Isabella._. 14/10/2024
Como shakespere beira o absurdismo
O monólogo do Shylock ?Isca de peixe. Se não servir para alimentar coisa alguma, servirá para alimentar minha vingança. Ele me humilhou, impediu-me de ganhar meio milhão, riu de meus prejuízos, zombou de meus lucros, escarneceu de minha nação, atrassou-me os ne-gócios, fez que meus amigos se arrefecessem, encorajou meus inimigos. E tudo, por quê? Por eu ser judeu. Os judeus não têm olhos? Os judeus não têm mãos, órgãos, dimensões, sentidos, inclinações, paixões? Não ingerem os mesmos alimentos, não se ferem com as armas, não estão sujeitos às mesmas doenças, não se curam com os mesmos remédios, não se aquecem e refrescam com o mesmo verão e o mesmo inverno que aquecem e refrescam os cristãos? Se nos espetardes, não sangramos? Se nos fizerdes cócegas, não rimos? Se tomarmos veneno, não morre-mos? E se nos ofenderdes, não devemos vingar-nos? Se em tudo o mais somos iguais a vós, teremos de ser iguais também a esse respeito. Se um judeu ofende a um cristão, qual é a humildade deste? Vingança. Se um cristão ofender a um judeu, qual deve ser a paciência deste, de acordo com o exemplo do cristão? Ora, vingança. Hei de por em prática a maldade que me ensinastes, sendo de censurar se eu não fizer melhor do que a encomenda.
A minha própria percepção o livro crítica de forma substancial a lei e para quem ela é feita, quem a pune quem julga e quem destrói,
E meu personagem favorito ficou entre Antônio ( um cara que tem fé demais nas pessoas por minha opinião) Shylock ( francamente, os melhores trechos a ele pertenceram, a mesma forma que um cego critica um caolho, um agiota da um puxão de orelha em um senhor de escravos) e óbvio a dupla de amigas cuja a oratória e astúcia me conquistou Porsia e Nerissa