Sagarana

Sagarana João Guimarães Rosa




Resenhas - Sagarana


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Tatiane.Nogueira 30/05/2023

Cansativo
Só li isto por falta de opção pois não tinha mais nenhum livro bom na minha estante que prestasse então li mas odiei

site: https://www.wattpad.com/user/TatianeNogueira0
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Guilherme.Oliveira 19/04/2023

Livro ótimo!

Guimarães Rosa é um ponto fora da curva.
O regionalismo dele é uma coisa ímpar, que ele faz com primazia. Personagens tão humanos tratados nessa obra...

Não é uma literatura simples, é uma obra de arte.
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gabriel 04/04/2023

Guimarães Rosa, o autor de um truque só

Se eu pudesse resumir este autor numa frase, seria isso. Ele é um autor que aplica o mesmo "gimmick" o tempo inteiro, em todos os seus livros. Este gimmick seria: a linguagem sertaneja reinventada através de neologismos e estruturas incomuns. Funciona? Sim. Mas cansa...

Sagarana é um livro bom, mas castiga o seu leitor. Sofre o mal de (quase) todo livro de contos: alguns não agradam e arrastam a leitura. Raros são os livros deste gênero com todos os contos bons. O próprio gênero, aliás, dá essa liberdade, mas aqui o autor é pretensioso e carrega todo esse peso. Rosa é uma leitura solene, poética, embolada, bastante densa.

Uma coisa que me incomoda neste autor é isso, é tudo muito grandioso, pesado, cheio de cerimônia. É engraçado como isso cria um contraste com o universo sertanejo, que (em tese) seria mais simples. Tudo é violento, tudo é direto no ponto e bruto, mas tudo isso é elevado pelo estilo de linguagem que ele usa. Ele torna o universo simples do sertanejo algo cerimonioso.

Mas vamos aos contos. Gostei muito de um conto chamado "Minha gente". Aliás, os títulos não são o forte aqui dos contos, e muitos deles não fazem justiça à qualidade deles. "O burrinho pedrês" já mete um monte de boi na sua cara, vai lá gostar de boi assim. Faz uma espécie de simetria com o penúltimo conto ("Conversa de bois"), aqui os bois falam entre si e tal, mas sem chegar a ser uma fábula.

Aliás, este conto para mim é bem emblemático sobre como enxergo a literatura de Rosa. A história é forte e tem um ponto de apoio muito claro, além de uma imagem também muito forte (o caixão, sobre uma encomenda de rapaduras), os quais, por si só, sustentariam a história. Mas isso importa? Não, porque temos que ler os quatrocentos neologismos que ele coloca para nomes de plantas, de lugares, de coisas... a linguagem fica muito na frente das coisas.

Mas é uma questão de estilo, ele não alivia nunca, o que vai criando uma paisagem sonora, um "clima", que nunca nos abandona, mas que depende muito da disposição do leitor em aderir a isso. É um livro, portanto, que pede entrega, além de tempo e atenção. Não é leitura para ônibus.

Rosa é um escritor inclassificável e com um estilo muito próprio. É um autor de grande personalidade. Mas tem uma temática só (o sertão brasileiro, com ênfase nas suas características rurais) e um estilo só, você leu um parágrafo dele, já leu todos. No entanto, contraditoriamente ("dialeticamente", se você preferir) ele não é repetitivo, pois o recurso que ele usou em algum momento não retorna depois.

Muitas histórias são magras e são disfarçadas por esses truques de estilo. Como Rosa é extremamente talentoso (algumas vezes até genial), isso passa batido. Coloco nessa conta inclusive o Grande Sertão: Veredas, livro que se sustenta basicamente num plot twist que você saca logo nas primeiras páginas (construído com habilidade, é claro; mas ainda assim um plot twist).

(Aliás, quem teve a infelicidade de ver a adaptação para a televisão já sofre de cara, pois a escolha do elenco já deixa isso muito claro...).

O livro fecha com "A hora e a vez de Augusto Matraga", o conto talvez mais famoso da seleção, algumas vezes vendido como um livro próprio, gostei bastante desse mas há outros contos melhores (como os já citado "Minha gente"; "O duelo" é outro que vale dar uma olhada; "Sarapalha", contando a história de dois velhos numa cidade dizimada pela malária, é outro também muito bom).

Acredito que o estilo de Rosa é mais bem sucedido quando ele usa os seus neologismos/estruturas inusitadas, mas depois "alivia" e explica o que aconteceu com palavras mais simples. Ele faz isso algumas vezes, mas não sempre. Os contos/histórias fluem melhor quando ele faz desse jeito. Não é, portanto, uma leitura muito fluida, mas é denso, e há compensações.

Enfim, a leitura é boa, vale arriscar, alguns ótimos contos aqui, o que eu menos gosto é o intragável "Burrinho pedrês", eita conto chato, ele deveria começar com o "Augusto Matraga" que é muito mais convidativo, já conheci gente que nunca avançou no Sagarana porque morrem no conto do burrinho.

Mas para o leitor iniciante, muito mais recomendável o "Primeiras Estórias", uma leitura muito mais leve e fluida do autor (e, na minha opinião, muito melhor).
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Gui 04/04/2023

Sagarana
Guimarães Rosa nunca decepciona. O livro é composto por 9 contos, cada um com um tema bem específico, mas que acabam conversando entre si.
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ThainA.Patente 29/03/2023

Para se apegar ao regionalismo
Um livro agradável de se ler. Para quem é de Minas, principalmente da zona rural, é um prato cheio.

Cheio de regionalismos mineiros, cantigas da roça e outros trejeitos que fazem lembrar aquela parte da família, que todo mundo tem - em menor ou maior número -, que veio da roça, ou que está na roça.
As histórias seguem, mais ou menos, na mesma região, e todas elas procuram transcender o livro; ser mais que história impressa.
É bom ler com um celular do lado, já que há muitas descrições de paisagens do sertão, e algum vocabulário informal.
Serve também para desmistificar alguns preconceitos que certos uns tem sobre a literatura regional.

Não dou 5 estrelas porque algumas das novelas não me agradaram tanto. Talvez seja porque eu precise ler mais.

No fim, as melhores são, em minha opinião: A hora e vez de Augusto Matraga e Conversa de bois.
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Julia de Campos Preto 20/02/2023

A fusão de técnica e lirismo
Preciso admitir que a densidade desse livro dificultou minha leitura. Todo a técnica, lirismo, neologismos, cada pontuação pensada para gerar sentido e ilustrar com maestria o primitivismo humano, o animalesco, a necessidade de muitos de sobreviver mais do que sonhar, de exercer poder através da violência. Não obstante, foi uma das melhores leituras da minha vida (Guimarães como um todo, na verdade).


"Eu falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."
- Guimarães Rosa

site: https://www.instagram.com/juliadecampospreto/
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Emilly1245 12/01/2023

Cansativo
Infelizmente é impossível entender o que está escrito, me sinto burra demais, comecei a ler em 2019 e acabei agora, mas parece não fez diferença
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Jéssica 27/12/2022

É como ouvir uma moda de viola
Eu gostei muito das histórias, me trouxe a sensação de estar ouvindo música caipira (que eu particularmente gosto)
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Ed Carvalho 04/12/2022

Nunca decepciona!
Sem exageros e sem querer ditar regras, mas todo leitor brasileiro que se preze deveria entregar-se á leitura de pelo menos uma obra de Guimarães Rosa. É incrível o poder que os livros deste autor têm de transportar-nos para outro tempo e lugar, com uma uma eloquência notável, ainda que perpassando pelo regionalismo (que, na verdade, abrilhanta ainda mais a leitura). Eu emprestei 3 livros na biblioteca da escola onde trabalho com a intenção de ler nas férias (Guimarães Rosa, João Ubaldo Ribeiro e Graciliano Ramos), e fui querer abrir este só para ler um trechinho, mas não resisti e ele acabou burlando a minha lista de leituras ?. Achei Grande Sertão incrível, mas esta coleção de contos é surpreendente.
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HellenLibrary_ 04/12/2022

Li para o vestibular 2023 da UFMS e nem caiu esse livro aff! É uma escrita dificil mas você entende o contexto em sim, contos muito bonitos.
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Ferreira.Maia 19/11/2022

O INÍCIO, O MEIO E...
Facilmente um dos melhores livros que já li na vida.
Guimarães é um exímio contador de estórias, a forma como somos conduzidos por personagens abertamente vivos, plurais e humanos é sublime. Um passo óbvio para a perfeição que é "A Hora e a Vez de Augusto Matraga".
Aaaa, que saudade desta leitura.
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OssosDePapel - Instagram 05/11/2022

Não sei se o fato de eu ser mineiro torna a leitura mais fácil; mais prazerosa torna, com certeza.

A escrita do Guimarães Rosa exige concentração e, até mesmo, criatividade para decifrar termos e expressões, que muitas vezes podem não existir em nosso idioma, mas deveriam!

Não é apenas com o vocabulário que JGR brinca. O comportamento humano também vira uma espécie de jogo, que sai das profundezas da engenhosa mente do autor e coloca as nossa em xeque-mate.

Rosa usa os mais singelos personagens para nos confrontar com as mais complexas emoções. Faz do sertão mineiro um universo.

Enfim, nada do que eu disser fará jus a meia página de Sagarana. Dentre todos os escritores brasileiros, desconfio que terei JGR como meu preferido. (Mas preciso ler muito mais, porque quero escolher com propriedade! rsrs)
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Maria 11/10/2022

Sagarana
É uma narrativa meio difícil de entender, em vários momentos eu me confundi, porém é uma leitura bem interessante.
Não é rápido de se ler, mas após finalizar e analisar o apanhado geral dos contos percebe-se a genialidade do Guimarães Rosa.
É um retrato muito bom do povo do interior, do povo brasileiro. Consegui ver certa proximidade com histórias dos meus avós que também são mineiros.
Li em razão do vestibular, porém achei bem interessante, não faz parte da minha zona de conforto, só que é bom sairmos da bolha e dar mais chances para os clássicos brasileiros.
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Haida 06/10/2022

Sagarana Sagarana Sagarana - que palavra bonita!
Eu sempre quis ler esse livro 100% por causa do título!
Sagarana é uma palavra inventada pelo Guimarães Rosa, juntando a palavra nórdica "saga", um radical germânico, de significado próximo a epopéia, com o sufixo "rana", do tupi, que significa a "maneira de", ou "com jeito de". Logo, Sagarana, na minha humilde opinião é “tipo uma epopéia”.
É um livro de contos (ou novelas) modernistas, uma escola literária que nem todo mundo estudou na época do colégio. A maioria de nós foi ali até o Naturalismo, talvez? Uma pena (outro dia falamos disso).
Os contos são:
"O Burrinho Pedrês"
"A volta do marido pródigo"
"Sarapalha"
"Duelo"
"Minha Gente"
"São Marcos"
"Corpo Fechado"
"Conversa de Bois"
"A hora e vez de Augusto Matraga"

Não vou dizer que a leitura é fácil, porque a quantidade de neologismo aqui é grande.
A linguagem predominante é repleta de várias palavras compostas por derivação, abreviação, composição e o texto com diversas figuras de linguagem.

Os contos são ambientados no interior de Minas Gerais. Então, tudo tem um quê de coisa fantasiosa, ditos populares, aquela sensação de “isso não deve ter acontecido assim”. Tanto o conto em si como as coisas ditas pelos personagens. Em vários momentos me vi lendo em voz alta pra que a passagem fizesse sentido. O texto tem muita sonoridade.

Guimarães Rosa é constantemente pedido nos vestibulares. Os livros “Grande Sertão: Veredas” e “Sagarana”, nesse último mais especificamente o conto “A hora e a vez de Augusto Matraga.

Recomendo muito!

É uma delícia. Dá um orgulho enorme da nossa literatura!
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