Ubirajara

Ubirajara José de Alencar
José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Ubirajara


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29/06/2020

Apesar de ter um certo problema com romances gostei bastante da história de Ubirajara e Araci, só não vi muito sentido na Jandira, que na minha opinião não acrescentou em nada na obra.

Para quem leu Iracema é muito interessante fazer a leitura deste livro, aqui nós conhecemos a história de como a grande nação Ubirajara teve início.
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Flavio.Vinicius 23/06/2020

Poesia na prosa alencarina
Um livro em prosa mas carregado de poesia.
José de Alencar conta essa história a partir do ponto de vista do indígena. É um livro bonito e vale muito a pena lê-lo.

No entanto, ao tentar aproximar a idealização do indígena com o cavaleiro medieval europeu, José de Alencar acaba criando uma narrativa com incongruências (por exemplo, ele fala como se os guerreiros indígenas usassem escudos - entre outras incorreções bem mais graves).

É uma obra muito bonita, e mais bonita ainda porque não tem a presença dos caramurus. Também é interessante notar como são apresentados muitos dos costumes dos povos nativos do Brasil, em que conceitos como guerra, morte e honra têm significados diferentes do que os propalados pela cultura ocidental.

Cada frase é carregada de densos significados poetizados, por isso embora o livro tenha apenas uma centena de páginas, é uma leitura que requer atenção.
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Manu 22/06/2020

O Romance Indianista de José de Alencar mostra os indígenas na era Pré-Cabralina, a história é muito interessante e enriquecedora devido a grande diversidade da cultura indígena. Porém, a obra me deixou um pouco confusa em alguns momentos, os personagens utilizam em vários momentos a terceira pessoa, o que deve ter facilitado eu me confundir ao longo da história. No mais, eu gostei bastante e recomendo principalmente para as pessoas que assim como eu estão no ano do vestibular.
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Daniel Lucca 13/06/2020

Ubirajara
Uma viagem pelo Tocantins de antes da colonização. Uma briga constante onde o índio Jaguaré busca sua identidade como guerreiro e chefe de sua tribo Araguaia.
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livia1784 23/05/2020

li só por causa da escola, não vou mentir. Mas assim, eu acho que José de Alencar tem livros melhores.
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Cris 12/04/2019

A beleza dos clássicos
“Mas a noite desceu em sua alma. Só a estrela do dia pode restituir-lhe a alegria que o abandonou.” Pág. 32

Um dos grandes romances brasileiros, Ubirajara foi escrito em 1874, e é uma das das três obras do autor que retrata figuras indígenas. As outras duas são “O Guarani” e “Iracema”, ambos ainda não li.

O livro narra a história do jovem caçador Jaguerê da Tribo dos Araguaias. Ele é um forte guerreiro, e apesar de estar prometido em casamento para uma jovem de sua tribo, acaba se apaixonando por Araci, a filha do chefe da tribo rival -os Tocantins.

Ao longo da história, Jaguerê muda de nome, passando a ser chamado de Ubirajara.

A história é bem curtinha de se ler, dá pra ser lida tranquilamente em poucas horas. Apesar de ser um clássico, a leitura não é complicada, eu adorei a narrativa e fiquei muito imersa na história.

O autor usa de vocabulário tupi ao longo do livro e alguns termos causam estranheza, mas outros já são bem conhecidos. Apesar disso, a leitura fluiu muito bem, e eu gostei muito de conhecer um pouco da cultura indígena.

Este é o segundo livro que eu li do autor, e gostei de ambos, apesar de serem livros com temas bem diferentes. Quero ler ainda outros livros do autor como os já citados antes.

“O rio que se derrama pela várzea, nunca verá suas margens cobertas de grandes florestas. Assim é o guerreiro que não sabe sofrer, e derrama sua alma em lamentações.” Pág. 57


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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Marcos5813 13/03/2019

O encontro dos arcos do Araguaia ao Tocantins
Uma das obras que fazem parte da trilogia indianista do Escritor José de Alencar, Ubirajara é mais uma de suas obras-prima, assim como vergar um arco a sibilar no céu azul ou refletir sobre o tronco de um ipê o encontro das águas. Ubirajara, o Senhor da Lança mostra, retratada com poesia e prosa, mais uma vez e na minha singela opinião a nação que produziu maior beleza humana, como é em parcos hoje a Tupi-Guarani. Citando Aziz Ab'Saber, a beleza dos antigos moradores, passado infelizmente passado, das terras das palmeiras, a Pindorama. era de tal forma que a civilização ocidental, os homens dos tempos das grandes navegações e conquistas, como os de hoje, profano e santo, hipócrita e moralista, com sua cultura arraigada em valores éticos de um mundo forjado, inventado jamais poderá entender por invenção, mas apenas na imaginação, pois não se integra a natureza que já dá frutos, não consegue entender sua arte. Ubirajara na destra poética e prima de José de Alencar é adunco aos olhos dos sábios, e reto, enquadrado, aos olhos apegados mais a história que toda obra, daí o conhecimento e dai também a imaginação. É como margear o rio do lado oposto onde se pretende desembarcar. Belíssimo!!!!
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><'',º> 04/01/2019

"Narra a história de Jaguarê, figura central do romance, que procura derrotar outros guerreiros
para, com isto, vir a ser considerado o mais forte e valente índio do povo Araguaia. Durante sua busca pelos adversários, conhece Araci, índia Tocantim, por quem se apaixona, mesmo já estando comprometido com Jandira, jovem Araguaia como ele. A busca pelo
seu reconhecimento como guerreiro e pela conquista de seu amor são elementos que estão presentes em toda a narrativa e que se cruzam para a criação dos episódios que estruturam a obra."

site: www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/cogedi/pdf/Livros/O-indio-na-literatura-infanto-juvenil-no-Brasil/O_indio_na_literatura_infanto-juvenil_no_Brasil.pdf
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

Romance Pré-Cabralino
Publicado em 1874, "Ubirajara" é o último romance da trilogia indianista de José de Alencar da qual também fazem parte "O Guarani" e "Iracema". Entretanto, é o único que apresenta o Brasil pré-cabralino, isto é, uma terra selvagem antes da chegada do branco invasor.

Ao contrário dos primeiros cronistas que retratavam o índio mediante uma perspectiva preconceituosa, isto é, uma pessoa sem fé nem lei, pois não possuía a formação cristã europeia, o escritor questiona essa desvalorização. Sua figura aparece idealizada, de acordo com a teoria do "bom selvagem" de Rousseau que prega o principio de que o homem é naturalmente bom e a sociedade que o corrompe.

Narrado em terceira pessoa, o romance remonta ao início do século XVI e é organizado de forma linear em nove capítulos. Sua história apresenta a lenda de Ubirajara, o Senhor da Lança, responsável pela união dos Tocantins e Araguaias até então nações inimigas. Apresentado como um herói, o protagonista é a imagem da honra e bravura num período de exaltação patriótica e afirmação nacional.

Disputado por duas indígenas, Araci e Jandira, sua trajetória conduz à a paz e harmonia apesar do constante clima de guerra e incessantes atritos. Aliás, escrito numa fase de maior maturidade do autor, seu texto apresenta maior equilíbrio e apuro formal do que "Iracema", que narra a formação de nossa etnia, e "O Guarani", que apresenta os primeiros contatos do índio com a civilização.

Vale mencionar a rica linguagem de Alencar. Colorida e exuberante, ela também é marcada por metáforas e descrições grandiosas e exóticas. Indubitavelmente, trata-se de uma interessante leitura, especialmente, para os admiradores do escritor ou quem pretenda aprofundar seus conhecimentos referentes a literatura brasileira no século XIX.
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@zurcenila 10/06/2018

(Resenha) Livro – Ubirajara – José de Alencar
Este é um dos 3 romances da fase "indianista" de José de Alencar publicado em 1874, onde os protagonistas representam a base da formação do povo brasileiro, nossas origens e cultura, o índio sem a intervenção dos europeus. Resgata valores importantes como lealdade, bravura, a relação do homem com a natureza e a vida.

Trata-se da história de Jaraguê, um índio Araguaia que busca inimigos para lutar e conseguir um título de Guerreiro em sua tribo.

Mas Jaraguê depara-se com Araci, uma índia Tocantim (filha do chefe de sua tribo) e eles se apaixonam.

Para que esse amor se torne possível, Jaraguê enfrenta os guerreiros da tribo de sua amada e os derrota, tornando-se Ubirajara. Mas por ter aprisionado o irmão de Araci, Ubirajara adota o nome Jurandir, no entanto, quando descobrem sua verdadeira identidade uma guerra é declarada para a libertação de Pojucã.

Itaquê, pai de Araci, é atingido pelos Tapuias e fica cego. Para definir seu sucessor, os guerreiros de sua tribo deverão dobrar o arco e atirar a flecha.. mas nenhum guerreiro de sua tribo conseguiu. Ubirajara é chamado e alcança o feito virando o grande líder de dois povos, unindo Tocantim e Araguaia e criando uma nova nação: Os Ubirajaras.

Sua antiga prometida Jandira não se conforma em perder Ubirajara e foge para a floresta sem aceitar outro marido. Mas quando Ubirajara torna-se líder de dois povos ganha o privilégio de ter duas esposas, Araci e Jandira.

Recomendo! Boa Leitura!
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Tami 15/04/2018

Ubirajara - José de Alencar
Com uma linguagem indígena incrível, nos revela a cultura e tradição indígena no amor e na guerra.
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PY3LTK - Twitter @py3ltk 10/02/2018

Fundindo Nações!
Livro para fechar com chave de ouro a triologia do Alencar! Recomendo! Leitura leve, fácil... O li em apenas 1 dia e é irmão de Iracema! Muito bom...
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Mr. Jonas 09/02/2018

Ubirajara
PUBLICADO em 1874, Ubirajara de José de Alencar é último romance indianista de Alencar. Se em O Guarani e em Iracema o romancista tratava do contato entre os europeus e os indígenas, aqui a matéria é o heroísmo indígena no período pré-colombiano.

Merecem especial destaque as notas do romance Ubirajara de José de Alencar. De escopo diferente das de Iracema, que funcionam como uma extensão do texto do romance, estas são de fundamentação histórica e, principalmente, de defesa dos costumes indígenas, promovendo o confronto sistemático entre o civilizado e o indígena, para demonstrar a vantagem deste sobre aquele.

Produzido em 1874, Ubirajara de José de Alencar faz parte do conjunto de obras indianistas do autor, nosso maior prosador romântico, que produziu, também, romances urbanos (de costumes), regionalistas e históricos.

Na obra de Alencar, o índio é um herói amalgamado à natureza. Esta, por sua vez, é exaltada pela exuberância e beleza, fazendo lembrar a imagem edênica e paradisíaca da nossa terra, referida pelos cronistas do Período de Informação (século XVI).

A linguagem é rica, colorida, cheia de adjetivos, exuberante, marcada por metáforas e imagens grandiosas, exóticas e atraentes, de grande plasticidade. A idealização está presente a cada passo, tanto nas descrições da natureza, quanto na apresentação das personagens. Visto de maneira mítica, lendária, o índio é o herói nobre, fiel, valente, corajoso, o ?bom selvagem? de Rousseau, lembrando um autêntico cavaleiro medieval.

Como se sabe, o propósito romântico de afirmação nacional e exaltação patriótica implicava o elogio da honra, da coragem e da valentia de nossos índios e está presente tanto na poesia de Gonçalves Dias, como nos três romances indianistas de Alencar. Este procurou retratar o Brasil ?brasílico? em sua totalidade geográfica, histórica e étnica e elevou o nosso índio à condição de herói, equiparando-o aos heróis da literatura europeia.

A leitura de Ubirajara de José de Alencar deve considerar a trilogia formada com Iracema e O guarani, uma vez que, juntos, eles marcam três momentos da nossa história: o pré-cabralino, o da formação de nossa etnia, com os primeiros contatos entre o índio e o branco, e o da colonização europeia.

O período pré-cabralino é enfocado em Ubirajara de José de Alencar, cuja história se passa antes da colonização portuguesa, com os índios ainda livres de qualquer influência estrangeira; os primeiros contatos entre o índio e o branco são tratados em Iracema, obra que tem o enredo dominado pela relação amorosa entre a personagem-título e o guerreiro português Martim; a colonização está presente em O Guarani, que trata da convivência entre o índio e o branco já no processo de colonização do Brasil.

Não se deve, porém, confundir a cronologia da abordagem histórica nas três obras com a ordem em que foram escritas: Ubirajara de José de Alencar, que trata do período mais remoto, foi a última a ser produzida (1874); O guarani, que se refere à fase mais recente, foi a primeira (1857) e Iracema, (1865), a segunda.

Desse modo, pode-se dizer que Ubirajara corresponde a uma fase de maior maturidade do autor, de equilíbrio mais acentuado e um maior apuro formal. E marca uma ficção que observa a realidade de um Brasil anterior ao branco, de um nativismo inocente, sem a ?mácula? de qualquer outra civilização. Nisto se revela um escritor interessado na busca daquilo que é mais puro, mais primitivo no Brasil anterior à exploração europeia.

O romance Ubirajara de José de Alencar revela, do ponto de vista alencariano, o caráter da nação indígena, um relato dos costumes e da própria índole do selvagem ? o bom selvagem ? oposto àquilo que informam os textos de missionários jesuítas e viajantes aventureiros. Trata-se de uma releitura do homem nativo. O próprio romancista afirma, na ?Advertência? que abre o romance:

?Este livro é irmão de Iracema. Chamei-lhe lenda como ao outro. Nenhum título responde melhor pela propriedade, como pela modéstia, às tradições da pátria indígena.
Quem por desfastio percorrer estas páginas, se não tiver estudado com alma brasileira o berço de nossa nacionalidade, há de estranhar em outras coisas a magnanimidade que ressumbra no drama selvagem a formar-lhe o vigoroso relevo.

Como admitir que bárbaros, quais nos pintaram os indígenas, brutos e canibais, antes feras que homens, fossem suscetíveis desses brios nativos que realçam a dignidade do rei da criação? [?]?

O romance Ubirajara de José de Alencar apresenta a seguinte história, narrada em terceira pessoa, por um narrador onisciente: Jaguarê, filho do cacique Camacã, torna-se o mais valente guerreiro de sua tribo, a araguaia. Quando atinge a idade de assumir tal posição ? nessa fase o índio troca de nome -, ele percorre as demais nações silvícolas em busca de guerreiros valentes a quem possa submeter, a fim de alcançar a glória entre seu povo.

Entre os tocantins, um guerreiro em especial interessava a Jaguarê, dada a sua fama de valente e hábil: era Pojucã, filho de Itaquê. Em sua caçada pela mata, Jaguarê encontra ocasionalmente a índia Araci, estrela do dia, filha de Itaquê, pai da grande nação tocantim. Por pouco não a confunde com o guerreiro Pojucã, irmão dela.

Jaguarê fica impressionado com a bela índia e a deixa partir. Depois, encontram-se na mata Pojucã e Jaguarê: ocorre violenta luta entre eles. Jaguarê consegue dominar o valente e o leva, preso, à tribo dos araguaias.

Feito guerreiro ilustre, Jaguarê passa a chamar-se Ubirajara, que quer dizer ?senhor da lança?:
?- Eu sou Ubirajara, o senhor da lança, o guerreiro invencível que tem por arma a serpente.?

Embora Jandira o ame e se prepare para casar-se com ele, Ubirajara decide voltar à nação tocantim, para buscar Araci, que desejava para esposa. Questionado pela noiva sobre sua demora, dá a entender a Jandira que ele ainda não havia escolhido aquela que seria mãe de seu filho. Muito triste, ela compreende que Ubirajara não a ama mais.

Ubirajara destina Jandira a Pojucã, para que ela seja sua ?esposa do túmulo?. Jandira tenta fugir, mas Ubirajara a segura e parte, deixando-a lá. Ela diz a Pojucã que não pertencerá a outro que não seja Ubirajara e ele, por sua vez, diz que não precisa do amor dela.
Mesmo sabendo que pode morrer por ter-se recusado a Pojucã, Jandira sai, desejando-lhe uma boa esposa. Vai para a floresta e lá entoa um canto de tristeza, belo e comovente.

Entra Ubirajara na taba dos tocantins e é recebido como hóspede. Há outros pretendentes à mão de Araci; por isso, deve haver luta. Jandira tenta matar Araci e é descoberta por Ubirajara, que a impede e diz que ela deve morrer, mas Araci afirma que ela lhe pertence agora, por ter ameaçado sua vida. Depois de discutirem, sozinhas, Araci oferece-lhe a liberdade, mas Jandira não aceita.

Ubirajara torna-se vencedor outra vez e, para merecer a noiva, submete-se a mais uma prova, deixando-se picar por saúvas famintas. Enquanto suporta a dor, sorrindo, entoa um canto de amor por Araci.
Itaquê, o cacique tocantim, interroga Ubirajara e descobre seus antecedentes. Furioso com o adversário de sua tribo e de seu filho, manda prendê-lo.

Nesta ocasião, ferozes índios tapuias invadem o território tocantim, de onde já tinham sido expulsos; agora, vêm com mais valentia. Ocorre violenta luta, da qual Itaquê sai ferido, cego, tornando-se impossibilitado para governar seu povo. Itaquê manda chamar todos os seus guerreiros e estabelece um concurso de valentia, para escolher seu substituto. Todos falham.

Chama, então, Ubirajara, e ele consegue dobrar o arco de Itaquê, tornando-se o chefe dos tocantins, que se uniram à nação araguaia, agora chamada de Ubirajaras.

O herói se casa com as virgens das duas nações: Araci, da tribo tocantim, e Jandira, da tribo araguaia. São agora uma só família.
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