Aforismos Para A Sabedoria De Vida

Aforismos Para A Sabedoria De Vida Schopenhauer




Resenhas - Schopenhauer


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Jorge 07/12/2023

Filosofia de Qualidade e Acessível
Este com certeza é um dos melhores livros que li neste ano, e vale releituras ao longo do tempo para não esquecer os seus ensinamentos.
Escrito em um encadeamento de máximas (aforismos), a leitura é extremamente agradável e comunica um conhecimento precioso para uma melhor conduta de vida, portanto, é um livro que pode ser lido por qualquer pessoa. Não é necessário nenhum conhecimento filosófico prévio.
Certamente, Schopenhauer é um dos meus filósofos preferidos. Além de empregar uma linguagem acessível, o faz sem perder a profundidade necessária a assuntos complexos, como a liberdade do ser em-si, ou a profunda compreensão dos desejos humanos e das relações sociais.
Neste volume, o autor fará considerações práticas a respeito da vida humana, observada do ponto de vista subjetivo, como ele mesmo pontuou na introdução.
Essencialmente, trata-se de uma ordem de pensamento a qual indica uma vida melhor, saudável e de autossuficiência, especialmente; este último fator é repetido incansavelmente durante a obra, pois o que alguém é por natureza, é indivisível. O caráter jamais pode se desprender do ser, e fatalmente, o ser humano está sozinho e sua maior companhia será ele mesmo. Aqueles agraciados de um grande espírito, dotado de fértil imaginação, disposição de caráter e paixão pelo conhecimento, serão mais felizes por excelência, pois não temem a solidão, e os infortúnios da vida material são menos sentidos por tais espíritos.
Este é o primeiro e mais importante fator da sabedoria de vida de Schopenhauer, bastar-se a si mesmo. Em seguida, o autor reflete sobre os outros dois bens da vida, que dizem respeito ao que alguém tem, e o que representa. O primeiro, vinculado aos bens materiais, e o segundo, à honra e glória.
Por mais que sejam de ordem inferior, estes bens também fazem parte da vida, e não somente geram frutos de intensa reflexão, mas também podem aumentar a felicidade do ser, não sendo observados como fins em si, mas apenas como consequência do primeiro bem, o ser em si.
Sobre o que alguém tem, o autor vê estes bens materiais principalmente como uma fonte de conforto. Para um grande gênio, esta fonte é abençoada, pois o permite viver para as suas obras e o seu grande caráter não será afetado pelo tédio, o que, invariavelmente, acontece com uma mente inferior, a qual utilizará mal estes bens, buscando os vícios e extravagâncias, os quais apenas trarão mais infortúnios, e jamais poderão sanar por completo o tédio. Por outro lado, a falta deste bem gera a necessidade, uma contrapartida do tédio. Alguém necessitado é impedido pelos meios materiais de atingir plena existência, dificultando até mesmo a manutenção de uma boa saúde, esta, considerada pelo autor, o bem material mais valioso.
"O que alguém representa" é um dos capítulos mais longos do livro. Isto é, a opinião dos outros e o quanto isto influi em nossas vidas. Fica claro que o ser que não se basta a si mesmo se importa muito com a opinião dos outros, e busca sempre alimentar esta opinião de maneira positiva. De todos os bens, este é o mais supérfluo. Primeiro, porque a opinião alheia em nada altera o que nós somos, e segundo, estas opiniões não existem em lugar nenhum, exceto na consciência de tais pessoas. Decerto, viver para a impressão que os outros têm a nosso respeito configura uma fonte infinda de sofrimentos, e é uma insensatez completa. Além do mais, miserável é uma existência pautada no que pensam os outros. Pois, grandes estelionatários e salafrários podem nutrir forte estima de muitas pessoas, ao proferir doces palavras aos seus ouvidos, mas quando ninguém está vendo, revelam a sua sórdida natureza através de seus atos vis. A opinião alheia em nada altera o que tais pessoas são, por isso, não deve ser levada em consideração, e apenas configura uma ilusão.
Por fim, o pensamento geral se trata de uma visão estóica do mundo. Mais feliz é aquele que evita os sofrimentos, não aquele que busca mais gozos, pois estes são necessariamente uma fonte de infortúnios, e para o autor, os infortúnios contém uma natureza positiva e real, enquanto a felicidade é negativa e irreal. Sua visão de mundo é pessimista, o estado natural de existência é sofrimento, mas, do ponto de vista prático, existem coisas boas a serem encontradas no caminho da vida, e é por isso que a existência deve ser corajosamente encarada.
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Felipe902 17/03/2023

Maravilhoso
Eu diria que é um livro repleto de ditados e formas de como se viver de uma maneira "sábia". Em algumas vezes a visão de Schopenhauer parece ser um pouco "voltada para si" dizendo o quão incrível é ser intelectual e que seu modo solitário de vida é maravilhoso, e em outras parece algo voltado a uma visão pessimista da sociedade em um sentido de "desconfie de tudo e todos o máximo que puder".
Gostei da tradução e amei saber a relação entre as filosofias de Schopenhauer e Freud
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oli_mi 21/02/2023

?todas as coisas são magníficas de ver, mas terríveis de ser
Schopenhauer mostrou explicitamente como a sabedoria dói.

Eu fiquei muito impactada com tudo que ele disse e a forma como ele escreve as coisas, recomendo muito a leitura até para um start pra quem não é acostumado com filosofia, porque a escrita dele é muito fácil de entender.

As reflexões que ele traz realmente machucam, mas não da para negar que ele era um filósofo pessimista, tinha os seus pontos coerentes mas algumas coisas que ele diz parecem muito crenças baseadas em suas vivências, que acabaram ficando parciais no livro, tirando isso achei totalmente válido.

Envelheceu muito bem!!!
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joaoggur 13/01/2022

A sabedoria dói, dói muito.
?Pois, para o bem estar do homem, para todo o modo de sua existência, a coisa principal é, manifestamente, o que se encontra ou acontece dentro dele?

?[?] aquilo que somos contribui muito mais para a felicidade do que aquilo que temos ou representamos?

?O valor que atribuímos à opinião dos outros, e a nossa preocupação constante em relação a ela, ultrapassam, via de regra, quase toda a expectativa racional, de modo que tal preocupação pode ser considerada como um tipo de mania difundida universalmente, ou antes, inata.?

?A honra não consiste na opinião dos outros sobre o nosso valor, mas unicamente nas exteriorizações dessa opinião, pouco importando se a opinião externada de fato existe ou não, muito menos se ela tem fundamento.?

?Se quisermos avaliar a situação de uma pessoa pela sua felicidade, deve-se perguntar não por aquilo que a diverte, mas pelo que a aflige.?

?A sociabilidade também pode ser considerada como um mútuo aquecimento intelectual dos homens, parecido ao produzido corporalmente quando, em ocasião de frio intenso, eles se juntam bem perto uns dos outros. Mas quem tem bastante calor intelectual em si não precisa de tal agrupamento.?

?Assim como o homem carrega o peso do próprio corpo sem o sentir, mas sente o de qualquer outro corpo que quer mover, também não nota os próprios defeitos e vícios, mas só os dos outros.?

Todas as frases de Arthur Schopenhauer, retiradas do livro Aforismos para a sabedoria da vida, um livro com colocações extremamente pertinentes e interessantes, das quais as que estão escritas acima são as que mais me impactaram. Incrível como livros de mais de dois séculos conseguem ser bons até hoje.
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Biblioteca Álvaro Guerra 02/08/2018

" [...] Os amigos se dizem sinceros; os inimigos o são. Sendo assim, deveríamos usar a censura destes para nosso autoconhecimento, como se fosse um amargo remédio."

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Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788581932446
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Aa 28/07/2016

Essencial!
Que livro maravilhoso! MARAVILHOSO! Toda a inteligência e sarcasmo de Schopenhauer, destilada pela experiência de sua própria vida, rendeu algumas das reflexões mais cortantes da história da Filosofia. Segue a veia de La Rochefoucauld, mas com muito mais personalidade.
Pode até chamar de mistura de filosofia e auto-ajuda, mas a primeira reina suprema (ao contrário das tentativas estéreis e apagadas, como as do Alain de Botton. Esse deve ser o livro de cabeceira para pessimistas e misantropos que tem que, diariamente, conviver com gente burra, mesquinha, vaidosa, e falante.
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Gabriela de Andrade Rodrigues 19/07/2016

Para começar...
Excelente livro para se iniciar na obra do autor! Excelente tradução! Leitura fácil, interessante, que prende e dá vontade de conhecer mais sobre as ideias de Schopenhauer. Além de trazer vários ensinamentos para se levar uma vida melhor.
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MauricioTiso 12/01/2016

Neste livro, Schopenhauer faz uma reflexão e propõe conclusões sobre o "Como Viver" uma vida feliz, pontuando conceitos interessantes como:
. O estado de felicidade ser a ausência da infelicidade ou da dor, sendo assim, quem evita as expectativas, frustrações e males físicos é superiormente mais feliz de quem se expõe à estes através da busca dos prazeres;
. Da importância da busca do conhecimento e do contato com o prazer nesta busca, afim de evitar o vazio que gera a necessidade de um contato constante e indiscriminado com qualquer outro individuo ou distrações superficiais diversas, gerando a incapacidade de uma reflexão mais profunda;
. Da estruturação do conceito do "dar de ombros" (Shrug) da filosofia da Ayn Rand e a racionalização de sua importância e necessidade.
Entre outros...
Porém, há diversos conceitos polêmicos, principalmente ao que se refere a individualidade e seus impactos no legado cultural brasileiro.
O aforismo é um estilo fluido de se ler, exigindo poucas releituras do texto (Diferente dos entimemas) e somado ao humor irônico que Schopenhauer empresta ao texto, torna a leitura leve para temas tão pesados.
Recomendo à todos, especialmente aos que possuem dificuldade em obter debates francos e agregadores, e aos que sentem indignação e angustia mediante à superficialidade.
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