Kívia 13/05/2021
Antiquíssimo e poético.
Este livro tem uma certa semelhança com O Peregrino (embora eu nunca tenha lido, mas tenho uma noção do que se trata), pois tem como enfoque a jornada do personagem, suas adversidades no caminho e seu amadurecimento. Para mim a escrita do autor foi um pouco difícil, por ser antiga, e algumas vezes tinha que ler um parágrafo mais de uma vez, porém, valeu muito a pena pela parte suave e descritiva de sua narração e, como o narrador é em primeira pessoa, sentimos a influência do ambiente ao redor nas nossas sensações e pensamentos, o que foi um crédito a mais. O caminho que o jovem Anodos segue é sem destino no início, seguindo mais sua intuição; acredito que o propósito principal dele é mostrado um pouco mais da metade do livro, que é: ajudar uma dupla, pois ele já era esperado. Um pouco além disso é aprender com seus erros, aprender a essência do amor e da humildade, por isso se torna bastante reflexivo. No livro eu tenho várias partes favoritas que não citarei, e tenho certeza que existem elementos do cristianismo nessas e em várias outras cenas, no entanto, só detectei em algumas, e essas poucas me emocionaram bastante. Gostaria de dizer que é muito bom encontrar mais autores desse nível que são cristãos.