A aventura de Miguel Littín clandestino no Chile

A aventura de Miguel Littín clandestino no Chile Gabriel García Márquez




Resenhas - A Aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile


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Consuelo 27/08/2024

Comecei sem grandes expectativas e fui surpreendida. Me encantou não tanto a aventura do diretor de cinema clandestino em seu próprio país, mas a história do Chile propriamente. Nesse livro foi que soube que o Chile foi o primeiro país socialista da America Latina, durante 12 dias no ano de 1932. E também conheci a maravilhosa Violeta Parra, compositora e intérprete de ?Gracias a la vida? canção que eu sempre creditei à Mercedes Sosa.
Uma leitura muito rica, no mais alto estilo de Gabriel Garcia Marquez, o jornalista.
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Thaís Brito 04/03/2024

Que história!
Não adianta eu ficar repetindo o quanto amo descobrir a obra do Gabo... Esse livro é rapidinho de ler e muito interessante. Aqui, temos o autor explorando o lado jornalístico para revelar ao mundo a aventura do cineasta Miguel Littín, que estava exilado do Chile durante a ditadura do Pinochet, voltando disfarçado para o país em uma grande operação secreta e conseguindo gravar um documentário expondo o que estava acontecendo por lá.

Os detalhes são incríveis, e eu amei os relatos sobre as mudanças que ele precisou fazer na postura, nas palavras, nas roupas e em toda a personalidade para não ser descoberto. É um relato também recheado de reflexões e impressões sobre o regresso ao lar e os efeitos do regime sobre a população - mesmo em pequenos gestos e comportamentos. Incrível, fiquei curiosa pra assistir o documentário!
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Manu 21/01/2024

O livro se trata de um relato mas na minha visão não há necessidade da inclusão de tantos acontecimentos aleatórios durante a jornada de miguel.
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Leila 24/11/2023

A Aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile, escrita por Gabriel García Márquez, apresenta-se como uma narrativa envolvente e cativante, revelando os eventos intrigantes e desafiadores vividos por Miguel Littín (baseada em eventos reais), um cineasta exilado que decide retornar ao Chile de forma clandestina durante o regime militar de Augusto Pinochet.

O enredo desenrola-se com a meticulosa preparação de Littín, que assume identidades falsas e opera sob a proteção de organizações democráticas clandestinas. O cineasta, disfarçado e enfrentando constantes ameaças, lidera três equipes de filmagem europeias, registrando mais de 7 mil metros de película que revelam a realidade do Chile após 12 anos de ditadura militar.

A narrativa não se limita apenas aos aspectos técnicos e logísticos da operação clandestina, mas também mergulha nas implicações humanas, profissionais e políticas desse feito extraordinário. Gabriel García Márquez, em seu papel de entrevistador e escritor, vai além do relato factual e busca compreender a aventura humana por trás da câmera.

A obra transcende a categoria de texto literário tradicional, assumindo a forma de uma excelente reportagem, onde o autor, simultaneamente envolvido em sua notável carreira literária, apresenta uma narrativa que mistura habilmente elementos jornalísticos e literários. Ao revelar os desafios enfrentados por Littín e suas equipes, García Márquez proporciona ao leitor uma visão profunda e impactante da condição chilena sob o regime militar, destacando a coragem e determinação daqueles que buscavam dar voz aos silenciados.

Assim, A Aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile não apenas documenta uma audaciosa empreitada cinematográfica, mas também oferece uma reflexão penetrante sobre os dilemas éticos, as complexidades políticas e as profundezas da condição humana em face da opressão. Gostei da leitura, é rápida e prazerosa, vale a pena.
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CassianiMotta 04/06/2023

Incrível!
Meu primeiro contato com a escrita do autor. O texto é muito fluído e não se perde em nenhuma descrição tediosa, tudo que há no texto faz sentido em estar ali.
Esse trabalho em conjunto, já que é baseado naquilo que o próprio Miguel Littín contou, é uma aventura cinematográfica, ainda melhor por ser real. Todo meu respeito àqueles que lutam por seus direitos.
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Alassë 02/05/2023

Para ter um vislumbre da ditadura no Chile
"Sentia-me tão ligado a elas, que resolvi guardá-las pelo resto da minha vida, como uma relíquia de tantas experiências duras que a memória poderia ferver em fogo brando nas cozinhas da nostalgia".

Gabriel García Marques realmente tinha o dom de colocar tudo em belas palavras.
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Leti 02/02/2023

aventura em ?diário?
não conhecia nada sobre miguel littin. conhecia muito pouco do chile. esse é um ótimo livro para quem gosta do assunto ditaduras na america latina. a leitura é muit fluida, gostosa mesmo. vejo o enredo desse livro contando sobre a gravação de um filme, transformando-se também em um filme sobre essa aventura. miguel é um personagem muito carismático que casa muito bem com esses tipos de chamados a aventura. apesar do topico pesado, o livro é uma delicia de ler e engraçado em alguns momentos apesar de emocionar.
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Stayce 08/01/2023

Angústia servida com muito bom humor. Livro curto e bem escrito, uma boa escolha para quem se interessa por jornalismo literário ou para aqueles que querem conhecer a escrita de Gabriel Garcia Marquez.
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"Aonde você vai Sam?" 31/12/2022

Um livro cinematográfico!
A história de um diretor fazendo um grande e importante filme que, por sua vez, também daria um baita filme, tanto que, em vez disso, rendeu um livro de um Nobel de literatura.
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inlibriveritas 28/12/2022

Miguel Littín é um dentre cinco mil nomes de pessoas exiladas e proibidas de retornar ao Chile durante a ditadura de Pinochet. Doze anos após o golpe, no entanto, ele conseguiu não só voltar ao Chile, mas passar seis semanas como clandestino coletando imagens que renderam um documentário sobre o regime ditatorial no país.

Em 1986, um ano após essa aventura de Littín, ele reuniu-se com Gabriel García Márquez para contar sua história (foram 18 horas de entrevista que resultaram em 600 páginas escritas!) e assim foi lançado ?A aventura de Miguel Littín clandestino no Chile?, livro documental escrito inteiramente em primeira pessoa que narra os êxitos e os contratempos do processo de filmagens no país.

Com todo o seu talento jornalístico, Gabo consegue descrever muito bem, em surpreendentes 150 páginas, não só a vivência do cineasta e das equipes de filmagem durante o processo, mas o clima de terror e de tensão em que viviam os chilenos enquanto eram governados pelo regime militar. Vale ressaltar, como dito anteriormente, que a história é vivida por Littín, mas contada por Gabo; sendo assim, considero os dois responsáveis pela graça da obra.

É um livro com uma aura de suspense ? tendo em vista que Littín cometeu inúmeras gafes que quase o delataram ?, meio romance policial, e que, é claro, carrega seu peso político: ainda sob a ditadura Pinochet, cerca de 15 mil exemplares do livro foram queimados no porto de Valparaíso, mostrando o incômodo gerado pela obra no governo.
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Marlon.Abel 19/10/2022

Miguel Littin volta disfarçado ao Chile depois do exílio para montar um documentário sobre o modo de vida em meio a ditadura de Pinochet.
É a história da América Latina, ditaduras atrás de ditaduras financiadas por um certo país da América do Norte (nesse caso em específico, implementando o modelo econômico da escola de Chicago de forma experimental e com resultados desastrosos), que vende para a sua população o discurso de liberdade e modelo econômico ideal, enquanto exporta ditadura, exploração e miséria para financiar o seu "estilo de vida".
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Liu 25/09/2022

Gabriel sendo periodista
Primeiro ponto? minha segunda leitura em espanhol.
Segundo? incrível como Gabriel é perfeito como periodista? uma narrativa incrível.
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filipetv 25/03/2022

Em 11 de setembro de 1973, o governo socialista de Salvador Allende sofreu um golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet que resultaria na morte do então presidente e em uma ditadura sanguinária cujos ecos são sentidos até hoje no Chile. No mesmo dia, García Márquez enviou um telegrama à junta militar que assumiu o país denominando-a de "gangue de criminosos na folha de pagamento do imperialismo norte-americano". Além disso, prometeu não escrever ficção até que a ditadura no país sul-americano caísse e dedicar-se apenas ao jornalismo. Como sabemos, ele não cumpriu a promessa, já que "O Amor nos Tempos do Cólera" foi escrito e publicado na década de 1980.

Porém, em 1985, o diretor chileno Miguel Littín exilado pela ditadura de Pinochet passou seis semanas como clandestino no próprio país coletando imagens que renderiam um documentário de quatro horas para a TV e outro de duas horas para o cinema sobre o que o Chile havia se tornado após 12 anos de regime. No ano seguinte, García Márquez se reuniu com Littín e gravou 18 horas de entrevistas sobre a façanha do amigo, o que resultou em 600 páginas de relato, condensadas pelo autor em 150 e publicadas sob o título "A Aventura de Miguel Littín Clandestino no Chile".

Assim como em "Relato de um Náufrago", de 1955, García Márquez realça suas qualidades como jornalista ao narrar a história do amigo, mas sem se despir da literatura, já que conta em primeira pessoa uma história que não é sua.

A publicação do livro teve um sabor de vingança contra Pinochet, o que foi confirmado pela queima de 15 mil exemplares do livro no porto de Valparaíso, numa demonstração de que não só a obra de García Márquez como também a de Littín haviam incomodado o regime, que dava seus últimos suspiros.
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Lucas.Silva 11/03/2022

Fenomenal
Gabo conseguiu escrever uma obra fascinante sobre a aventura de Miguel Littín. Mesmo que a história não fosse sua, o autor a escreveu em primeira pessoa, o que foi bastante imersivo para mim enquanto leitor, uma experiência muito boa. Esse relato, que teve fatos como base, apresentou com uma ótima narrativa, a realidade chilena na ditadura de Pinochet. Como estava o clima social, política, o clima de desconfiança, medo etc. É interessantíssimo perceber a perspectiva de uma pessoa exilada de seu país e a sua visão sobre ele após voltar de forma clandestina. Um livro maravilhoso que nos ajuda a entender um pouco mais sobre a nossa preciosa América Latina.
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