spoiler visualizarFabiane 15/07/2015
“Because I’m fifty shades of fucked up”
Quem acompanha notícias de livros, já deve ter visto comentários negativos a respeito desse pov.
Bem, o meu comentário é bem positivo. Eu gostei mesmo do livro.
Dos comentários que li, alguns até me surpreenderam, pois eram coisas do tipo 'eu queria ver mais dele com as outras submissas e com a Elena'... 'é mais do mesmo, nada de novo' ...
Bem... contra esse 'mais do mesmo' é complicado argumentar, pois acho difícil não ter as mesmas cenas e conversas do primeiro livro. Ainda mais considerando que Cinquenta Tons de Cinza narra em quase 500 páginas o dia-a-dia de um curto período de tempo, detalhadamente (quase que minuto a minuto). Então, sendo um POV dele dos fatos, já é de imaginar que tenha 'mais do mesmo'.
Mas não dá pra generalizar, pois tem sim novidades.
Eu, por exemplo, amei a cena reescrita em que Christian cede um pouco do comando no quarto pra Ana (aquela após a formatura).
Quanto a ver ele com as outras submissas e com a Elena? Ah, fala sério né! Pra que?
Os dois ou três flashbacks que tem em Grey dele com a Elena ou com a Leila já são de doer pra essa fã aqui.
Eu queria mesmo era saber os pensamentos dele enquanto dançava Witchcraft, o que levou ele a sair do hotel em Vancouver pra dormir com a Ana no dia da formatura dela (aliás, eu nunca vou perdoar a produção por não ter colocado essa cena no filme). Eu queria saber o que ele pensou de verdade enquanto estava na Georgia, já que era visível todo aquele bom humor de menino feliz. Também queria saber como ele realmente lidou com a situação quando eles terminaram...
E posso dizer que nesses quesitos, Grey não me desapontou.
Eu adorei conhecer os pensamentos do Christian.
A infância dele fica bem mais exposta devido aos novos flashbacks, e esses flashs são mais extensos. O trauma dele é bem mais enfatizado.
Mas, honestamente, nessa parte, eu não gostei da escrita da EL James. Achei bem amadora. (No restante do livro, flui bem.)
Outra coisinha que incomodou um pouco, é que Christian realmente não vê a Sra. Robinson como a filha do Demo que ela é.
Ele a tem como uma amiga mesmo, a ponto de defendê-la mentalmente. Em certos momentos, percebe-se que ele é inclinado a tratá-la de maneira especial, sem se opor, com cautela.
Não chega a ser um comportamento submisso, mas é enervante.
Ainda na cabeça dele, eu amei ver que ele tem uma mente tão ácida e sarcástica quanto a da Ana (e não, eu não sou dessas leitoras que odiou a Anastacia. Gosto muito dela).
“Oh, Ana, my little freak.”
E como eu já achava que Christian era meio louco e realmente sem noção para algumas coisas, não fiquei tão surpresa assim com a linha de pensamento dele. Ele pensa como um louco por controle mesmo. Deal with it!
Pra quem espera ver um poço de romantismo, desista. O romance está ali, mas no mesmo tom do pov da Ana. Através das concessões que ele vai abrindo... com os gestos que para qualquer um pode ser normal, mas que para ele é uma grande novidade. Pra ele, isso é romantismo. É o "mais".
Grey é uma versão que condiz com o primeiro pov mesmo, e não como aquela versão açucarada da fanfic (eca, by the way).
“She’s here. She’s safe. She’s willing.
Don’t blow it, just because she doesn’t understand how to behave.”
Algumas das novidades que mais gostei, foi a reação do staff dele ao ver que ele está ficando apaixonadinho. A Gail, por exemplo, me surpreendeu com os olhares julgadores rsrsrs.
E claro, gostei muito da autora ter colocado Christian para trabalhar.
Você amiga leitora, que está cansada de tentar imaginar de onde vem a riqueza do seu CEO, já que ele passa o dia todo à toa, tira folga quando bem entende, ou está sempre em situações que não convencem... você vai se satisfazer com a rotina desse lindo.
O cara trabalha, e muito!
O que teve de péssimo?
Christian + Elena + Strap on. Sério!! totalmente desnecessário.
No mais, a autora pode escrever mais que eu leio sim! ;-)
E se eu já gostei muito desse, imagino que também vou gostar do darker no pov dele, já que ele é o meu livro preferido da trilogia.
“Don’t waste your energy on guilt, feelings of wrongdoing, etc. We are consenting adults and what we do behind closed doors is between ourselves. You need to free your mind and listen to your body.”