Bagagem

Bagagem Adélia Prado




Resenhas - Bagagem


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Lena 27/12/2023

"Mulher é desdobrável. Eu sou."
Sou conterrânea à autora da obra, portanto, seu nome sempre foi presente em minha travessia. Apesar disso, nunca havia lido um livro seu. Decidi começar pelo primeiro e mais famoso, por indicação do meu professor de Literatura, também.
A poesia da Adélia me traz a lembrança de uma cidade e de uma Minas Gerais que eu não vivi, mas que minha avó viveu. E isso me leva ao que o livro tem de melhor: suas temáticas. A Adélia trata da religiosidade, da memória, da saudade, da família e dos amores de uma forma personalista e saudosa, mas que fez com que eu me identificasse e visse minha avó em seus versos.
Além disso, ela fala a partir da vivência de uma mulher interiorana. Uma mulher simples, apaixonada, ligada aos seus familiares e ao marido, mas que tem potência para trabalhar e estudar, tornando-se uma das grandes escritoras do Modernismo.
Enfim, tive uma experiência muito íntima ao ler esse livro. Não tenho comentários técnicos a fazer, ou alguma pontuação negativa que exija uma exposição. Indico a leitura para quem deseja conhecer a poesia mineira e a escrita feminina da década de 1970.
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ludmilla_morais 17/12/2023

Cafe com poesia
Comecei o livro com a intenção de ter um momento de ?café com poesia?, mas não gostei muito. A poesia tirou minha atenção pelo café rsrsr

Continuei a ler.

Lia raramente na hora de dormir. Quase no fim passei a ler em voz alta. Gostei.

Os assuntos em si não me agradaram muito. Percebi algo religioso e sobre família. O que era sobre família, algumas coisas eu me identifiquei.

Não foi um ooooootima leitura, mas foi uma leitura ok. Pretendo ler mais poesia.
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MonstrosAlados 14/12/2023

Poemas intensos
Adélia Prado mistura memória, religiosidade, sexualidade, vida e morte em seus poemas. Através de seus versos, muitas vezes somos transportados para uma Minas Gerais interiorana, cheia dos mistérios da existência humana. É uma boa leitura, com poemas que exigem uma atenção maior para que sejam interpretados.
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Karol507 07/12/2023

- Um livro que eu não me conectei.
Assim, foi um livro de poesias cristãs que eu gostei de algumas partes, mas não foi um livro tão marcante para mim, eu gostei do intuito, mas não foi um livro que me marcou.

Achei muito bonito a capa e sim, gostei de alguns poemas, mas nada muito de impacto pra minha pessoa.

Teve alguns que eu consegui entender a mensagem e me sentir próxima da escritora, mas outros, eu nem entendi o que ela queria passar para quem estava lendo.

Mas a experiência foi legal, não incrível, mas foi legal, eu esperava amar, mas não foi isso que aconteceu, então foi um livro que não me trouxe muito impacto.
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J. Silva 26/11/2023

Bagagem
Até a chegada desse livro as minhas mãos, desconhecia quem era Adélia Prado e a grandiosidade de sua obra. Logo nas primeiras páginas senti que ?Bagagem? seria um dos meus livros de poesia prediletos, quer pelas cargas e sobrecargas dos poemas, quer pela diversidade e delicadeza de temas, quer pela linguagem interiorana e religiosa.

Pretendo mergulhar em outras obras da autora e ter a sua agradável e doce companhia.

O sempre amor

Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é coisa que mais quero.
Por causa dele falo palavras como lanças.
Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
Amor é coisa que mais quero.
Por causa dele podem entalhar-me,
sou de pedra sabão.
Alegre ou triste,
amor é coisa que mais quero.
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Luíza 04/10/2023

? Bagagem, de Adélia Prado
Imagine que, na década de 70, você envia alguns poemas inéditos para Carlos Drummond de Andrade, ele fica entusiasmando com a sua obra e, simplesmente, publica uma crônica no jornal lhe elogiando, dizendo que você é ?lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo?

Foi o que aconteceu com Adélia Prado e os poemas de Bagagem que, após essa crítica maravilhosa, foram publicados, em 1976. E, realmente, ao finalizar a leitura, é claramente perceptível o porquê de tantos adjetivos associados por Drummond: Adélia é, realmente, tudo isso!

Com uma mescla de filosofia simples do dia a dia, religiosidade e luto, a autora consegue escrever sobre as coisas mais comuns do cotidiano humano, com um brilho e uma percepção próprias, cativantes

É nítida, também, a origem banal dos poemas... durante a leitura, a sensação é de se sentar para uma daquelas conversas inesperadamente profundas sobre o dia a dia, com uma pessoa comum. É como se sentar para um café com uma dona de casa e começar um papo cabeça sobre a vida, a dor e a existência

Nas palavras da própria Adélia, ?Os poemas praticamente irromperam, apareceram cargas e sobrecargas de poemas. Eu escrevia muito nesse período, e quando vi que o volume tinha uma unidade, que ele não era apenas uma coleção de poemas, pois tinha uma fala peculiar, dele próprio, entre outros títulos que me ocorreram, Bagagem era o que resumia, para mim, aquilo que não posso deixar ou esquecer em casa. A própria poesia?

Pois bem, sou suspeita para falar, pois fui, desde cedo, contagiada pela poesia de Adélia e, desde então, sempre me encanto com a sua escrita. Mas e por aí, já leu algo da autora?
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Leticia2063 20/09/2023

Me encantei pela escrita de Adelia Prado, provavelmente lerei mais obras da autora.
Ela tem o dom de fazer poesia com tudo que a cerca, tudo que é rotineiro.
Senti que ela carregava uma dose de nostalgia quando escrevia tudo.
Essa obra não é pra qualquer um, apenas pra quem sabe apreciar beleza na rotina.
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Iris 21/07/2023

Confesso que não costumo ler livros de poesia. Esse veio por causa do desafio de leitura que estou fazendo. Julho pedia um livro brasileiro de poesia. É um livro muito bom, com poemas lindos, alguns que quase me fizeram chorar no metro..lindo, mas triste, pelo menos pra mim.
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A tal da cria bookstan 18/07/2023

Um sonho
O meu cabelo limpo refletia vermelhos
O meu vestido era num tom de azul, cheio de panos, limpo
O meu corpo era jovem, as minhas pernas gostavam do contato da seda. Falava-se, ria-se, preparava-se
Eu a vira brotar, uma sempre-viva amarela,
que me encantou por seu miolo azul, um azul de céu limpo sem as reverberações, de um azul sem o 'z', que o 'z' nesga palavra tisna.
Não digo azul, digo bleu, a idéia exata de sua seca maciez. Pus a flor no casaco
que só para isso existiu, assim como o sonho inteiro.
Eu sonhei uma cor.
Agora, sei.
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Juliana1500 08/07/2023

Esse livro me foi emprestado por uma amiga de infância, acho que isso já carrega tanto significado quanto as palavras de adélia
uma mensagem escrita a mão e comentários durante as páginas resumem o sentimento de ler ?bagagem?
a escrita dela é tão carnal, e não só no duplo sentido de ter certo erotismo, mas de parecer estar viva sabe? tem corpo, gosto e cheiro
gostei demais demais


lista dos meus favs:
- bucólica nostálgica
- sensorial
- trégua
- exausto
- atávica
- reza para as quatro almas de fernando pessoa
- um sonho
- a meio pau
- psicórdica
- amor feinho
- epifania
- o retrato
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anaclaraleitegomes 20/06/2023

Sem palavras para essa musa
Esse livro é simplesmente um acontecimento, são poemas simples, mas com significados estrondosos.
A Adélia tem um jeito único de utilizar as palavras e fazer algo tão simples virar perfeito, quase que religioso.
Foi perfeito
Cabe uma releitura
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Karen.AngAlica 06/06/2023

Poemas singelos... Adélia fala da vida cotidiana, com suas alegrias e dores, o extraordinário da simplicidade.
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Anna Bowen 01/06/2023

Que escrita gostosa, sinto que sou próxima da autora, sempre amei poesia mas esse livro me cativou de uma forma nova, poemas emocionantes e sinceros, amo isso
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cinnamongirl612 11/05/2023

Primeiro livro que leio de Adélia Prado, não posso dizer que vai estar entre meus poemas favoritos, principalmente porque um dos temas recorrentes da autora é a religião, algo que não me atrai muito para ler sobre. Mas acho interessante o estilo pessoal e peculiar de sua escrita e como ela consegue escrever sobre religiosidade e erotismo em uma mesma obra.
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Maria Martini 06/05/2023

Até que eu gostei
Não sou muito fã de poesia, mas até que gostei do sarcasmo da autora, os detalhes escondidos. Recomendo.
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