O Nascimento de Joicy

O Nascimento de Joicy Fabiana Moraes




Resenhas - O Nascimento de Joicy


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Leo 30/12/2022

Proposta inicialmente muito boa
O livro possui uma proposta inicial excelente, contar a história de Joicy uma mulher trans ex-agricultora e moradora de uma pequena cidade no interior do Pernambuco. O desejo de Joicy é realizar uma cirurgia de redesignação sexual (neovaginoplastia), toda via, sua luta, demonstrada inicialmente através de uma reportagem para um jornal, conta com diversos percalços através do SUS e de situações complexas que envolvem preconceito e classe. Na última parte do livro, cerca de 40%, Joicy é deixada de lado e a autora discute aspectos teóricos complexos a respeito do Jornalismo de subjetividade. Dessa forma a leitura se torna desconexa e sem relação direta com o propósito inicial, a história de Joicy.
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Natalie 24/08/2022

Por dentro de outra realidade que também é nossa
Esta é uma história muito atraente. Um fator tão comum na nossa sociedade mas que não é exposto nem abordado como deveria. Fabiana Moraes soube como expressar a narrativa e respeitar a personagem, além de retratar sua situação com sensibilidade. O livro serviu ainda mais para mim, como estudante de jornalismo, pois em sua última parte fala sobre a profissão. Deveria ser um livro mais recomendado para jornalistas, inclusive. E aos que não são da área, foquem na reportagem e na construção das pessoas ali presentes.
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Bibliotecadabri 24/04/2021

O nascimento de Joicy
É sobre dor, luta, resistência, invisibilidade e exclusão . Também é sobre a relação e os limites entre quem diz e quem ouve. Que livro! Que aula!

A obra retrata a história de Joicy e seu processo de redesignação sexual: seus desafios, relações e cotidiano. Além de contar a relação entre a fonte e a jornalista, refletindo e questionando os seus limites.
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Adonai 09/03/2021

Sexualidade em pauta
Uma reportagem para esmiuçar a vida de Joicy, uma mulher trans, cabelereira e que é muito cobrada por não ter traços ditos femininos. Além disso, o livro explora os limites entre a vida pessoal da jornalista e sua relação com a entrevistada, somando os problemas reais que às vezes escapam da matéria jornalística e permanecem rondando o cotidiano dos envolvidos.

É um livro interessante, mas poderia ter sido menor. Em alguns momentos Joicy é deixada de lado para que a própria repórter conte um pouco de sua história e eu não esperava por isso. No mais, um bom livro introdutório para quem não tem tanta proximidade com pessoas trans.
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Nicolas.Hiromi 26/06/2016

Como se torna uma mulher?
Quando se ouve falar em "transsexualidade", uma imagem bem estereotipada nos veem à mente. O estereótipo, como se sabe, é prejudicial na medida em que generaliza uma identidade, sendo que ninguém é igual a ninguém. E o que mais me chamou a atenção nesse livro-reportagem é essa abordagem de um tema tão pouco tratado com seriedade e sem todo esse estereótipo de mulher trans "super afeminada".
A jornalista e socióloga Fabiana Moraes, em "O nascimento de Joicy", conta uma parte da dura realidade da ex-agricultora Joicy antes e depois de sua cirurgia de redesignação de sexo. Narra a difícil relação de Joicy com o resto de sua família (e com a própria autora), da procura de um amor que a aceite como a mulher que ela realmente é, da solidão resultada do preconceito (mesmo entre as mulheres trans, por Joicy não se "encaixar" no estereótipo feminino e possuir um temperamento forte, mas com justificativa), do tratamento um tanto indelicado por parte da saúde pública.
No desenrolar da história, senti-me realmente íntimo de Joicy, apesar de eu morar no interior do Paraná e ela, em Pernambuco. Senti sua dor, sua frustração. Fiquei angustiado em várias partes, como os episódios relacionados à saúde. O ambiente machista da pequena cidade onde Joicy mora também não alivia em nada sua situação.
"O nascimento de Joicy" foi uma leitura rápida e prazerosa. A jornalista conseguiu narrar de forma bastante respeitosa, o que me surpreendeu bastante. Recomendo a todos que queiram saber mais sobre a comunidade trans e que queiram desconstruir esse estereótipo tão prejudicial. Pois, afinal de contas, o que faz das mulheres, de fato, mulheres?
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