Erika Neves.1 04/01/2020Em “Cérebro”, acompanhamos o Dr.Martin Philips, um neuro-radialista, que está desenvolvendo, junto com um amigo de trabalho, um novo programa de computador que irá revolucionar a radiologia. Com o objetivo de testar o tal programa, o Dr. Martin vai examinar uma jovem paciente que morreu na mesa de cirurgia, e descobre que a moça está sem o cérebro. Simplesmente sumiu sem deixar vestígios. Ele começa a investigar e descobre que outras jovens pacientes que morreram na mesa de cirurgia, tb estão sem o cérebro. E mais, todas eram jovens e iam fazer cirurgias simples, de rotina. Martin começa a investigar por conta própria , juntamente com sua namorada, Denise, e se vê envolvido em uma inacreditável conspiração.
Apesar de ser um livro muito bom, considero esse um pouco inferior aos outros livros de Robin Cook.
O livro tem uma narrativa veloz e frenética nos envolve logo de cara e ao mesmo tempo vai nos apavorando. Com um destaque especial para a cena em que Martin decide seguir o responsável pelo necrotério, até a casa dele; depois de muita tensão, nos deparamos com uma realidade horrenda.
O final, chocante, mostra até que ponto a medicina está disposta a ir, quando abre mão da ética. E é justamente isso, o melhor dos livros do Robin Cook: as tramas são extremamente realistas e palpáveis, mostrando experimentos que realmente poderiam estar acontecendo em algum hospital dos EUA.
O ponto negativo fica por conta do mau desenvolvimento dos personagens. Mas isso melhorou muito ao longo de suas obras. Outro fato negativo é a péssima tradução feita, mas isso era um fato comum na editoras durante os anos 80.
Apesar de não ser uma das suas melhores obras, “Cérebro” ainda é um livro imperdível pra quem gosta de um bom suspense médico.