spoiler visualizarjuli4_daf 04/09/2023
A arte não é para os pobres
Esperava algo diferente desse livro, mas acredito que não tenha sido essa expectativa que me frustrou nele.
De fato, buscava o óbvio: a perspectiva do autor sobre a alma do homem no socialismo. O que encontrei foi uma discussão sobre individualismo e arte, principalmente.
Durante a leitura, me peguei me lembrando da obra ?A sociedade do cansaço? de Byung-chul Han, no que se refere à defesa da construção de uma identidade própria, porém, de uma forma individual, não individualista.
Na minha perspectiva pessoal, uma sociedade socialista deveria procurar sua prosperidade no coletivo.
A forma com que a arte popular foi abordada pelo autor, novamente: na minha opinião, foi simplória e elitista, se os pobres não apreciam a ?boa arte? é porque a maioria deles não teve acesso à ela. Não me encontrei surpresa, até porque Wilde era um progressista, mas um progressista Britânico.
Mas, de forma geral, esse livro traz citações sensatas tais quais: ?Por que deveriam ser gratos pelas migalhas que caem da mesa do homem rico?? ou ?Na sociedade, há apenas uma classe que pensa mais em dinheiro do que os ricos, e é a dos pobres?, o que mostra que o autor tem, pelo menos, consciência. Portanto, não é uma obra inútil, com certeza, mas, discordei da forma como o assunto foi apresentado.
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