O silêncio

O silêncio Shusaku Endo




Resenhas - O Silêncio


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Lusia.Nicolino 09/01/2020

Aventure-se pelo desconhecido
Sem querer entrar no mérito conceitual da atual expressão “lugar de fala” – o que faz os crentes de uma doutrina atravessarem o mar para perpetrá-la a quem não está interessado?
Ou que pode interessar-se dependendo das angústias que enfrenta. Mas, a que custo e a que recompensa estará sujeito?
O Silêncio nos conta um pouco de história, de verdade, suavizada aqui, passando do ponto ali, mas é para ser lido como um romance e não como um livro de História. Endo, profundo observador dos dramas humanos, narra a saga de missionários portugueses no Japão do século XVII, quando os que se tornavam cristãos eram perseguidos, torturados, obrigados a abrirem mão da vida pela fé, sob os olhos dos jesuítas, também eles obrigados a renunciar sua crença, seu Deus, que fica em silêncio. Fica?
É preciso fechar os olhos para abrir o coração? Embarque nessa viagem, eu tenho um interesse acima da média pelos autores orientais de forma geral e você pode não gostar do estilo. Mas eu recomendo: aventure-se pelo desconhecido.
Martin Scorsese adaptou a obra para o cinema e retratou a força da fé em tempos perigosos, mas eu não vi o filme.

Quote: “Pecado, refletiu ele, não é o que se costuma imaginar; não é roubar, não é mentir. Pecado é um homem pisar brutalmente na vida do outro e ficar bastante alheio às feridas que deixou.”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Lismar 09/02/2018

Obra-Prima Japonesa
Acabei de ler esse que é considerado a obra-prima de Shuzaku Endo, além de um grande clássico da literatura japonesa: O Silêncio, em que aborda um período negro na história japonesa: a da perseguição aos cristãos na Ilha Nipônica ocorrida no século XVII.

O livro não narra o início desse conflito, mas com ele já em seu ápice. No que tange à história, três missionários portugueses decidem verificar a razão de que um respeitado padre luso ter apostatado de sua fé no longínquo Japão. Uma decisão que, por ter vindo de uma figura de grande venerabilidade entre seus iguais, causa uma grande comoção na Igreja Católica.

A obra é narrada em 1ª e 3ª pessoa ao longo da história; esta em tempo real e aquela através de cartas. Uma estrutura ousada que poderia ser prejudicada caso fosse escrita por mãos inábeis; o que felizmente não é o que acontece aqui. O japonês consegue intercalar de muito bem essas duas formas, tornando a leitura fluida e viciante. A partir do momento em que comecei a ler, não consegui mais largá-lo. Até porque o livro é tenso, já que envolve perseguições, torturas e execuções de cristãos feitas de forma implacável. Endo não poupa o leitor ao discorrer sobre a violência contida em sua obra.

Outro ponto bastante positivo é a imparcialidade do escritor ao construir seu livro. Apesar de todo barbarismo perpetrado pelos japoneses, ainda consegue balançar-nos, bem pouco é verdade, pelo lado japonês ao mostrar-nos a justificativa da autoridade japonesa em expulsar os cristãos.

Mas nada se equipara à razão do título do livro, quando o leitor descobre o por que dO Silêncio, o que nos leva a refletir sobre os limites da fé e da crença cega. Um verdadeiro soco no estômago.
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Kamila 27/04/2017

Uma prova de fé e de resiliência
Quando o padre Rodrigues decide ir ao Japão, em busca do seu mentor, o padre Ferreira, acompanhado do amigo - e também Padre - Garpe, ele não sabe o quanto essa experiência mudará a sua vida. No Japão que persegue aqueles que praticam o Cristianismo, ele passará por uma verdadeira prova de fé e de resiliência. A sua relação com a religião também será testada, na medida em que ele é, cada vez mais, obrigado a apostatar. O silêncio de Deus diante do que ele vê, será o motivo de maior questionamento de Rodrigues, mas ele irá aprender, com o tempo, que o silêncio também é uma prece, uma maneira de demonstrar apoio e amor. Recentemente, esse livro foi adaptado para o cinema pelo diretor Martin Scorsese.
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Marcus.Tullius 14/03/2017

De quem é o silêncio?
Em O Silêncio, Shusaku Endo nos envolve com a sua escrita. A relação silêncio e palavra, força e fraqueza permeia todo o romance e faz revelar elementos importantes do cristianismo e do budismo, levando o leitor a perguntar-se constantemente: de quem é o silêncio? Onde está o silente? Por que está silente? É uma obra que, sem dúvidas, merece releituras.
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Fernando60 28/12/2016

Breve e profundo.
É um livro austero, que trata da saga dos jesuístas portugueses no Japão, em idos de 1600, mas em nenhum momento a narrativa fica pesada ou se arrasta. Pelo contrário, o livro se desenrola como num filme, por isso logo entendi o porquê de Martin Scorcese ter escrito no prefácio que pretendia adaptá-lo ao cinema (o filme deve ser lançado em 2017, estrelado por Andrew Garfield e Liam Neeson). Em tese, o livro trata da brutal perseguição aos cristãos e aos padres que se desenrolou no Japão, após o governo ter proibido o cristianismo. Há martírio, torturas etc. Mas o livro vai além e toca num ponto mais profundo, questionando o cerne, as bases e os limites da fé católica, o que fica bem retratado no jogo de xadrez que se desenrola entre os jesuítas que querem disseminá-la e as autoridades japonesas que querem erradicá-la. Acredito que uma grande parte do interesse despertado pelo livro se deve ao fato do autor ser um japonês cristão (Shusaki Endo), o que traz credibilidade e profundidade ao enredo, pois ele consegue demonstrar bem o conflito existente entre o modo de vida japonês, a filosofia oriental e a fé católica. Tivesse o livro sido escrito por um escritor ocidental e creio que a estória se limitaria aos malvados japoneses cometendo atrocidades contra os cristãos ou algo assim. Mas o autor consegue transpor para o texto suas dúvidas e suas crenças, razão pela qual apesar de eu não ser uma pessoa muito religiosa, me senti bastante tocado pela estória. É um belo livro, muito bem escrito e que induz à reflexão, razão pela qual acredito que merece lugar nas estantes de qualquer leitor sério.
Natalie Lagedo 28/12/2016minha estante
Amei! Nunca tinha visto nada do gênero.


Nanci 28/12/2016minha estante
Ótima resenha, Fernando.
LI recentemente "O castelo de Yodo", onde aparece um personagem que teria se convertido ao catolicismo e achei que valeria ler outro livro sobre essa "invasão" e conflitos, sem que, necessariamente, o foco fosse as religiões.
Vai para minha lista ;)


Fernando60 28/12/2016minha estante
Natalie e Nanci, confesso que o livro me surpreendeu, pois iniciei a leitura sem muita vontade, apenas porque sabia que o filme estava saindo e não consigo ler um livro depois que já assisti o filme. Há duas batalhas no livro. A primeira é entre o governo japonês e os cristãos e a segunda se passa na alma e no coração dos jesuítas, questionando a sua fé em face dos acontecimentos e do "silêncio" de Deus, daí a origem do título do livro. Ele parece lançamento da Estação Liberdade, mas a minha edição é da Editora Planeta e agora está sendo relançado pelo selo Tusquets dessa mesma editora. Natalie, eu desconhecia a influência dos jesuítas portugueses no Japão. Parace que até hoje ainda há um núcleo de cristãos na região de Nagasaki. Nanci, também tenho "O castelo de Yodo" mas não ainda o li. Um livro fininho e que me impactou bastante, com uma abordagem bem profunda e original sobre a fé, foi o "Rituais", do holandês Cees Nooteboom. Depois que o li simplesmente saí comprando tudo o que encontrei dele aqui no Brasil. Foi direto para a minha lista de favoritos.


Nanci 28/12/2016minha estante
Eu também adorei Rituais. Cees é ótimo! Quero ler Caminhos para Santiago, em breve - único do "box" ainda não lido.


Fernando60 28/12/2016minha estante
Nanci, eu estou lendo o "Roads to Berlin" no kindle mas ando meio devagar porque confesso que esperava mais. Estou achando a estória um pouco datada, porque foi escrita na época do muro e do comunismo e até o ponto em que cheguei a grande atração do livro é descrever como era "o outro lado". Também quero muito ler o "Caminhos para Santiago", porque amo a Espanha mas não conheço aquela região. Acabou de sair um livro do Cees Nooteboom sobre o Hieronymus Bosch, El Bosco. Já vi as edições em Espanhol e em Inglês. Vou acabar comprando... :-)


Matheus 30/12/2016minha estante
Olá Fernando, tudo bem?

Bela resenha. Estou lendo este livro, mas me deparei com um problema que me impossibilita de continuar a leitura. Ao chegar a página 160, percebi que na próxima o texto parecia meio desconexo do que havia na página anterior. Sem entender muito bem, acabei passando o olho pela numeração da página, e percebi que na edição que eu tenho o livro pula da página 160 para a 193. Sendo que o livro segue a partir daí até a página 224, quando na próxima volta novamente à página 193.

Minha edição é da Planeta Literário, de 2011. Por acaso a edição que você leu é essa? Pode me dizer se nela ocorre o mesmo erro?


Fernando60 31/12/2016minha estante
Matheus, a minha edição também é a Planeta de 2011, mas ela está perfeita. As páginas vão em ordem crescente até a 282, que é a última página do livro. Infelizmente, parece que você deu azar e pegou uma edição defeituosa. Mas a Planeta é uma editora grande e vi que saiu uma nova edição do livro pelo selo Tusquets (que é da própria Planeta), com o Liam Neeson na capa. Tente entrar em contato com eles e explique que você tem um livro defeituoso. Acredito que eles devam te mandar um exemplar da nova edição. Boa sorte! :-)




Gabriel.Eliabe 10/04/2016

Arrasando Dúvidas conceituais sobre onde depositamos nossa fé.
Onde depositamos nossa fé? Símbolos corruptíveis e quebráveis, ídolos humanos... A fé demonstrada por Endo em Rodriguez , transcende figuras representativas. A fé retratada em seu livro é o amor incondicional para com Cristo em sua essência imaterial. "O Silêncio" em seu ápice da leitura questiona o silêncio de Deus para com a perseguição ao cristianismo, quando ao mesmo tempo, dá voz a razão de ser cristão na negação da fé. O livro cativa e entristece ao mesmo tempo. Angustiante, impactante,Verdadeiro. Vale cada segundo de leitura.
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CleuzaFaustino 01/01/2015

Magnífico
Difícil encontrar palavras que descrevam a emoção que essa história despertou em mim. "Senhor, por que estais calado?" É com essa pergunta que o personagem, um padre europeu em terras nipônicas, se debate ao longo de toda a narrativa. O autor consegue, muito habilidosamente, fazer com que nós, leitores, nos indaguemos também. E, junto com o personagem, nos angustiamos com o (suposto) silêncio de Deus.
Diversas vezes tive que parar para refletir, mas na verdade o que eu precisava mesmo era dar um tempo para desfazer o nó na garganta.
Perturbador, instigante, profundo, bem elaborado... uma obra magnífica!
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Joana 30/10/2014

Muito interessante o livro de Endo. Trata do sofrimento por que passaram os padres portugueses - e também os fieis japoneses - que primeiro tentaram introduzir o cristianismo no fechado país oriental de então. Com seu relato sempre interessante, Endo prende, pois, a atenção do leitor do começo até o fim do livro. Recomendo!
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Bruninho H. 26/12/2013

Kakure Kirishitan, o Amor Profundo versus Amor Aparente: se redescobrindo na perseguição
Estamos no séc. XVII. O Clã dos Tokugawa ascende no poder, iniciando-se o período que seria conhecido como Edo até a segunda metade do séc. XIX, quando o Japão reabre-se ao mundo.

Nesse arquipélogo do Extremo Oriente, vemos uma flor estranha de profundas raizes aparecer em meio ao bosque de crisântemos e cerejeiras: o cristianismo. Expandindo-se com sucesso no séc. anterior, agora passa por intensa perseguição. São vários os relatos da resistência e força de fé que levavam japoneses e missionários ao martírio. Entretanto, chega a Europa um boato abalador: o grande entusiasta da missão nipônica, o português Cristovão Ferreira, havia apostatado, renegado a fé conscientemente diante da tortura. Apesar de possível mentira, o fato era que não se conseguia receber mais notícias dos cristãos naquele longínquo país onde agora apenas holandeses possuíam legítima relação. Qual melhor esclarecimento do que uma visitação, ainda que mortal? Nesse intento partem para Macau três jovens padres, sendo um deles Sebastião Rodrigues, profundo admirador do suposto apóstata. Nessa viagem, eles começam a descobrir a si mesmos, vendo pelo cotidiano nas terras do xogum, o seu "estilo de cristianismo" sendo contrastado. E diante de tantas ameaças e terror, só recebem o silêncio divino. Ou é neste silêncio que o Todo-Poderoso está falando?

Leitores de diferentes experiências criticam, elogiam, interrogam, sugerem, clamam por mudança em atos e caráter, e participam sobre a vida desses padres num Japão que se apoia na exploração dos camponeses. É uma leitura envolvente e séria, e o que mais a dignifica é o fato de ser escrita por um católico japonês. É literatura, romance histórico, mas por alguém que já entrou em crise com o catolicismo e o "ser japonês". Entrem nessa viagem ao passado com Endo, conhecendo um pouco dos "kakure kirishitan", cristão escondidos, que durante mais de 230 anos de proibição conseguiram guardar sua fé de geração em geração, mudando a vida da ilha de Kyushu até hoje.

O livro, em 2015, ganhará adaptação pelo cineasta Martin Scorsese, primeiríssimo fã do livro que também dirigiu "O Aviador" (2004) e "A Invenção de Hugo Cabret" (2011). Já foram confirmadas as presenças de Andrew Garfield (Espetacular Homem-Aranha, 2012), Ken Watanabe (O Último Samurai, 2003) e Issei Ogata (O Sol, 2005).
ivanbgt 10/01/2015minha estante
A editora (Planeta, acho) bem que podia explorar esse "momentum" e re-editar o livro não? Só se consegue o dito em sebos e afins.


jota 25/02/2015minha estante
Na verdade a adaptação do Scorsese (que aguardo com ansiedade) é a segunda. O filme já foi levado às telas em 1971 pelo cineasta japonês Masahiro Shinoda com o título de Chinmoku, mas não é tão interessante - e angustiante - como a leitura do livro. Embora contenha o essencial do que Shusaku Endo colocou na obra escrita. Leia o livro e veja o filme (o novo, que virá, pois o de 1971 é bastante difícil de ser encontrado).




Doug Cavalcante 25/05/2012

Uma Jornada para Escutar a Verdade
O autor católico usa como pano de fundo a presença portuguesa no Japão no contexto tardio (séc. XVII) da Era dos Descobrimentos e das Grandes Navegações.

Ele utiliza um episódio real dessa época para iniciar sua história: a apostasia do padre Cristóvão Ferreira. Missionários portugueses, que vinham nas embarcações, iniciaram o trabalho catequizador com bastante sucesso em terras nipônicas.

Os japoneses, que no início se mostraram bastante receptivos ao catolicismo com um considerável número de conversões, inclusive contando com a adoção da religião por poderosos senhores feudais, passaram a ser perseguidos pela mudança de atitude por dirigentes japoneses quanto à tolerância religiosa, que viam na doutrina católica uma ameaça externa.

Os fiéis japoneses continuaram a praticar o catolicismo, mesmo em segredo, junto ao trabalho dos missionários estrangeiros. Durante essas perseguições feitas pelo governo japonês, existia uma prática que consistia em torturar o cristão até ele negar Deus, isto é, cometer apostasia. Era uma forma de intimidar e abalar psicologicamente os outros cristãos, principalmente quando se tratava de uma autoridade importante.

Em uma dessas perseguições, o padre Ferreira, depois de duradoura seção de tortura, renunciou a sua fé. Na época existiam diversos mártires que aguentavam a tortura até a morte, sem renunciar suas crenças. Como ele se tratava de uma figura importante na nascente igreja católica do Japão, esperava-se que ele morresse como um mártir. Com sua apostasia, nem é preciso dizer que a notícia chegou na Europa como uma bomba... Além desse triste fato, ficou sabendo-se que Ferreira tinha casado com uma mulher japonesa (o que era normal), mas que agora colaborava com as perseguições do governo, como um intérprete!

Shusaku Endo usa esse fato histórico para a aventura de seu protagonista, o jovem padre Sebastião Rodrigues, que parte para o Japão atrás de respostas sobre seu antigo professor e para ajudar organizar a resistência da igreja católica no Japão.

O livro mostra o protagonista passando por diversas adversidades que o autor e o personagem vão pontuando com metáforas bíblicas. A narração começa em primeira pessoa, como cartas do Sebastião, depois passa para a segunda pessoa. O título "Silêncio" é referência à crise religiosa enfrentada pelo padre durante seu percurso, que diante das grandes dificuldades, ele se questiona do porquê Deus se manter tão silencioso diante dos sacrifícios dele e dos cristãos japoneses.
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Danilo Barbosa Escritor 29/04/2011

Procurando a voz de Deus
Qual é a fé verdadeira?
Shusaku Endo conseguiu criar uma forma de responder isso magistralmente em O Silêncio (Editora Planeta, 288 páginas), um dos mais densos e maravilhosos textos da literatura mundial sobre o ceticismo de um homem em relação ao catolicismo.
Entre trechos históricos e personagens que analisam a nossa relação de crença e temor com Deus que teimamos em não aceitar - o ceticismo em nossas ações -, o autor nos traz a história do padre jesuíta português Sebastião Rodrigues, que foi para o Japão em 1630 pregar o catolicismo e incentivar os nativos a aceitarem o amor de Cristo. Naquela época dos xogunatos, esta religião era terminantemente proibida e seus seguidores eram torturados e condenados a enfrentar vários suplícios, entre eles o poço (buraco onde as pessoas eram amarradas de ponta cabeça, cobertos de fezes e dejetos, com cortes atrás das orelhas para que sangrassem até morressem), a não ser que apostatassem - a apostasia era a renegação completa de Cristo e da Igreja.
Cheio de dúvidas e receios, Sebastião não chegou ao Japão apenas para trazer ao povo a luz da sua fé. Secretamente quer saber a verdade sobre o seu professor, um grande exemplo religioso, que tinha se recusado a morrer como um santo e havia renegado tudo aquilo que acreditavam.
Neste caminho cheio de contrastes entre Oriente e Ocidente, Sebastião irá conhecer um mundo completamente diferente do dele, mas não isento do sofrimento e dor que cercam o martírio e o medo do pecado.
Mas assim como seu mestre, ele deverá fazer a escolha entre sua fé ou viver. E neste difícil momento, o acompanhamos nas noites vazias, perdido entre crença e realidade onde, com os gemidos dos japoneses cristãos martirizados, ele clama ao seu Deus e se perde diante do silêncio que vem como resposta.
Para mim, este é um dos melhores textos que li até hoje. Apesar de possuir uma leitura fácil, sem floreios, tem uma densidade e força magistrais. É impossível não se emocionar com as passagens do livro e as suas análises sobre sua fé, que oscila diante da força dos opressores. Cada personagem, por mais ínfimo que seja sua passagem pelo relato, deixa uma marca indelével na alma do leitor.
Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/ixTmEq
Bruninho H. 26/12/2013minha estante
Realmente meu caro: "Apesar de possuir uma leitura fácil, sem floreios, tem uma densidade e força magistrais".

Mokichi nunca sairá do meu coração, e como aquele intérprete conseguia ser tão cruel?

Abraços!




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