07/03/2010

Mal escrito
Simplesmente o autor não parece saber escrever. Apesar de ele ter criado um bom tema, e a história parecer interessante, ele escreve mal. Não sabe o que é um ponto final, pois cria frases gigantes que facilmente passam das quatro ou cinco linhas, usando apenas vírgulas quando precisava de pontos. Os parágrafos também são gigantes, quase sempre passando de uma página inteira e chegando a uma página e meia. Assim, o livro parece não ter pausas, tornando-se uma leitura cansativa.
José Adélcio Jr 24/12/2011minha estante
Saramago escrevia assim e era tido como gênio!


Jessé 11/05/2014minha estante
Na verdade ele escreve de maneira diferente... A gente é quem tem que saber ler dessa forma.




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