O labatruz e outras desventuras

O labatruz e outras desventuras Judith Nogueira




Resenhas - O labatruz e outras desventuras


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Bea L 04/12/2023

Bom
Eu gosto muito de literatura brasileira, principalmente contos. Esse é o terceiro livro de contos que eu li esse ano, gostei bastante.
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Matheus yag 25/11/2022

Livro ótimo pois mostra assuntos que a sociedade não mostra muito e acaba que quando alguém passar por essas coisas ela acaba nao sabendo oque fazer e acaba guardando para si mesmo
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Prof. Edivaldo 01/10/2020

O labatruz
Livro curto contendo três contos muito bem escritos. Lido com o sentimento de busca, de desejo de conhecer o desconhecido, mas sobretudo, trata da angústia, da solidão, do medo e das frustações que fazem parte da vida do ser humano. O último conto - "O homem que fazia luz" assemelha-se um tanto com a escrita de Ignácio de Loyola. Recomendo.
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/03/2018

Nessas fábulas, esperar o final feliz pode ser um pouco decepcionante...

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788565850186
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Arca Literária 03/07/2015

Este livro contém uma trilogia de contos que falam de temas tão indigestos quanto frequentes na existência humana: “O labatruz” (solidão), “O construtor de navios” (frustração) e “O homem que fazia luz” (morte).

Os personagens são exaustivamente testados em seus específicos infortúnios. É neste exato ponto que as histórias tocam o real e provocam identificação, afinal, não é sempre que aparecem fadas com suas varinhas mágicas para nos valer.

Me conta uma coisa, qual o objetivo seu quando senta para ler um livro? Você sempre aguarda finais felizes melosos, açucarados?

LEIA TODA RESENHA EM NOSSO SITE http://www.arcaliteraria.com.br/o-labratuz-e-outras-desventuras-judith-nogueira/


site: http://www.arcaliteraria.com.br/o-labratuz-e-outras-desventuras-judith-nogueira/
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Paula Juliana 01/04/2015

Resenha: O labatruz e outras desventuras - Judith Nogueira

''... minha solidão era a consciência da minha diferença.''

O mundo não é feito de finais felizes. A vida muitas vezes não é justa. Se tudo fosse como nos contos de fadas, a princesa encontraria o príncipe e eles viveriam uma vida imortal e feliz, a solidão não existiria, todas as famílias sempre ficariam juntas, desastres nunca seriam uma realidade e tristezas não estariam no folhetim!

Mas a vida real é assim? Mesmo quando crianças, quando somos - ou deveríamos ser - sempre amados e protegidos, não nos deparamos com situações ruins? ''Temas Indigestos''?
Dores profundas?

''Talvez existia sabedoria nessa generosidade.''

Aprecio muito as fábulas, mesmo quando seus finais não são como gostaria que fossem!

''Isso tudo não impediu que sentisse amor. Aprendi cedo com os lobos que podia amar quem não compreendia e que, para amar, não era necessário concordar com o outro.''

Durante a leitura de: O labatruz e outras desventuras, da autora: Judith Nogueira, entrei no mundo das fábulas. Um mundo que não entrava fazia muito tempo!

''Aprendi da pior maneira que mesmo quando existe coragem e se decide lutar pelo desejo, não há garantia de sucesso. Nada impede que os problemas se tornem ainda piores ao longo do caminho, que surja o arrependimento, e seja tarde para voltar atrás.''

O livro é dividido em três histórias:
O labatruz - Sendo essa a principal, O construtor de navios e O homem que fazia luz.
Cada uma com um tema central: SOLIDÃO, FRUSTRAÇÃO E MORTE!
Gostoso né? Na verdade nem um pouco, mas foi por pensar assim, que me surpreendi lendo, quando descobri, que mesmo com temas assim ''tristes'', poderia ter belas histórias, com uma SENSIBILIDADE admirável e uma beleza palpável em meio ao sombrio!

''A alcateia tinha para comigo uma grande condescendência e, ouso dizer, até um grande carinho. Nunca senti que fosse segregado por eles por ser diferente. Mas apesar de ser aceito, isso não me tornou um igual.''

O labatruz fala da solidão de um animalzinho que não sabe quem é, ele não sabe qual a sua espécie, só que seus pais morreram quando era muito pequeno e que ele foi criado por lobos! Mesmo sendo criado como da família, O labatruz sabia que era diferente, sabia que não se encaixava ali, sabia que não poderia encontrar uma fêmea entre os lobos, que era totalmente diferente!

Então ele saiu em busca de algo, de conhecimento também, queria saber dos seus iguais, queria descobrir sua função no mundo, o que era e o que deveria fazer!

''Faltava-lhe algo que ele nem sequer sabia o que era. pois tinha mais do que qualquer pessoa comum poderia sonhar. Ele tinha tudo o que era considerado necessário para ser feliz e tinha também todo o supérfluo.''

O construtor de navios é a segunda fábula. Essa fala de um homem que teve tudo durante toda a sua vida... mas que sentia falta de algo! Um buraco, um vazio que não conseguia ser preenchido nem com o mais caro navio, nem com sua mulher e filhos.

Ele saiu em busca de algo que fizesse ele deixar uma marca no mundo!

''... um buraco...''

Frustração! Tristeza e solidão!
Essa fábula teve o melhor final para mim! MARAVILHOSO!

''Todo mundo passa por dúvidas, medos e encruzilhadas na vida, mas para o homem dos navios essa era a primeira vez que enfrentava uma tempestade em terra firme, um maremoto que não vinha de fora, mas de dentro dele próprio. Chegou para ele o momento mais aterrorizante da vida de uma pessoa: o encontro consigo mesmo.''

O homem que fazia luz é a terceira e última história, ela fala do tema mais triste e temido do ser humano: A MORTE!
Nunca vamos estar preparados para a morte, para a perda, e ela nunca espera que estejamos prontos mesmo, bate na nossa porta e meche com a vida das pessoas sem ter vergonha alguma!

Essa fábula foi a mais sensível para mim e a mais bonita também!

O homem que fazia luz conta a história do homem que fazia a luz... literalmente!
O homem que também buscava e precisava de algo!

''Talvez ele não morresse ou a luz sobrevivesse à sua morte eram pensamentos correntes. O homem que fazia luz estava morrendo e todos foram obrigados a reconhecer o fato, uma vez que a luz com ele se apagaria, pouco a pouco.''

A autora que escreve brilhantemente bem, conta uma lenda, mais uma vez, ela mostra como foram criadas as quatro estações, a luz e a.... escuridão!

''Primavera e o menino que fazia luz namoraram por alguns poucos meses, talvez seis ou um pouco mais. Foram três meses floridos seguidos de três meses nos quais a luz e o calor passaram a ser mais intensos, e por isso esse novo tempo foi chamado de Verão.''

De uma forma muito despretensiosa comecei minha leitura, fui com o intuito de folhear as páginas do livro que é lindo e chegou hoje em minhas mãos, comecei a ler as primeiras páginas... fui lendo... e lendo... quando vi já tinha lido quase todas as fábulas em uma horinha! E foi uma leitura incrível, me emocionei, vivi todas as histórias, curti os enredos com muita calma, observando os detalhes, a escrita, as sensações, os sentimentos que eram presentes nas três fábulas.

''... jamais sentiu tamanha impotência e solidão como as que experimentou quando se confrontou pela primeira vez com a morte das pessoas que mais amava...''
''Morte era morte, e era uma coisa irreversível. Não havia nada nem ninguém que pudesse mudar aquela lei. Assim era a vida e era assim que ela funcionava.''

O labatruz e outras desventuras da autora Judith Nogueira, vêm com um gostinho de Pequeno Príncipe, sensível, bonito, singelo, mostrando que a literatura não precisa ser alegre e com um felizes para sempre, para conquistar, emocionar e fazer o leitor mergulhar em suas histórias! Recomendadíssimo!

''Às vezes um homem consegue ser seu próprio e pior inimigo.''

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
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