Murilo Cello 07/02/2011
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Este livro é dividido em duas partes, cada um com sete capítulos. As histórias narradas nas partes I e II parecem não ter nada a ver uma com outra, mas conforme se ler o livro percebe-se que não é assim.
A história começa no dia 7 de Janeiro de 1889, em Londres, Inglaterra, mas precisamente na 221B, Baker Street, quando Holmes está conversando com Watson, que é o narrador da história, (consequentemente ele é um narrador-personagem) sobre o Prof. Moriarty, quando chega um misterioso criptograma de um desconhecido sem chave, no entanto Holmes consegue desvendá-lo e descobre que certo Douglas da Mansão Birlstone corre perigo, pois estava escrito no criptograma. Pouco depois o inspetor MacDonald revela que o Sr. Douglas foi horrivelmente assassinado na noite anterior, então os três vão ao condado de Sussex, onde são recebidos pelo detetive White Mason, e se dirigem à Vila de Birlstone, onde, obviamente, encontra-se a Mansão de Birlstone. Lá eles encontram o cadáver do Sr. Douglas, juntamente com Dr. Wood e o Sargento Wilson, que estão analisando o cadáver. Lá estão vários indícios, que levam à várias hipóteses, sendo que a mais forte é: à tarde o possível assassino entrou na mansão e se escondeu atrás da cortina, no escritório, pois foi a primeira sala que ele viu, e ficou esperando o Sr. Douglas entrar. Quando este foi fazer sua diária ronda noturna, às 11:15 p.m., foi morto por um tiro de escopeta, o assassino pulou a janela, pois a ponte levadiça já havia sido levantada, caiu no fosso e fugiu. Mas esta era só uma hipótese. Surgiram muitos suspeitos, entre eles Cecil Barker, um amigo que estava na casa de Douglas na noite do acontecimento, e a Sra. Douglas, sua esposa. Depois de um tempo, o mistério foi descoberto por Sherlock Holmes. Esta era a solução: certo Ted Baldwin foi à Birlstone para matar Douglas, pois ele era um inimigo antigo. Porém Douglas o viu na cidade de Tunbridge Wells e o reconheceu, então ele ficou de plantão o dia inteiro, ou seja, não saiu de casa, para não ser morto ao fazê-lo. Mas Baldwin (que tinha o mesmo físico que Douglas, além do cabelo ser igual e as idades coincidirem) conseguiu entrar na casa, e ficou escondido atrás da cortina, ele trazia uma escopeta consigo. Quando Douglas foi fazer sua ronda, viu um par de botinas na cortina, porém esquecera sua arma no quarto, pensando estar seguro pelo simples fato de a ponte estar levantada. Quando entrou no escritório, Baldwin saltou sobre ele, porém Douglas pegara um martelo que estava perto da lareira, então quando Baldwin foi golpeá-lo com uma faca, ele conseguiu golpeá-lo com o martelo antes e a faca caiu no chão. Depois ele ouviu Ted engatilhar a arma e segurou no cano, lutando com ele por ela por um tempo, pois quem a deixasse escapar estaria morto, mas um dos dois, não se sabe ao certo quem, atirou em Baldwin e sua cabeça ficou terrivelmente destroçada. Veio-lhe a idéia de colocar suas roupas no cadáver, esconder-se num esconderijo que havia no escritório que, segundo o livro, o Rei Carlos I se escondera na época da Revolução Puritana, e fingir que havia morrido. Assim seus inimigos pensariam que ele estava morto e o deixaria em paz, então o fez, com ajuda de Cecil Barker e Sra. Douglas, depois que Jack [Douglas] colocou sua roupa no cadáver e escondeu a roupa que ele (Ted) vestira, escondeu-se e seu amigo e sua esposa encheram a sala de falsos indícios, como uma pegada de sangue no parapeito da janela. Como eu já disse, Holmes descobriu o mistério e Douglas entregou um papel com sua história antes de chegar na Inglaterra a Watson, que é a segunda parte do livro.
Watson, que na primeira parte era narrador-personagem, agora passa a ser narrador-observador, pois ele narra somente o que acontecera com Douglas antes de ele chegar na Inglaterra.
Jack McMurdo era um jovem irlandês que participava da Antiga Ordem dos Homens Livres. Ele era de aspecto amigável, com compleição forte e estatura média. Viera de Chicago para o Vale Vermissa a fim de driblar os policiais da cidade, pois era um criminoso conhecido por falsificar dinheiro e provocar assassinatos, mesmo que a Ordem praticasse a caridade em Chicago. Chegando a Vermissa, ele hospedou-se na pensão do velho Shafter e se apaixonou por sua filha, Ettie. Mas alguém chegara em sua frente, esse alguém era Ted Baldwin, um homem que todos na cidade temiam por participar da Ordem dos Homens Livres. Certa noite, McMurdo estava conversando com Ettie quando Baldwin chegou e os viu juntos. Obviamente, eles brigaram, mas com palavras, pois Ettie não permitiu que houvesse agressão física. Naquele momento, Baldwin decretou uma guerra contra McMurdo que só acabaria com a morte de um dos dois. Na manhã seguinte o Sr. Shafter foi conversar com McMurdo sobre Baldwin, então Shafter descobriu que McMurdo era da Ordem e o expulsou de sua pensão, assim Jack foi viver na pensão da Sra. MacNamara. Um tempo depois disso McMurdo foi falar com o grão-mestre (chefe) da Loja (assim era denominada uma filial da Ordem) da cidade, chamado McGinty, a fim de alistar-se na Ordem também em Vermissa. Depois de um tempo descobriu que a Ordem dos Homens Livres em Vermissa era, na verdade, uma organização de criminosos (mais precisamente assassinos) denominados Vingadores e que Baldwin era um dos chefes da organização, mas não tão poderoso quanto McGinty. Mesmo assim ele se alistou, pois era do ramo. Finalmente chegou a noite de sua iniciação em Vermissa, e um dos rituais era levar uma queimadura que marcava ser um Vingador, era um círculo com um triângulo dentro. Na sua primeira noite com Vingador já participou do espancamento do velho Stanger, que publicara um artigo no jornal da cidade contra os Vingadores. Assim, McMurdo não parou de cometer assassinatos e já tinha extrema influência na Loja. Depois de alguns meses descobriram que havia um detetive na cidade vindo da Pinkerton (a melhor empresa particular de detetives dos EUA), chamado Birdy Edwards (que era o melhor detetive da Pinkerton, ou seja, o melhor entre os melhores), investigando os Vingadores. McMurdo bolou o plano perfeito para Edwards ser morto, que consistia em atraí-lo para sua casa e assim matá-lo. Estava tudo certo. Todos os envolvidos no assassinato do detetive estavam na casa de McMurdo o esperando. Então bateram à porta. McMurdo foi atender, afinal era sua casa, e seus colegas ficaram escondidos em outro cômodo esperando o momento certo para atacar. Os Vingadores ouviram alguns cumprimentos sendo trocados. Depois de um tempo, McMurdo foi à sala que os Vingadores estavam com a desculpa de pegar documentos que incriminam os Vingadores, falsos, obviamente. Mas em vez de pegar os documentos, ele pára diante da mesa em que seus colegas estavam e olha fixamente cada um deles. Afinal, McGinty pergunta: “Bem, ele está aqui? Birdy Edwards está aqui?” e tem como resposta de McMurdo: “Sim, Birdy Edwards está aqui. Eu sou Birdy Edwards!”. Finalmente, os Vingadores foram presos por alguém que eles julgavam confiável. Alguns morreram na forca, outros, como Baldwin, foram condenados à dez anos de prisão. Edwards casou-se com Ettie e foi morar em Chicago. Dez anos depois os Vingadores foram libertos e fizeram um pacto para matar Edwards como vingança. Então ele mudou-se para a Califórnia, onde Ettie faleceu. Assim, ele mudou o nome para John Douglas ou Jack Douglas, a fim de escapar dos Vingadores. Conheceu um homem chamado Cecil Barker e fez fortuna com ele. Depois de um tempo ele se mudou para a Inglaterra repentinamente, pois fora descoberto pelos Vingadores, e conheceu a mulher com quem casou-se. No ano seguinte Cecil Barker foi morar na Inglaterra também. Depois de cinco anos aconteceu o que foi narrado na parte I.