Erika Xavier 10/02/2023O que fazer com um criminoso??Ler este livro me trouxe uma série de reflexões quanto ao tratamento punitivo dos presos, julgamento e postura dos juízes.
O autor realiza todo um apanhado histórico quanto as aplicações penais (alguns descrições me causaram arrepios) que eram verdadeiros espetáculos de tortura e desumanização, passando a ser o simples condicionamento a ambientes fechados com conceções entre as partes.
O poder e o papel dos juízes mudam com o tempo. O poder, antes concentrado no rei (com total liberdade de perdoar ou punir com o máximo de crueldade, conforme sua vontade) passa a está nas mãos do Estado (entidade legal), enquanto o juiz deixa de ser um criador, detentor, julgador e aplicador de leis, para apenas julgador e aplicador, mas não como antes, pois agora deve seguir as normas do ordenamento o qual ele está contido.
São tantas questões que fica impossível escrever tudo aqui, mas atualmente o que se tem visto nas prisões é isso: concentração de criminosos ociosos em um local onde não tem sua moral corrupta transforma aos moldes da sociedade legal, o que impede que ele, ao cumprir sua pena (agora, teoricamente, proporcional ao delito), possa ser reintegrado a sociedade transformado positivamente.
Mas daí vêm as dúvidas: o que fazer? Qual a solução para esse problema? Como transforma-lo? Mas o que seria exatamente transformar uma pessoa e a que ponto?