Um Artista do Mundo Flutuante

Um Artista do Mundo Flutuante Kazuo Ishiguro




Resenhas - Um Artista do Mundo Flutuante


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bellaslivros 17/06/2023

Diferente
O livro de Kazuo Ishiguro pode enganar quem olha seus títulos e as capas pensando que podem ser histórias mais brandas. Nas verdade Ishiguro traz questões muito densas neste livro.
Nele acompanhamos os pensamentos e vida de um artista que foi de grande renome na campanha patriótica do Japão, durante segunda guerra mundial. Assim o livro passa em dois tempo do protagonista dele jovem com os seus sonhos e virtudes. E ele idoso preocupado com as ações no passado o que poderia causar problemas para a sua filha.
O livro retrata bem os conflitos internos do protagonista do que é moral ou não, se foi bom ou não.
Adorei o livro, não darei 5 estrelas por não ser algo que costumo ler, então me causou alguns momentos de insatisfação.
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Juliana 04/06/2023

Leitura calma e sensível
Persisti nesta leitura, minha primeira deste autor, Nobel de Literatura. Demorei para ler, não me prendeu.
Começo arrastado, por vezes até entediante. Mas à medida que fui progredindo, fui entrando neste mundo do Japão em reconstrução cultural no pós-guerra. O personagem principal, narrador, é um pintor bastante renomado no Japão, que transmite ao leitor, de forma sensível, com acontecimentos do presente e suas memórias, toda a transformação do Japão durante esse período. Traz também reflexões sobre a velhice e conflitos de gerações. Gostei muito.
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Moya2 03/06/2023

Detalhadamente raso.
Meu primeiro contato com o escritor.
Como tenho admirado a literatura japonesa, comecei com o primeiro livro desate autor e pretendo ler os demais em ordem cronológica.

O autor tem o dom de detalhar uma cena, seu ambiente e seus pormenores com maestria.

Por vezes a história se perde em devaneios do personagem principal, onde um assunto remete a outro e quando vc percebe está profundamente dentro de outro tema e se questiona:
?Como chegamos nesse assunto?!??

A história remete à época pós-guerra e relata como a estrutura familiar e os conceitos eram rígidos nesse período frente ao iminente e conturbado futuro com mudanças comportamentais e novos valores.
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Nina 26/04/2023

Memória de Guerra
Kazuo Ishiguro, de forma maestral, traz um relato íntimo e singelo sobre a permanência da Segunda Guerra Mundial no aspecto ideológico da sociedade japonesa.

As lembranças, dolorosas ou saudosas, se misturam na rotina dos personagens, demonstrando a complexa e intrincada colcha de retalhos formada pela memória japonesa sobre o conflito. É interessante avaliar também o choque geracional que tal memória gera. Também é interessante observar como um grupo se exime da culpa, projetando responsabilidades em outro.
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Disotelo 11/04/2023

A Obra Antes da Obra Prima
Essa obra data de 1986, Vestígios do Dia, obra-prima do mesmo autor, é de 1989. Os protagonistas tem bastante em comum, ambos estão velhos e atravessam o processo auto-crítico de revisão da vida, ambos tiveram a segunda guerra como palco de suas fases mais críticas. De certo modo, sinto que são variações da mesma ideia inicial, ideia que foi bem trabalhada aqui mas que alcançou a excelência em Vestígios do Dia.
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tici 14/03/2023

Japão Político
A maioria de nós sabe o passado totalmente duvidoso - assim como o Japão de hoje não foge muito disso - da grande nação nipônica, que se ia a beira do nazismo diversas vezes. Esse livro retrata justamente ess contraste após derrota do país, que quer se encontrar, quer apagar essa imagem negativa, e um artista que viveu e apoiou o antigo país dando de cada com essas contradições, e se questionando. Muito importante e bem construído, você vê toda a vida e visão do personagem, entende seu redor, suas influências, de qualquer modo, recomendo a leitura.
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skuser02844 27/02/2023

Kazuo Ishiguro era um autor que me chamava muita a atenção, primeiramente por ser japonês, apesar de naturalizado inglês, e seus livros serem considerados também literatura inglesa, já que ele saiu do Japão aos 5 anos de idade... tipo Clarice Lispector, que não era brasileira, mas era... outra coisa que me despertava o interesse no autor era o fato de ele ter recebido, em 2017, o Prêmio Nobel de Literatura, meu primeiro contato com sua obra foi há alguns anos com o livro O Gigante Enterrado, sobre o qual já falei aqui no blog, foi uma experiência de leitura maravilhosa e decidi que leria tudo que pudesse desse autor, mas sem pressa, pra não esgotar a obra hehe.

  Como meu segundo livro dele resolvi pegar o segundo livro que ele publicou, aqui conhecemos Masuji Ono (????? provavelmente escrito com ideogramas, mas como não é falado no livro vamos deixar em hiragana mesmo), Ono é um pintor aposentado, é a ele que o título se refere, o tal mundo flutuante diz respeito à vida noturna do Japão da geração passada, as festas elegantes, a vida boêmia...

  É um livro que vai nos apresentar um conflito de gerações, localizado cronologicamente no pós-guerra, depois de todo o desastre das bombas nucleares e da ocupação americana na terra do sol nascente. Ono é aquele narrador do qual você não gosta, não que você vá morrer de amores por qualquer personagem aqui, mas Ono é quem nos conta a história, ele é um homem arrependido e amargurado.

  Depois de perder seu filho para a guerra e ter um relacionamento complicado, para dizer o mínimo, com suas filhas, Ono reflete sobre seu papel, enquanto artista, em propagandear a guerra, se culpa pelas obras panfletárias que criou e que, indiretamente, levou tantos jovens japoneses, assim como seu filho, que foi convencido mais diretamente, a ingressarem e morrerem em uma guerra na qual o Japão não precisava, realmente, ter se envolvido.

  Ao mesmo tempo que questiona a prostituição da arte para propaganda bélica, Ono tambem sofre com pensamentos de que a arte não tem toda essa influência e que todo o seu trabalho pode não ter significado nada nem influenciado ninguém... E ele não sabe qual dos temores é o pior.

  Esse narrador levemente rabugento, antipático e frio com a própria família nos conduz pela história se contradizendo em meio a paranóias melancólicas e mostrando o conflito de ideias entre ele e suas filhas,  questionando suas convicções interiormente enquanto questiona a dos demais de forma aberta e em voz alta. É o tipo de narrador que amamos odiar, pois no final da história, não sabemos exatamente quanto do que ele nos contou sobre si e sobre os outros podemos tomar como verdade absoluta, já que o decorrer dos fatos já nos mostra que o mundo não é  exatamente como ele pintou para o leitor.

  Sobre a edição do livro eu tenho que parabenizar a editora, adoro quando dão um padrão para um autor, e aqui vemos esse livro de cor vibrante,  com o corte do miolo da mesma cor, com esse hot stamp na ilustração de capa que conversa com o título e harmoniza muito bem como um todo.

  É um livro bem diferente do outro que li do autor, ainda acho que gostei mais daquele, mas sem dúvida é uma leitura envolvente e reflexiva, lenta, mas que vale a pena.
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Joao Felipe 25/01/2023

Uma pequena emulação
Cai aqui por acaso e me interessei pelo autor antes mesmo de saber que era alguém premiado, não sigo minhas leituras por esse viés.
Pois bem esse é o segundo livro do Kazuo Ishiguro publicado em 1986 e talvez não demonstre o escritor que ele realmente é, foi meu primeiro contato com o autor, eu não tenho problemas com livros com ritmos lentos, eu leio como um desafio talvez, mas aqui é lento tenha em mente.
Eu comecei por aqui em sua obra porque erá o que estava ao meu alcance no momento, mas já estou em mãos com outros livros do autor, tem algo aqui que vale a pena ser lido.
Pra mim pessoalmente é um livro que tenta emular sentimentos, que mesmo que pareçam superficiais eles tem valores, literatura japonesa pra mim é como algo elegante e com muita delicadeza é só pegar um clássico dessa língua, aqui faltou muito disso, mas que mesmo assim desperta curiosidade pra saber o que esse escritor que nasceu japonês mas é britânico em vivencia tem pra nós falar.
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EduardoCDias 22/01/2023

A arte e aguerra
O Japão pós-guerra se reergue com o trabalho de sua população, que engole sua derrota, se reinventa e assimila uma nova forma de viver, mantendo as tradições. Um pintor de renome, com alguma nódoa no seu passado da guerra, se preocupa com o futuro da filha mais nova que ainda não se casou, ao mesmo tempo que convive com os problemas da idade e recorda seu passado.
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Gio 16/01/2023

Morno e confuso
Gostei da escrita e o livro é daqueles que não acontece muita coisa. Diria que é um relato de um senhor que foi pintor a sua vida toda. Me incomodou muito a falta de capítulos e algumas passagens do livro. Achei um tanto confuso algumas partes mas no geral é um livro razoável. Comecei a ler para conhecer a cultura japonesa, e de fato tem muito dela no livro, mas vou procurar outros escritores. 2.8/5 ?
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Paulo 03/01/2023

O tempo passa
Esta leitura foi, sobretudo, sobre o passar do tempo. Este tempo que passa é bem evidenciado nos conflitos entre gerações, no ambiente urbano (as casas e os apartamentos , o "bairro dos prazeres"...) em constante transformação e nos costumes e valores morais colocados em xeque.
Neste contexto, o protagonista, que ao chegar a idade idosa, encontra-se questionando suas escolhas e ações passadas: desde a infância e adolescência até a vida adulta. Nisto, acaba reconhecendo erros e passa a lidar com um sentimento constante de culpa quando percebe que muito do que tomou como garantido ao longo dos anos foi estilhaçado.
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Fernanda 11/12/2022

Eu gostei muito do livro. Para mim, é inegável a semelhança com Vestígios do Dia, seja pelo ponto de vista do narrador-personagem ou da abordagem em relação à Segunda Guerra.
Um ponto que cresceu em mim é sobre as tantas e tantas divagações que Ono tem para lembrar dos episódios que o assombram de culpa. A relação das filhas com ele foi algo que me deixou irritada, não consegui para captar se existia algum ressentimento pela mãe, ou se realmente havia ressentimento pela posição política de Ono com suas pinturas.
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Cibele 03/08/2022

Chato
Chatinho, foi um parto acabar esse livro. Sensação que não aconteceu nada :( acho q minhas expectativas estavam muito altas
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Nathalia 18/07/2022

Um artista do mundo flutuante, Kazuo Ishiguro.
Na narrativa de 'Um Artista do Mundo Flutuante', de Kazuo Ishiguro, ao contrário de um enredo comum, nos deparamos com o simples, embora tortuoso, processo de Masuji Ono, um pintor japonês aposentado, de entender e se colocar entre as diversas mudanças culturais à sua volta (daí a imagem de um mundo que é flutuante), estas marcadas não só pela nova paisagem de uma nação derrotada e, de certa forma, invadida na Segunda Guerra Mundial, como também pelo trauma e o peso de uma memória coletiva dolorosa. Seguindo por esse caminho, iniciado pelas negociações do casamento de sua filha mais nova, Ono coloca em perspectiva todas as suas escolhas e atitudes pregressas, interpelando-se acerca de sua própria participação, enquanto propagandista, nesse passado sombrio e procurando lidar com as consequências de sua parcela de responsabilidade por uma causa – o nacionalismo - que acabou por se mostrar danosa.

Partindo dessa premissa, além de discutir a respeito do papel da arte - o que ela deve ser, qual é a sua influência no mundo real e qual o lugar do artista nele - este é um livro sobre memória, seja individual ou coletiva, e trauma. Nesse sentido, é também uma reflexão do autor a respeito do Japão que se reconstrói depois da Guerra e do reconhecimento dos crimes cometidos nesse período em nome de valores como o nacionalismo e a tradição. Pensando por esse ângulo, ele discute uma questão essencial – e, de certa forma, universal – no período pós Segunda Guerra Mundial: a responsabilização. Ono confronta a si mesmo com suas memórias e o peso de ter sido não apenas conivente, mas, sobretudo, apoiador e participante desses crimes por meio de seu trabalho propagandista e da perseguição a ‘elementos antipatrióticos’ na arte.

À vista disso, muitas de suas memórias são perpassadas ora pela culpa, ora pelo saudosismo e conforto, o que chama a atenção para a inconfiabilidade de Ono como um narrador, dada a natureza segmentada de suas lembranças – marcadas por deslocamentos, esquecimentos e confusões – e sua subjetividade na revisitação a eventos e personagens específicos de sua vida, guiada não só por emoções variadas, como o rancor, o pesar e a nostalgia, mas também por sua necessidade em se explicar e escusar pelos erros cometidos; isso é evidente, por exemplo, nos momentos em que ele relativiza seus erros ao afirmar que foram cometidos por boa-fé e convicção sincera em um ideal.

De forma geral, é uma narrativa simples que usa da sua singeleza e da complexidade de personagens reais e fragmentados para levantar questões amplas e importantes.
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