Mal-entendido em Moscou

Mal-entendido em Moscou Simone de Beauvoir




Resenhas - Mal-Entendido em Moscou


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regifreitas 28/11/2017

Escrita entre 1966-1967, esta novela faria parte da coletânea A MULHER DESILUDIDA (1968), mas foi retirada pela autora, ganhando sua primeira publicação somente em 1992, na revista “Roman 20-50”, nº 13, do mês de junho do citado ano.

Conta a história do casal Nicole e André, professores aposentados, que passam por uma crise conjugal, durante uma viagem à Moscou, onde vão visitar Macha, a filha do primeiro casamento de André. A narrativa transcorre alternadamente sob o ponto de vista do marido e da esposa, dando uma clara ideia da contradição entre os pensamentos e as ações dos personagens. Ambos sentem o peso da idade chegando, a frustração de carreiras que chegam ao fim sem grandes realizações, o esfriamento da antiga paixão. Contudo, a falta de diálogo que se instala entre eles, resultando no tal mal-entendido explicitado no título, é o ponto forte da obra - como a não verbalização dos sentimentos podem ir se acumulando até próximo de um ponto crítico na relação. Visceralmente realista!

Outro ponto tratado na novela, sendo este o que a enfraquece, é a decepção do casal, intelectuais de esquerda claramente inspirados na autora e em Sartre, com os rumos seguidos pela União Soviética. São pinceladas de crítica social sobre aquele contexto histórico (1963), através da observação desiludida do dia a dia do país comunista.

Não é uma obra excepcional, mas provoca boas reflexões.
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Adriana Scarpin 05/11/2017

Você vê a alma do relacionamento Beauvoir/Sartre neste livro e entende porque durou tanto tempo.
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Michel Pinto Costa 07/09/2017

Política, intimidade e velhice
O livro é brilhante ao narrar a decepção pelo caminho seguido pelo socialismo na União Soviética, as questões de comunicação de um casal e sobre as dúvidas e medos que chegam com a velhice.
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Renato 17/06/2017

Datado
Linguagem, mesmo o conteúdo. Ficou datado.
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Jeanne100 23/01/2017

A primeira obra que li de Simone de Beauvoir e qual não foi a minha alegria e satisfação por tê-la lido. Nela, a autora traz inúmeras questões da vida, dos relacionamentos, principalmente do passar e pesar dos anos. Do amor, do casamento, das realizações, do ser mulher, das escolhas, do detrimento dos outros caminhos. Enquanto André, marido de Nicole, a protagonista, sofre com o desapontamento com a União Soviética, Nicole se questiona sobre os dois, comparando-os e comparando-se a época da juventude, pensamentos desencadeados ao se encontrar com Macha, a filha de André, que exala jovialidade. Uma novela extremamente bem escrita, que nos prende e chama atenção, que nos encontramos e nos identificamos em diversas cenas. É um daqueles livros que devem ser relidos inúmeras vezes.
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Albert 15/06/2016

Interessante e peculiar
Beauvoir escreveu um livro interessante contando detalhes corriqueiros de um casal de professores sexagenários em viagem a Moscou dividindo crises de velhice, conjugal e existencial e política.

No entanto, senti que a obra poderia alongar mais os desdobramentos da crise acima citada. Infelizmente o livro é curto e poderia dissecar mais os personagens e as consequências dos seus atos. Como tenho certa curiosidade sobre o sistema do Socialismo, esperava de Beauvoir uma melhor inserção dos personagens no contexto do modelo político e econômico que estavam presenciando. A autora leva o leitor a reflexão sobre velhice, relacionamento, política, comportamento... enfim, é um livro peculiar.

Embora a narrativa seja relativamente simples, possui grande variedade de compreensão além do próprio texto induzindo o leitor a reflexões.


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Renata (@renatac.arruda) 17/04/2016

Um livro menor, mas que bota pra pensar
Essa novela que devia ter entrado em "A Mulher Desiludida", mas foi descartada pela autora, sendo publicada postumamente.

Eu diria que este é um livro menor, com diálogos bem cafonas, mas que traz boas reflexões, ou constatações, sobre envelhecer e se perceber velho ou, como diz a personagem, ser uma pedra parada na estrada mas ter a consciência de sua inutilidade. Embora talvez a intenção tenha sido a de dar um desfecho bonito à crise existencial e romântica que se abate sobre o casal de sexagenários, no fundo é bem triste perceber como o passar do tempo, o envelhecimento, fez com que essas pessoas fossem perdendo tudo: a juventude, o vigor, o emprego (já que aposentados), os filhos (já adultos com suas próprias famílias), o poder de sedução, o desejo sexual e até a noção de futuro, ficando dependentes da relação que cultivaram e da forma com que são percebidos um pelo outro. Não é um grande livro, mas bota a gente pra pensar.

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Gabi 29/12/2017minha estante
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ElisaCazorla 19/11/2015

Falar, Calar e o que acontece no meio deles!
Quem nunca imaginou o que o outro está pensando e sentindo e decidiu que esses achismos eram a verdade? Simone de Beauvoir transforma algo tão corriqueiro em um conto delicioso e emocionante. Queria que tivesse mais umas 100 páginas! Muito bom! Gostei muito.
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