Herland

Herland Charlotte Perkins Gilman




Resenhas - Herland


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Loba Literária 06/05/2023

Tenho que agradecer aos céus pela introdução no começo do livro; senão, teria desgostado bem mais da história.

Primeiro, já digo que acho que outros livros trataram do tema de uma maneira melhor: A Rainha do Ignoto e Terra Papagalli. A hq Woman World também é uma boa alternativa.

O livro (que, pelo que vi, na verdade é uma novela) é escrito de maneira expositora, e na verdade é um grande info-dump. Isso foi um grande problema para mim, porque ele simplesmente não tem uma trama. Nada acontece, além dos homens aprendendo sobre a Terra das Mulheres. Muitas vezes, fiquei entediada e gostaria de poder fazer outra coisa enquanto lia - talvez uma alternativa fosse ler um capítulo por dia ou algo do tipo.

O problema sério mesmo foi o narrador. O livro é extremamente datado com suas ideias do que é ser mulher (mas aí preferi ver a Terra das Mulheres como um povo que não representa a Mulher Ideal Quando É Permitida Existir Sem Uma Homem, como talvez a escritora tenha querido retratar). Mas esses homens são todos horríveis e, enquanto nosso narrador tenta se colocar acima de seus acompanhantes, ele com certeza não é. É meio nojento ter que viver na cabeça de um cara desses (considerando que o livro foi escrito no começo do século XX), principalmente ter que ver esse povo tratado como selvagens criaturas a serem estudadas (não muito diferente de como sempre pensaram exploradores, estadunidenses, então...). Essa história se beneficiaria muito mais com uma narradora mulher, que combate os ensinamentos do patriarcado dentro dela mesma e cresce (queria ver a personagem principal de A Natural History of Dragons aqui).

Um livro datado e preconceituoso, ainda que revolucionário na época.
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Thay 04/05/2023

Terra das Mulheres
Livro publicado em 1915: UAU! Que mente a frente do seu tempo de Charlotte Perkins Gilman!

É um mundo útopico, basicamente perfeito, e habitado somente por mulheres . O que acontece quando inserimos 3 homens nesse lugar?

Três representações masculinas totalmente diferentes trazendo cada um sua forma de aceitação e interpretação daquele lugar.

Muito interessante, apesar de ter começado a um tempo e ter desistido não me arrependi de ter retornado a essa história!
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miriellen0 01/05/2023

Uma linda obra e crítica social! ?
?Entendam, elas não tinham guerras. Não tinham Reis, nem padres, nem aristocracia. Eram irmãs, e conforme cresciam, cresciam juntas - não competindo, mas em ação unificada.?
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jusouzr 24/04/2023

Homens sendo homens
é perfeito ver como as mulheres podem ser e o que podem se tornar sem a influência masculina, e como homem seja em 1915 ou em 2023 acha que tem um poder a mais ou que pode tomar aquilo que ele quer só por achar que pode.
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Mendes 18/04/2023

O lugar perfeito
A história toda se dá quando 3 homens curiosos (não vou dizer machista, pq ser machista em 1915 é redundante). Esses caras chegam lá pensando em putaria, pq quem não ia gostar de um país cheio de mulheres(segundo eles próprios).
E aí vem aquelas questões dos homens: quem faz os serviços de homem, se ela não tem homem?
O país todo funciona muito bem porque elas tem uma estrutura que funciona há milhares de anos.
A estadia desses homens se prolonga no país, pois as mulheres desejam aprender sobre o país deles, para que possam desenvolver as boas ideas no seu próprio.
Os homens se sentem cada vez mais impressionados com o quão desenvolvido aquele país de mães é, e começam a gosta.r do lugar, inclusive se apaixonam.
Menos um deles que é babaca e no final é obrigado a voltar para o próprio país. O tipo de homem lixo.

No mais, eu gostei bastante do livro.
Tem temas atuais e alguns ultrapassados, mas ainda conhecemos mulheres que vivem pra procriar.
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CamilaGradin 21/03/2023

Um livro surpreendente se pensarmos q foi escrito em 1915
Incrível como os arquétipos masculinos mudaram pouco desde 1915.

O que mais me chamou a atenção neste livro foi descrever uma maternidade que é socialmente enaltecida, que embora esteja estereótipos do feminino de Maria (mãe pura e devota), não nega a capacidade criativa, força e inteligência, independência das mulheres. E coloca essa maternidade como uma função social e não individual.

A construção de uma sociedade igualitária, que na historia se dá muito pela falta de diferença, traz formas de organização e produção mais justas e não alienantes que a nossa realidade cheia de intersecções que o nosso capitalismo explora para extrair a mais valia para a classe burguesa patriarcal.
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Cleany 07/03/2023

Esse é um livro interessantíssimo, principalmente levando em consideração o ano em que foi escrito, mas a autora perde um pouco o ritmo na segunda metade e a leitura começa a se arrastar.
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Aldenir.Ferreira 02/03/2023

Um sonho de vida
?Entendam, elas não tinha guerras. Não tinham reis, nem padres, nem aristocracia. Eram irmãs, e conforme cresciam, cresciam juntas- não competindo, mas em ação unificada.?
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@cassia.f.o 28/02/2023

Que coragem você teve Charlotte!
Como um livro escrito a 100 anos atrás pode ser tão atual? Uma triste realidade.
É um romance utópico sem muitas emoções, um relato do ponto de vista de um homem de como é o país das mulheres. Levando em conta a época em que foi escrito a coragem da autora foi admirável. O começo do livro é encantador, mas depois a leitura fica arrastada e o ódio pelos personagens masculinos vai aumentando exponencialmente. Cooperação, reconhecimento de habilidades, rede de apoio, Montessori, amizade são assuntos que permeiam a leitura. Minha crítica é que a maternidade foi um tanto romantizada em alguns trechos, mas a forma com que eles criam as crianças é lindo e inspirador. Me incomodei também com a uniformidade estética das mulheres, acho que poderia ter sido diferente. O fim do livro é decepcionante, não gostei do fechamento e esperava mais. Apesar disso recomendo a leitura!
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Millene.Grandemagne 27/02/2023

Citações e reverberações
“Representando a consciência critica do leitor, Van, o narrador, vive um conflito entre voltar para a sua terra e usufruir dos seus privilégios em detrimento do sofrimento e desigualdade generalizados ou admitir que o País das Mulheres, apesar de sua organização asséptica, existe de maneira justa para todos. Pergunta muito semelhante que homens contemporâneos no campo progressiva se fazem (ou deviam se fazer) ao questionar seu próprio lugar de privilégio”. (prefácio)

“- Vcs não sentem respeito pelo passado? Pelas ideias e crenças de suas antepassadas?
Ora, não – respondeu ela. – Pq deveríamos? Elas já se foram. Sabiam menos do que nós. Se não estivermos à frente delas, somos indignas delas e indignas das crianças depois de nós.
Isso me colocou em reflexão honesta. Eu sempre imaginara – de ouvir falar, suponho – que mulheres eram mais conservadoras por natureza. No entanto, aquelas mulheres, sem a assistência do espírito masculino de iniciativa, haviam ignorado o próprio passado e construído com ousadia para o futuro”.

“- Mas, com certeza, suas mães esperam honra, reverência, obediência. Precisam fazer coisas pelas mães, não?
- Oh, não. Fazemos coisas a partir delas, não para elas. Não precisamos fazer coisas para elas, não precisam disso. Mas precisamos seguir em frente, esplendidamente, por causa delas, e é assim que nos sentimos a respeito de Deus.”

“Ora, na tentativa de nos aproximarmos de Deus em nossas mentes, personificamos a ideia, é claro; mas não assumimos que exista uma Grande Mulher em algum lugar, que seja Deus. Oq chamamos de Deus é um Poder Permeado, entende? Um Espírito Interno, algo dentro de nós do qual queremos mais”

“Paciência, gentileza, cortesia: tudo que chamamos de boa criação fazia parte do código de conduta. Mas onde elas nos ultrapassavam era na aplicação do sentimento religioso em todos os campos da vida. Não havia rituais, encenações de serviço divino, exceto os desfiles religiosos de que já falei, e estes eram tanto educacionais quanto religiosos, e também sociais. Mas havia uma conexão clara estabelecida entre tudo oq faziam e Deus. A limpeza, a saúde, a ordem impecável, a beleza pacífica e rica de todo o território, a felicidade das crianças e, acima de tudo, o progresso constante – tudo isso era religião”.

“- Como pode não querer [a imortalidade]! – protestei [Van] – Quer se apagar como uma vela? Não quer continuar, crescer e ser feliz para sempre?
- Ora, não. Nem um pouco – disse ela – Quero que minha filha e a filha da minha filha sigam adiante e elas vão. Por que eu? [...] É oq todos queremos, claro: Paz, Beleza, Conforto e Amor... com Deus! E Progresso também. Lembre-se. Crescimento, sempre e sempre. É oq nossa religião nos ensina a querer e pelo que trabalhar, e é como fazemos!”
“Quanto a nos dar coisas... Vemos que gostariam disso, mas ficamos felizes por não poderem – continuou Celis. – Entendam, amamos vcs pelo que são, não gostaríamos que pagassem algo. Não basta saber que são amados pessoalmente, como homens?”

O livro me surpreendeu! Tive ótimas reflexões e é impressionante como um livro tão antigo é tão visionário, como o fato de os homens acharem impossível que mulher passasse o nome ao marido, assim como ele faz a ela e o que hoje é algo totalmente possível pela legislação. Outro exemplo: a cremação que era algo visto como horrível para os homens e que as mulheres já utilizavam como forma de não desperdiçar espaço.
Outra coisa que me chamou a atenção positivamente é que na Terra das Mulheres todas as mulheres se ajudam na criação das crianças, por exemplo. O grande objetivo delas é formarem mulheres que cresçam e que sejam ainda melhores do que elas. Lembrando que na época de escrita do livro, as crianças não eram valorizadas como seres dignos de respeito e valor. Além disso, não há aquela “obrigação” dos filhos de seguirem os passos dos pais ou de ajudá-los, cada um faz a sua parte e as gerações vão se sucedendo, uma melhorando a outra progressivamente. Essa é a religião delas e não as instituições ou rituais, os quais desconhecem. Ocupam seus tempos melhorando uns aos outros e ajudando no bem estar da coletividade e do ambiente em que vivem.

Releria e indicaria!
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Nah 19/02/2023

Que livro!
Começo dizendo que eu preciso saber o que aconteceu após o fim. Terminou justamente na parte que eu mais estava curiosa!
Bem, o livro em si trata de uma sociedade composta por mulheres, um país de mulheres recebem três visitantes do gênero masculino. Dá pra imaginar o quanto isso é impactante?
Dentre os visitantes, Terry sem dúvidas é o mais insuportável. Incrível como os homens descritos se parecem tanto com certos tipos atuais.
São muitos os aspectos a serem analisados nessa leitura, a postura e visão daquelas mulheres e todas as demais ideias! A maternidade...
É assombroso o quanto esse livro é atual em algumas situações.
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kaylane 15/02/2023

Conflito do que é ser feminino
Pra começar, a narrativa é ótima, a autora consegue envolver a história sem dificuldades porque ela não usa muito termo desconhecido ou estranho, até porque é um relato.

começando com o poço de chorume do livro que se chama terry, ele é o típico homem que precisa ser másculo ao mesmo tempo que é terrivelmente inseguro ao ponto de precisar usar a força pra "dominar" algo. a descrição das atitudes predatórias e o imaginário totalmente sexual dele com a terra das mulheres é nojento mas não deixa de ser a realidade atual, e o mais irônico é que o livro foi lançado em 1915. estamos em 2023 e nada mudou.

sobre jeff, ele tem a licença poética de ser "manipulado" de acordo com o narrador, van. mas tirando a parte do pedestal imaculado que ele colocou sobre as mulheres (que eu suspeito que isso separa ele, elas e algum tipo de agressao), não vejo problema nele se rendendo e sendo "doutrinado" por essa civilização. o que tem de mal gostar e se encaixar numa sociedade que usa a educação pra formar cidadãos ao ponto de que aprender não é monótono, que tem saúde, indústria e cultura? van o critica por ser maleável sendo que ele próprio também foi.

com van, sua postura passiva agressiva de pensador científico e racional me enjoa. ele quer entender aquele mundo como homem ao mesmo tempo que se refere sutilmente a outros povos com selvageria. ele tenta, não tiro seu mérito, se adaptar àquela sociedade. mas minha conclusão é essa: nenhum dos três são do meu agrado kkkk

sobre a terra das mulheres, o que me irritou levemente é tudo remeter à maternidade, tive a sensação de que existiria rejeição caso alguma mulher expressasse o desejo de não ser mãe. mas a utopia pode se transformar em distopia dependendo da época mesmo. não existe grandes conflitos (o que era de se esperar, estamos lendo sobre educação afirmativa desde a infância, sem as baboseiras que acontecem quando se pensa no individual e sobrevive) e até pra quem imagina um paraíso que flerta com o comunismo o clima pacífico é estranho, tipo, existe oportunidade pra ter especialização, hobby, sentir a vida. com algumas ressalvas que te fazem pensar muito e ter uma leitura crítica, terra das mulheres ensina muito.
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LARISSA F 03/02/2023

Interessante imaginar como seria uma sociedade formada apenas por mulheres, e imagino que ela retratou isso perfeitamente bem, apesar do fato de a maternidade ser exageradamente cultuada, como motivação da vida de 100% das mulheres. Algumas só não querem, e está tudo bem com isso
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