Albert 07/01/2017
Uma obra-prima detalhada
Montefiore visitou vinte e três cidades, nove países em quase dez anos para concluir sua excelente e eloquente obra: O Jovem Stálin. A biografia mostra vários fatos da vida do ditador narrando desde o seu nascimento até a Revolução Russa – época que era relativamente jovem.
Embora o foco seja a vida de Stálin, a abordagem de Montefiore reúne não somente o nascimento e a vida em si do ditador, mas o contexto de determinada época. Com riqueza de detalhes e narrativa sustentável, o leitor tem a oportunidade de acompanhar os passos de Stálin – das ruas de Tíflis na infância ao exílio político na distante Sibéria. Com os fatos e atos do militante, o autor incute no leitor uma melhor noção da personalidade pessoal e política criada ao longo de sua vida, guardada as devidas proporções já que; creio eu, em seu outro livro Stálin - A Corte do Czar Vermelho deve retratar além dos bastidores da corte, a consolidação de sua personalidade e poder. A grande quantidade de personagens ao longo da obra pode confundir a compreensão dos desdobramentos dos fatos, mas uma leitura mais atenta deve sanar qualquer incompreensão. O momento derradeiro do livro é nos bastidores da Revolução Russa. Montefiore narra a efervescência da cidade, os momentos cruciais dos militantes e o papel de Stálin.
Rico em detalhes, personagens, mapas e fotografias O Jovem Stálin tem o cuidado de se ater aos mínimos detalhes – há fatos descobertos por Montefiore que até então eram desconhecidos pelos historiadores e foram utilizados pela primeira vez em sua obra. O livro resgata de forma vívida a história de Stálin para compreender não somente a sua vida, mas também a militância e a personalidade que moldou o ditador – um dos piores e mais enigmáticos da história.