Juliana 25/10/2015
Personagens fracos
Leitura, pobre, insossa e entediante, são esses os adjetivos que uso para falar de minha experiência com o livro “Os reis malditos: o rei de ferro” de Maurice Druon, editora Círculo do livro. Comprei o livro com uma promessa incrível de que se tratava de uma obra maravilhosa que pegava personagens e fatos reais e transformava em uma trama quente.
O que eu encontrei foi um livro chato, que conseguiu empobrecer um enredo riquíssimo. A primeira obra da série os “O reis malditos” usa Felipe o “Belo” como personagem principal, um rei frio e arrogante, que conseguiu levar os templários a desgraça. Ao mesmo tempo em que Felipe parece um homem cruel e sem escrúpulos, ele fez alguns feitos incríveis que o levaram a marcar a história, como por fim ao sistema feudal, libertando os servos. Mas esse rei parece tão sem graça no livro que simplesmente não senti nada pelo personagem.
As noras infiéis do rei, Branca e Margarida e seus amantes são um bando de garotos fúteis e idiotas. Até ai, ainda poderia se tirar algo de interessante, mas não, eles ficam no patamar de um bando de bobocas, num casinho sem graça, sem qualquer pimenta do que seria necessário para um caso extraconjugal. E os maridos são tão apagados que nem tenho o que escrever. E qual o papel de Joana nessa história???
A filha do rei, Isabel, uma pobre mulher infeliz no casamento, não chega a ser lá uma personagem que chame muita atenção, não causa absolutamente nada nem raiva, nem pena. Nem mesmo no momento que chora para o pai e revela o quanto sente falta de casa consegue provocar algo.
O único personagem que achei interessante foi Jacques de Molay, que pareceu um homem forte, que tentou manter a sanidade e dignidade, e acabou sendo salvo pela força de seu ódio contra aqueles que haviam tramada contra a ordem dos templários, não que ele tenha escapada da fogueira de Felipe, mais conseguiu salvar seu nome e se vingar de seus carrascos. E quando queima na fogueira, pode-se dizer que junto queima o livro, pois, simplesmente não há mais nada que se esperar.
Fiquei insistindo na leitura, porque acreditava que uma hora a trama mudaria e eu veria a sua beleza. E para minha surpresa o livro chegou ao fim, e a parte interessante a qual eu esperava chegar simplesmente não existia. Sinceramente não sei por que esse livro recebeu boas críticas.