Alane.Sthefany 04/11/2022
A Boa Sorte - Álex Rovira Celma e Fernando Trías de Bes
AS REGRAS DA BOA SORTE ?
1. A sorte não dura muito tempo, pois não depende de você.
A Boa Sorte é criada por você, por isso dura para sempre.
2. Muitos são os que querem ter a Boa Sorte, mas poucos são os que decidem buscá-la.
3. Se você não tem a Boa Sorte agora, talvez seja porque está sob as circunstâncias de sempre.
Para que ela chegue, é conveniente criar novas circunstâncias.
4. Preparar as condições favoráveis para a Boa Sorte não significa buscar somente o benefício para si mesmo.
Criar as condições nas quais os outros também ganham atrai a Boa Sorte.
5. Se você deixar para amanhã o trabalho que precisa ser feito, a Boa Sorte talvez nunca chegue.
Criar as condições favoráveis requer dar um primeiro passo. Faça isso hoje mesmo!
6. Às vezes, mesmo que as condições favoráveis estejam aparentemente presentes, a Boa Sorte não chega.
Procure nos pequenos detalhes o que for aparentemente desnecessário mas imprescindível?
7. Para quem só acredita no acaso, criar as condições favoráveis parece absurdo.
Para quem se dedica a criar as condições favoráveis, o acaso não é motivo de preocupação.
8. Ninguém pode vender a sorte.
A Boa Sorte não se compra.
Desconfie dos vendedores da sorte.
9. Após criar todas as condições favoráveis, tenha paciência, não desista.
Para alcançar a Boa Sorte, tenha confiança.
10. Para criar a Boa Sorte é preciso preparar as condições favoráveis para as oportunidades.
As oportunidades, porém, não dependem de sorte ou de acaso: elas estão sempre presentes!
Criar a Boa Sorte consiste unicamente em criar as condições favoráveis!
Se criar a Boa Sorte é criar as condições favoráveis, a Boa Sorte depende unicamente de VOCÊ.
A partir de hoje, VOCÊ também pode criar a Boa Sorte!
[...]
?Noventa por cento do sucesso se baseia simplesmente em insistir.?
- Woody Allen
?Circunstâncias? O que são as circunstâncias? Eu sou as circunstâncias??
- Napoleão Bonaparte
?Só triunfa no mundo quem se levanta e procura as circunstâncias ? e as cria quando não as encontra.?
- George Bernard Shaw
?Muitas pessoas pensam que ter talento é uma sorte; poucas, no entanto, pensam que a sorte possa ser questão de talento.?
- Jacinto Benavente
?A sorte só favorece a mente preparada.?
- Isaac Asimov
?A sorte ajuda os ousados.?
- Virgílio
?A sorte é a desculpa dos fracassados.?
- Pablo Neruda
?O fruto da sorte só cai quando está maduro.?
- Friedrich von Schiller
?Acredito muito na sorte e descubro que, quanto mais trabalho, mais sorte tenho.?
- Stephen Leacock
?Existe uma porta pela qual pode entrar a boa sorte, mas só você tem a chave.?
- Provérbio japonês
?A sorte não está fora de nós, mas em nós mesmos e em nossa vontade.?
- Júlio Grosse
?A sorte segue a coragem.?
- Ênio
?Que a inspiração chegue não depende de mim. A única coisa que posso fazer é garantir que ela me encontre trabalhando.?
- Pablo Picasso
?A sorte do gênio é 1% de inspiração e 99% de transpiração.?
- Thomas Edison
?O segredo de um grande negócio consiste em saber algo que mais ninguém sabe.?
- Aristóteles Onassis
?Você é o motivo de quase tudo que lhe acontece.?
- Nikki Lauda
?A sorte não é nada mais do que a habilidade de aproveitar as ocasiões favoráveis.?
- Orison Sweet Marden
?De todos os meios que conduzem à sorte, os mais seguros são a perseverança e o trabalho.?
- Louis Reybaud
?Quanto mais pratico, mais tenho sorte.?
- Gary Player
?Somente aqueles que nada esperam do acaso são donos do destino.?
- Matthew Arnold
?O homem sábio cria mais oportunidades do que as encontra.?
- Francis Bacon
?Não existem grandes talentos sem grande vontade.?
- Honoré de Balzac
?Um otimista vê uma oportunidade em toda calamidade; um pessimista vê uma calamidade em toda oportunidade.?
- Winston Churchill
??E quando pensa em realizar seu sonho??, perguntou o mestre a seu discípulo. ?Quando tiver a oportunidade de fazê-lo?, respondeu este. O mestre lhe disse: ?A oportunidade nunca chega. A oportunidade já está aqui.??
- Anthony de Mello
?Deus não joga dados com o Universo.?
- Albert Einstein
Trechos Preferidos ?????
Há muitas circunstâncias na vida que tornam alguém bem-sucedido: ?Você tem de estar no lugar certo, na hora certa, ter a competência certa e, de repente, tudo isso se junta na mesma hora. Não tem receita do bolo. Claro que tem de trabalhar duro, mais do que os outros.?
Como não pude ir ao colégio, estudei na ?universidade da vida?.
Procurei oportunidades onde pensava que elas pudessem existir.
Nunca esperei até o dia seguinte para resolver um problema da fábrica. Tentei ser o respon sável por tudo o que acontecia ao meu redor.
A verdade é que não foi fácil, mas o resultado su perou totalmente o que imaginei quando comecei tudo isso.
? Você não acha que, na verdade, teve muita sorte?
? Você acredita nisso? Você acha realmente que foi apenas sorte? ? perguntou Vítor surpreso.
? Não quis te ofender nem menosprezar o seu feito ? respondeu Davi, constrangido. ? Mas acho difícil de acreditar que foi apenas você o responsável pelo seu sucesso. A sorte sorri a quem o destino, caprichosamente, escolhe. Para você ela sorriu; para mim, não.
?Enquanto há vida, há esperança.?
Qual é a diferença entre a sorte e a Boa Sorte?
? Quando sua família recebeu a herança, vocês tiveram sorte. Essa sorte, porém, não dependeu de vocês mesmos, por isso não durou muito. Só houve um pouco de sorte e é por esse motivo que agora você não tem nada.
Eu, ao contrário, me dediquei a criar a sorte. A sorte, sozinha, não depende de você. A Boa Sorte depende unicamente de você. Ela é que é a verdadeira. Me arrisco até a dizer que a primeira simples mente não existe.
O mais fácil, porém, foi substituir o medo pela incredulidade.
Sid percebeu que algo estranho estava acontecendo. Segundo Merlin, um Trevo Mágico nasceria no bosque, mas, de acordo com o Gnomo, era impossível que nas atuais circunstâncias nascesse ali qualquer trevo. Os dois provavelmente diziam a verdade, mas talvez cada um tivesse a própria verdade. Portanto, continuar procurando o Trevo Mágico poderia ser uma perda de tempo. Se, como o Gnomo dissera, fosse impossível brotar um trevo naquele lugar nas atuais circunstâncias, então se tratava de saber o que estava faltando para que um trevo pudesse nascer ali.
Quero saber por que nunca nasceram trevos neste bosque.
O Gnomo deu meia-volta e respondeu:
? Por causa da terra. É evidente que é por causa dela. Ninguém nunca renovou esta terra. Os trevos precisam de terra fresca e arada, e a terra deste bosque é dura, compacta. Se ela nunca foi renovada ou arada, como é que pode nascer um único trevo por aqui?
Só se consegue coisas novas quando se faz algo novo
Fazer coisas diferentes era o primeiro passo para conseguir algo diferente.
?Se não existiram trevos no passado, isso não significa necessariamente que no futuro eles não possam nascer aqui, uma vez que as condições do solo agora são diferentes?
Esperar a sorte o deprimia, mas era tudo o que podia fazer, já que... que alternativa ele tinha?
A vida lhe devolve o que você lhe dá. Os problemas dos outros são, frequentemente, a metade de suas soluções. Quem compartilha sempre ganha mais.
Quando começou a entender o problema da Dama do Lago, percebeu que ambos precisavam da mesma coisa e que, com uma só ação, os dois sairiam ganhando.
Talvez devesse se sentir um pouco tolo por trabalhar tanto por um lugar onde o trevo provavelmente não nasceria. Mas não se sentia assim. A certeza de que estava fazendo o que devia era mais forte do que pensar se teria sorte ou não com a escolha do lugar.
Ele fazia o que tinha de ser feito.
Nott sentiu-se deprimido de verdade. Era o terceiro habitante do bosque que dizia não haver sorte para ele. Estava tão obcecado com essa realidade que não conseguia ver nada além dela. Realmente, escutar dos outros o que já se sabe só leva a afundar-se na própria evidência. Qualquer pessoa que, como Nott, estivesse obcecada em saber se havia ou não trevos no bosque não conseguiria pensar em outra coisa que não fosse isso. Ele não se deu conta de que era preciso fazer alguma coisa a respeito.
Ele se encontrava numa situação em que não via qualquer possibilidade de sucesso.
?Não deixe para o dia seguinte.? E também de um conselho que sempre lhe fora útil: ?Aja e não adie.? Era verdade que não havia mais nada para fazer e que ele dispunha de todo o dia seguinte para cortar os galhos velhos. Mas, se começasse naquele momento, teria mais um dia e um dia a mais poderia ser importante. Assim, aproveitou as poucas horas de luz que ainda restavam para dar início à tarefa.
Fiel a seus princípios, Sid resolveu agir e não adiar as coisas que devem ser feitas.
Trabalhou durante boa parte da noite e com total empenho, como se aquele serviço fosse a única coisa que importasse naquele momento ? o seu ?aqui e agora?. O resultado final foi excelente.
Sentiu que se alegrava com o que estava fazendo, que se dedicava com paixão e que tudo aquilo tinha um sentido, qualquer que fosse o resultado final.
Ninguém gosta de ser vítima, mas se colocar na posição de vítima aparentemente ? e só aparentemente ? nos exime de toda a responsabilidade por nosso infortúnio.
Já não havia mais nada que pudesse fazer.
Imaginar o fracasso de Sid o tranquilizava, o consolava e até o deixava contente. ?Se não há um trevo mágico para mim, também não haverá para ele?
Sentia-se verdadeiramente orgulhoso e feliz. Tinha renovado a terra, podado as árvores para que o sol pudesse chegar até ela e também umedecido o solo.
Como aquele era o último dia, ele tinha que decidir exata mente como empregar seu tempo. Uma vez que tomara todas as providências que considerava necessárias, o melhor agora era verificar se restava algo a fazer.
?A perspectiva, a distância e a visão do horizonte sempre dão ideias úteis e inesperadas?
Estava certo de que, em geral, os elementos-chave só são descobertos nos pe que nos detalhes. No óbvio e no conhecido dificilmente se encontra a resposta para o que é aparentemente desnecessário mas imprescindível.
Mesmo quando parece que a pessoa ?á fez tudo e que não há mais nada a fazer, se ela mantiver a atitude adequada, se permanecer disposta a saber se ainda falta algo a fazer, sempre encontrará uma pista para um bom caminho.
Desde que o Gnomo me disse que trevos não nascem no Bosque Encantado, me dediquei a criar este espaço.
?Merlin disse que poderíamos encontrar o Trevo Mágico, mas NÃO DISSE que NÃO seria necessário fazer alguma coisa.?
O verdadeiramente importante é não perder a fé na própria tarefa
Por ter visto muitos cavaleiros se desesperarem e abandonarem seu objetivo quando a Boa Sorte demorava a chegar, ele aprendera a importância de manter a fé no que se acredita ser o certo.
A Boa Sorte lhe chegava sempre que se mantinha fiel à sua tarefa, à sua missão e ao seu propósito.
?Desconfie daquele que lhe propõe planos com os quais se ganha muito de forma fácil e rápida. Suspeite de quem tentar lhe vender a sorte.?
As horas se passavam e nada acontecia.
O dia foi avançando sem nenhuma novidade. Sid disse a si mesmo:
?Bom, de qualquer maneira, vivi apaixonadamente estes dias no Bosque Encantado. Fiz o que acreditei ser o certo e necessário.?
Mas, de repente, o inesperado aconteceu.
O vento, Senhor do Destino e da Sorte, aquele que aparente-mente se move ao acaso, começou a agitar as folhas das árvores. E começaram a chover pequenas sementes que pareciam minúsculos grãos de ouro verde.
Eram sementes de trevos de quatro folhas, cada semente era UM TREVO DA SORTE EM POTENCIAL! Não chovia apenas uma, mas uma quantidade incalculável de sementes de trevos de quatro folhas.
O verdadeiramente extraordinário, no entanto, é que as sementes não caíram apenas onde Sid estava, mas em todo o Bosque Encantado ? ABSOLUTAMENTE EM TODOS OS CANTOS DAQUELE LUGAR.
E não somente no bosque, mas em todo o Reino Encantado: choviam sementes de trevos de quatro folhas sobre as cabeças dos cavaleiros que não haviam aceitado o desafio de Merlin, choviam sobre todos os seres do bosque, sobre o Gnomo, sobre a Sequoia, sobre a Dama do Lago, sobre Ston... Choviam sobre Nott e sobre Morgana. Aquelas sementes se espalhavam POR TODA PARTE!
Os moradores do Bosque Encantado e os habitantes do reino não prestaram atenção nelas. Eles sabiam que uma vez por ano, naquela época, chovia essas estranhas sementes ?que não serviam para coisa alguma?. Na verdade, aquele estranho evento anual incomodava a todos porque era uma chuva bastante pegajosa.
Depois de poucos minutos, a chuva de sementes de trevos de quatro folhas parou. Uma vez depositadas em todos os cantos do bosque, as minúsculas sementes se confundiram com o solo, assim como pequenas gotas d?água em um oceano. Simplesmente se perderam, como sementes jogadas no deserto.
E assim foram todas desperdiçadas, pois não germinaram. Milhares e milhares de sementes morreram na terra dura, árida e pedregosa daquele bosque sombrio.
Todas, exceto algumas que foram parar numa pequena ex tensão de terra fresca e fértil, livre das pedras e onde havia água abundante, o brilho do sol e o frescor da sombra.
Foram essas e somente essas as sementes que se transformaram, depois de alguns instantes, em trevos de quatro folhas, em centenas de brotos de Trevos Mágicos, um número grande o bastante para garantir sorte por todo o ano ? até a chuva do ano seguinte. Em outras palavras: sorte ilimitada.
Quando percebeu que o vento amainava, quis se despedir dele e agradecer-lhe por trazer as sementes. Assim, voltando-se para o céu, invocou-o:
? Vento, Senhor do Destino e da Sorte, onde você está? Quero agradecer-lhe?
O vento respondeu:
? Não é necessário me agradecer. Todo ano, nesta mesma data, ?ogo sementes de trevos de quatro folhas por todo o Bosque Encantado e em todos os cantos do reino. Sou o Senhor do Destino e da Sorte e entrego, seguindo ordens expressas, as sementes da Boa Sorte por todo lugar onde passo. Ao contrário do que muitos pensam, eu não distribuo a sorte, só cuido para que ela esteja disseminada por igual em toda parte. Os Trevos Mágicos nasceram porque você criou as condições adequadas para isso.
Qualquer um que tivesse agido assim obteria a Boa Sorte. Eu me limitei a fazer o que sempre fiz. A Boa Sorte que levo comigo está sempre por aí. O problema é que quase todo mundo acredita que não precisa fazer nada para alcançá-la.
E continuou:
? Na verdade, tanto fazia o lugar que você escolhesse. O importante era prepará-lo da forma como o fez.
A sorte é a soma de oportunidade e preparação. Mas a oportunidade está sempre presente.
Só nasceram trevos de quatro folhas, os Trevos Mágicos, sob os pés de Sid, porque ele foi o único em todo o reino que criou as condições para que nascessem.
Pois, ao contrário do que muitos pensam, a Boa Sorte não é algo que acontece a poucos que não fazem nada.
A Boa Sorte é uma coisa que pode chegar a todos nós se fizermos algo.
E esse algo consiste unicamente em criar as condições para que as oportunidades, que são dadas a todos igualmente, não morram como sementes de trevos de quatro folhas caindo em terra estéril.
CRIAR A BOA SORTE CONSISTE UNICAMENTE EM CRIAR AS CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Havia Trevos Mágicos mais do que suficientes, inclusive para você. Mas você abandonou suas chances, não acreditou em si mesmo. E mais: esperou sempre que os outros o presenteassem com a sorte. Sua visão desse desafio foi muito limitada e desprovida da paixão, do entusiasmo, da entrega, da generosidade e da confiança necessárias para conseguir quantos Trevos Mágicos da Boa Sorte você quisesse.
Quando alguém cria as condições necessárias, pode obter tanta Boa Sorte quanto desejar. Por isso, a Boa Sorte é sorte ilimitada.
VOCÊ QUE DECIDIU NÃO CONFIAR NO ACASO PARA ENCONTRAR O TREVO E PREFERIU CRIAR AS CONDIÇÕES PARA QUE ELE CHEGASSE ATÉ VOCÊ.
VOCÊ DECIDIU SER A CAUSA DA SUA BOA SORTE.
Agora que sabia criar a Boa Sorte, não podia guardar o segredo somente para si, pois a Boa Sorte deve ser compartilhada.
E Sid pensou que, se agindo sozinho tinha sido capaz de criar tanta Boa Sorte somente em sete dias, o que não seria capaz de fazer todo o reino, se cada um de seus habitantes aprendesse a criar a Boa Sorte pelo resto de suas vidas!
Se criar a Boa Sorte é criar as condições favoráveis, a Boa Sorte depende unicamente de você.
A partir de hoje, você também pode criar a Boa Sorte!
? Será que posso acrescentar mais uma regra à sua história?
? Mas é claro? ? respondeu Vítor.
Então Davi disse:
A história da Boa Sorte nunca chega às suas mãos por acaso.
Entre bons amigos, as palavras muitas vezes são desnecessárias.
Aos 64 anos, Davi começou a acreditar que podia criar a Boa Sorte.
E você, quanto tempo vai esperar?
[...] Lembre-se:
No filme O curioso caso de Benjamin Button, a questão do acaso é muito bem ilustrada na cena do acidente de Daisy (vivida por Cate Blanchett), mulher do personagem principal. Um pequeno desvio em qualquer um dos eventos que antecederam o acidente a teria livrado dele.
Se o motorista do automóvel que a atingiu não estivesse fumando e olhando para a cinza que caía justamente no momento em que ela apareceu na frente do carro; se ela não se atrasasse um pouco para sair, pois alguém a chamou de última hora...
"Um simples movimento, por menor que seja, tem o poder de alterar o rumo de toda história."