Sagarana

Sagarana João Guimarães Rosa




Resenhas - Sagarana


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Carina 25/09/2016

Virei leitora de Rosa antes ainda da obrigatoriedade de Sagarana no vestibular (livro que continua na lista, dez anos depois de ter prestado a prova). E, ao contrário de tantas obras lidas na adolescência que se tornaram mais claras para mim com o passar do tempo, os textos roseanos ainda são pequenos mistérios, carregados de possibilidades que ainda não desvendei.

Lembro-me de, aos 16, 17 anos, ter gostado muito do conto "Conversa de bois", um dos últimos do livro. Ainda que pelo seu tom fabulesco e plot twist sensacional continue sendo uma das minhas narrativas preferidas, duas outras vieram somar-se à minha lista de idiossincrasias: "Sarapalha" e "A hora e a vez de Augusto Matraga".

"Sarapalha", conto de pouca ação, é extremamente delicado ao lidar com o tema da morte, da solidão e da necessidade de perdoarmos uns aos outros. Para mim, talvez seja o conto mais triste e comovente do conjunto.

"A hora e a vez..." é, como Guimarães próprio definiu, o ápice do livro: uma história bem elaborada, passível de diversas leituras, prenhe de significados. E, como última narrativa da obra, funciona como uma espécie de "final feliz": é uma bela história de perdão e amor ao próximo.
Dani 05/11/2016minha estante
Oi, Carina. Pedi um livro seu pelo Plus há mais de um mês. Mandei algumas mensagens para você, mas, como não sei se as está recebendo, resolvi escrever por aqui. Obrigada!




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Daiane 19/01/2024minha estante
Falou tudo!




Catharina 31/01/2014

Sagarana é composto por nove contos,a maioria narrado em terceira pessoa. É um livro que já mostra o regionalismo de Rosa, pois trata do sertão mineiro, o povo, a jagunçada,da religiosidade e o amor,que remete á cidade natal do autor, Cordisburgo, onde o autor sairá do regionalismo padrão da segunda geração modernista, para migrar á um regionalismo novo, com a fusão entre o neologismo e linguagem popular.

Neste livro, um conjunto de sagas - histórias épicas, folclóricas, de amor, mistério e aventura - universaliza o sertão, mistura o popular e o erudito, fecunda de vida o mundo primitivo e mágico dos Gerais.

Em tempo: SAGA quer dizer "canto heroico" e RANA vem da língua indígena e quer dizer "espécie de". Logo Sagarana significa "espécie de canto heroico".
Paty 11/04/2014minha estante
Boooommm D+ !!




isalvetti 18/12/2021

Só li pro vestibular
Essa é a realidade. Comecei em 2017 e só fui terminar agora, pq tenho agonia de coisa incompleta. Mas é um livro bem dificil de ler, principalmente se tratando de uma galera mais nova.
Luiz993 12/05/2023minha estante
Também tenho agonia por coisa incompleta. Estou terminando Dom Quixote de la Mancha depois de anos, o segundo terço do livro (pg. 330 a 700 foi um porre). Por isso te entendo, mas Sagarana eu tive que refrear a leitura para não terminar de uma vez, e prolongar o prazer com essa obra que amo.




PC_ 10/01/2013

pc
difícil resenhar ou resumir o livro para quem nao conhece o estilo de guimarães rosa.
para quem conhece sabe que a resenha ou resumo é um tanto inútil, pois o prazer está mais na linguagem e no transcorrer da história do que propriamente na trama dos contos.
do primeiro conto ( burrinho pedrês) ao último conto ( a hora e a vez de augusto matraga) , cada palavra é imperdível.
para quem vai lê-lo pela primeira vez, paciência, leva-se um tempo para se acostumar ao estilo "original" de escrita do autor, e também não se assuste caso tenha que consultar o dicionário e o google várias vezes, pois abundam palavras pouco usuais e raras no uso habitual da língua ( o autor o faz propositadamente, isso inclusive é citado num do contos, na fala de um dos personagens, "o poder das palavras raras" ) e referências a elementos do meio rural e agreste, como animais, plantas, etc...
como disse, é um livro para ser lido com paciência, com calma, pois parte do prazer da leitura vem da observação da forma, não necessariamente do seu conteúdo, que também é excelente.
enfim, histórias criativas, narradas na forma original de guimarães rosa.
atentem para o último conto , que poderia ser transformado num livro, mas que por alguma razão, talvez singeleza, o autor manteve sob a forma de conto.
embora meu conto preferido seja o burrinho pedres, todos os outros contos sao excelentes, mas inegavelmente , o conto mais citado e considerado o melhor é "a hora e a vez de augusto matraga".
bom, como é impossível resumir todos os contos numa resenha de poucas linhas digo apenas que vale muito a pena ser lido.

ps: já li o livro 5 vezes e a cada leitura descubro algo novo no livro, um detalhe, uma preciosidade deixada pelo autor, para ser garimpada.
na última leitura descobri que fazia mençao a uma raça de gado já extinta na idade média, como se existisse no universo de seus vaqueiros, fora novas descobertas de "brincadeiras" vocabulares do autor.
Salomão N. 09/10/2017minha estante
Essa sua observação só é mais uma prova que o Rosa transcende o tempo e é um autor de calibre universal.




denis 24/10/2018

Bom demais da conta!
Li o livro Primeiras Histórias e não gostei. Li Manuelzão e Miguelim e não gostei. Mas Sagarana, vou te contar, gostei de todas as novelas. Sim, novelas e não contos. "Duelo" é ação na veia, meu irmão. "Sarapalha" é fenomenal. "A Volta do Marido Pródigo" é engraçada. "Corpo Fechado" é sinistra. Algumas descrições, de modo geral, chegam a ser líricas. "A Hora e a Vez de Augusto Matraga" é bizarra! A conversa com o padre é linda. Obra de Arte esse livro!
denis 24/10/2018minha estante
:O)




Igor.Marques 24/07/2020

A leitura é um pouco complicada por ser bem regionalista. Porém as histórias são muito boas e envolventes fazendo o leitor conhecer mais a fundo a região em que as histórias são contadas na época que foram escritas.
Marcos.Azeredo 02/08/2020minha estante
Este dele eu nao li, mas li Primeiras historias e esperava mais do livro.




13marcioricardo 15/08/2021

Caipira.
Primeiro contato que tive com João Guimarães Rosa. Expectativas altas e logo com várias oportunidades, afinal é um livro de contos.. Bom escritor sim, mas um ou outro conto é propício pra dormir. Além disso é um livro da e sobre a vida caipira, o que está bem longe das minhas preferências.
Carolina.Gomes 16/08/2021minha estante
Ahhh! Eu comecei JGR pela porta principal: Grande Sertão. Maravilhoso!




wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

''De certo que eu amava a língua. Apenas, não a amo como a mãe severa, mas como a bela amante e companheira.''
(Carta de João Guimarães Rosa a João Condé, revelando segredos de Sagarana)

O trecho acima comprova o caráter especial da prosa produzida por Guimarães Rosa que escapa a qualquer fácil definição. Reduzir o trabalho de Guimarães ao rótulo de regionalista é não compreender o trabalho artístico e apaixonado que o escritor fez com a palavra. As novelas de Sagarana comprovam este fascínio com o que as palavras carregam de mistério e musicalidade e não somente aquelas que ditam o bom falar e escrever que até hoje é apregoado pelos mais puristas, mas também aquele jargão que encontramos na rua, no campo etc., entre quem, aparentemente, não domina a norma culta, e, no entanto contribui para a riqueza da nossa língua portuguesa e sua diversidade. Outra qualidade do autor de Grande Sertão: Veredas é a capacidade de universalizar aquilo que é local, afinal o jagunço, o boiadeiro, a lavadeira, o fazendeiro dos confins do sertão também compartilham sentimentos, dúvidas, crenças, afeto, comuns a todos nós.
Sagarana é composto por nove novelas: O burrinho pedrês, A volta do marido pródigo, Sarapalha, Duelo, Minha gente, São Marcos, Corpo fechado, Conversa de bois e A hora e a vez de Augusto Matraga. Todos ambientados no sertão (de Minas Gerais, Bahia e outros locais) principal matéria-prima necessária para o escrever do mestre da literatura modernista.
São estórias de malandragem, superação ou sinestesia animal, vingança, redenção pela religião (o elemento místico e religioso circula com naturalidade em muitas das estórias narradas neste livro e é uma constante na obra roseana), traição e amor. Guimarães Rosa é um artífice da linguagem e, claro, não podemos deixar de mencionar a inovação linguística na forma de narrar, incorporando o léxico do campo, propondo novas expressões (os tão comentados neologismos) e apropriando-se de outras palavras (os arcaísmos e os regionalismos, por exemplo) para ressignificá-las em suas estórias.
O leitor pode, num primeiro momento, estranhar as narrativas e a forma como foram elaboradas, mas Guimarães tem uma escrita muito próxima da oralidade e as novelas ganham um tom de um “causo” sendo contado por alguém a quem lê e o texto flui de uma maneira muito agradável até o final de cada uma das novelas.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2016/02/na-estante-55-sagarana-joao-guimaraes.html
Paula 23/01/2017minha estante
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Andrezinn 22/05/2022

Sagarana
Assim como muitos, se não fosse o vestibular nunca teria entrado em contato com um livro de contos que se passam no sertão de Minas Gerais. Como sou teimoso, comecei pelo livro que a maioria julga como o "mais dificil". Contudo, devo dizer que difícil mesmo, pra mim, apenas o primeiro conto foi. A partir do segundo, a leitura foi fluindo maravilhosamente e me senti realmente imerso nesta obra.

No geral, todos os contos possuem personagens cativantes e bem desenvolvidos (até os secundários, que não damos muita bola acabam se tornando muito importantes para o desenrolar das estórias, como no caso de 'Duelo'). João Guimarães Rosa, sabe muito bem como fazer essas transições de narrativas, sem que fique cansativo. Sua exposição de cenários é, indubitavelmente, estupenda. Ao descrever os cenários que um possível leitor não conheça (como meu caso), a Fauna, a Flora e os relevos mineiros são descritos com tal maestria, que João Guimarães Rosa pode ser chamado de Mestre sem que haja alguém para desqualifica-lo de tal título.

Quanto aos enredos dos contos, somos apresentados ao cotidiano de Vaqueiros, jagunços, e a inúmeros outros tipos de sertanejos. Somos também introduzidos a casos de Amor e traição, intrigas políticas entre os coronéis do interior de Minas, as diversas relações humanas entre amigos e parentes, a feitiçaria, a malandragem humana, a vida de animais de criação e as capacidades humanas de mudarmos quem somos.

Há muito o que ser explorado e discutido em cada um dos nove contos do livro, mas vou apenas expor os que mais me conquistaram. São eles: 'Traços biográficos de Lalino Salãtiel ou A volta do marido pródigo ', 'Duelo', 'Corpo fechado' e 'A hora e vez de Augusto Matraga'.

Este livro é uma preciosidade da Literatura Brasileira. Mesmo que ele seja lido por obrigação ou para um vestibular, seus horizontes literários, sem dúvida, serão expandidos. Vale muito a pena ler 'Sagarana' de João Guimarães Rosa.
maduzinha:) 20/07/2022minha estante
vc é incrível fazendo resenha amo




Amanda 04/02/2017

Sagarana traz nove contos, muito bem escritos, sobre encontros, desecontros, tragédias e alegrias do homem do campo. Guimarães Rosa traduz com maestria o modo de vida interiorano. Seus textos são bem descritivos, embora as expressões regionais possam dificultar um pouco a compreensão.
É um ótimo livro, de um ótimo autor. Recomendo a leitura.
Ana 31/05/2017minha estante
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About_jesss 08/09/2019

Adorei conhecer sobre a escrita de João Guimarães Rosa!!
Primeiro contato que tenho com a escrita de João Guimarães. Essa leitura, me fez imergir, em uma época que eu não conhecia, só ouvia as Histórias que a minha avó me contava, quando era criança. EU AMEI ter este contato com a escrita deste autor, confesso que tive um pouco de dificuldade no começo da leitura, mas conforme foi passando o tempo, e a vontade de ler mais sobre esse livro, eu fui gostando cada vez mais, adorei a experiência que tive com esse livro!! recomendo mundo a leitura dele!! amei conhecer culturas diferentes e me senti na vontade de ter vivido aquela época! AMEEEI!!!!!

site: https://www.instagram.com/jessicaneris_/
Marcos.Azeredo 04/11/2019minha estante
Este dele eu nao li, Primeiras historias eu li e nao gostei muito.




Catarina Lopes 03/01/2009

A linguagem merece muita atenção e interpretação. Uma obra prima da lingua portuguesa! O conto 'Conversa de bois' é meu favorito!
Hélio Rosa 17/01/2009minha estante
Plenamente de acordo com sua opinião. Meus preferidos, entretanto, são O burrinho pedrês, A volta do marido pródigo, A hora e vez de A. M., e principalmente o delicioso Corpo fechado. Você sabia que Bicho mau, que saiu postumamente em Estas Estórias fazia originalmente parte de sagarana? Vale a pena ler também!




Deividy 07/11/2014

A hora e a vez de Augusto Matraga
A primeira vez que ouvi falar em Augusto Matraga foi em uma citação de um livro que eu estava lendo...
depois li um dos maiores clássicos da literatura universal, falo de Grande Sertões Veredas. após essa leitura foi inevitável a vontade de ler mais livros de Guimarães Rosa. e por coincidência achei na internet um filme com o Título: A Hora e a vez de Augusto Matraga, e vi que se tratava de uma adaptação de um dos contos que revolucionaram a literatura brasileira.
preferi então deixar o filme pra depois e buscar a leitura da obra original. é inegável que o estilo de Guimarães Rosa é diferente a ficção e a realidade ficam numa linha tênue com os diálogos e os causos narrados.
leitura indispensável para todo leitor, principalmente para os que procuram ler livros com o objetivo de estudar para o vestibular. esse tipo de leitura pode afastar de grandes obras como essas.
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