Fran Ferreira 04/09/2020ReleituraHoje em 15/01/22 acordei com o faniquito de reler.
Releitura pra ver se ainda gosto e fica na estante.
Na leitura anterior, lembro que havia gostado bastante, mas sabia que tinha algo não identificado.
Este livro é bem focado no crescimento da Kéfera como pessoa e não como ser youtuber, e sim, como uma criança, adolescente, jovem adulta que passa por "N" situações na vida. Para os fãs, seria uma oportunidade de conhecer a Kéfera por trás dos vídeos, acho que dos quais nesse "estilo" que já li, foi o mais focado nela mesmo, só dando uma "pitada" sobre como chegou ao youtube. Este não é um livro pra aprender sobre youtube, no fim do livro ela conta por cima sobre o canal "5inco Minuto"s, mas fica claro que poderia ter outro livro no futuro, contando sobre o canal.
Confesso que me identifiquei com várias coisas da história dela, entendi perfeitamente o que queria expressar, como se sentia. Relembrei novamente com nostalgia detalhes contados (já que temos idades próximas).
A Kéfera sempre foi uma criança que gostava da comunicação e sabia se expressar, diferente de mim que já criei uma armadura desde pequena pra lidar com as pessoas ao meu redor.
Um livro que trás uma história de uma pessoa real, que pode ou não quem ler se identificar, mas que acima de tudo mostra que as pessoas mudam e que nada que é tão intenso na adolescência vai durar muito tempo. Que você deve seguir o que ontem coração manda e não sair fazendo as coisas só porque suas amigas (os) querem, isso é uma forma de respeito por si.
Amo o trabalho gráfico deste livro, descobri que gosto de escritas coloridas, pra mim, conversaram com história, conseguiram imprimir nessas cores a personalidade da Kéfera.
Fiz a releitura depois de 4 anos, minha reavaliação final: - 1 estrela e retirado dos favoritos.
15/01/22 - Nova avaliação: continua com 3 estrelas, não volta definitivamente para os favoritos.
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Quotes e trechos marcados:
- "Não estou dizendo que a escola é uma coisa inútil. Muito pelo contrário. Lá você vai aprender lições importantes até mesmo para a construção do seu caráter e da sua personalidade. Também pode, quem sabe, descobrir qual é a sua vocação". pág. 47
- "Nessa fase, com uns 8 anos, você começa a perceber que existe um certo tipo de beleza que se destaca, porque é do gosto comum. E isso é um grande choque. E aí ou você muda completamente até se adaptar ou chegar perto de ser essa pessoa, custe o que custar, ou tenta convencer a si mesma que o legal é ser você e ponto. EU FUI PELO CAMINHO MAIS DOLOROSO. TENTEI SER OUTRA PESSOA ANTES DE SER EU MESMA". pág. 50
- "Resumindo, eu sempre ficava com um pé atrás. Sei que existem histórias incríveis de técnicas de cola, mas nunca fui muito boa em aprender. Até porque, se eu ia gastar o meu tempo para decorar um jeito de colar direito, era mais fácil gastar esse mesmo tempo estudando a matéria, não? Na minha época de colar não existiam celulares com internet móvel, o que tornava tudo muito mais tenso e emocionante. E ao mesmo tempo muito mais chato". pág. 56
- "Não vou dizer se acho certo ou errado. Se a menina quer ser precoce, ela que beije quem quiser. (Tá, na verdade, acho errado para cacete ser precoce e transar cedo.) Mas entendo que existem crianças precoces. E isso acontece porque falar sobre sexo ainda é um tabu para os pais, mesmo sendo óbvio (para mim) que é melhor iniciar a conversa cedo em casa. Para as crianças não ficarem totalmente perdidas e acabarem se informando com os amigos". pág. 63
- "A vida exige que você cresça e assuma diversas responsabilidades das quais não pode fugir (contas a pagar, trabalho para fazer, dinheiro para controlar, reuniões etc.). Então dá um desespero de ver tanta criança virar gente grande logo, porque eu sinto saudades de quando a minha única reclamação na vida era ter que estudar para uma prova de matemática. Chega uma hora em que você percebe que a sua infância, passou e aí bate um vazio. Algo do tipo: "Merda, eu cresci"". pág. 64
- "É difícil o universo conspirar tanto ao seu favor a ponto de, por exemplo, os dois se apaixonarem na mesma hora e se gostarem igualmente, e digo isso porque sempre tem um que fica super apaixonado e o outro que "só deixa rolar". É difícil os dois terem força de vontade para fazer funcionar quando estão juntos. Enfim, na maioria das vezes a chance de dar algum problema é muito maior do que a chance de dar certo. Essa é a parte triste. Porque a própria palavra PAIXÂO vem do latim e significa SOFRIMENTO". pág. 70
- "A pessoa pode até ter feito planos com você, mas no fundo sabia que você não era a metade da laranja dela. Porque a gente sempre sabe quando não é. Mas tenta fingir mesmo assim. Até encontrar alguém que combine o suficiente com a gente para ficar velhinho ao nosso lado. Ou não. Mas todos procuram alguém com quem construir uma história linda. Seja ela duradoura ou não. (Infelizmente, a maioria não é. Mas tudo bem, a gente se vira no meio do caminho...)." pág. 91
- "Se você apostou suas fichas na pessoa errada, tudo bem. Vai sofrer e chorar e se lamentar e vai achar que vai morre. Sim, você vai. Vai achar que sem aquela pessoa os seus dias serão cinza para sempre e não conseguirá caminhar sozinho com as próprias pernas. Bem, tenho uma notícia: VOCÊ VAI SOBREVIVER". pág. 92
- "... E seu relacionamento não deu certo porque... Porque não oras. Não adianta ficar se perguntando o que deu errado no meio do caminho. Porque quando as coisas são feitas para dar certo, elas simplesmente dão. E muitas vezes não tem uma razão para estar dando certo. Então por que teria uma razão para ter dado tão errado? Certo?". pág. 92
- "Eu sempre procuro ser positiva em relação a tudo que acontece comigo, seja algo bom ou ruim. Já passei muitos anos da minha vida sendo negativa e me botando para baixo diariamente. Cansei de dificultar tanto isso de ser feliz. Sou feliz, e pronto, [*****]. Sempre tento pensar positivamente. Se não deu certo com tal pessoa, vai dar certo com outra. E se não der certo com essa, vai dar certo de algum jeito e ponto". pág. 92
- "O que eu quer dizer é que, no fim, todo sofrimento vale a pena. Sei que soa meio estranho dizer isso, mas são as situações tristes que fazem a gente refletir e amadurecer. Porque quando estamos felizes, estamos felizes e ponto final. Não refletimos sobre por que estamos alegres. São os momentos tristes que exigem do nosso lado racional e nos fazem ver como certas situações têm volta e outas, não. Que devemos tomar cuidado com o que dizemos e fazemos para alguém. E o tempo, novamente, o tempo. Sim, ele é o melhor remédio de todos!" pág. 93
- "Eu evitava ter amigos que fossem me julgar pela roupa que eu usava, privilegiando aqueles que gostavam mais da minha companhia e das risadas que poderia proporcionar. Então realmente não via motivo para me importar com a opinião dos outros". pág. 121
- "Um breve parênteses: apesar de sempre ter sido contra essa ditadura da beleza, de uns tempos para cá comecei a me cuidar. Não pelos outros, mas por mim. Demorei anos para entender que saúde (tanto física quanto mental) deve vir sempre em primeiro lugar. E foi a partir daí que comecei a mudar meus hábitos alimentares e, consequentemente, acabei emagrecendo". pág. 122
- "Fiz exames por insistência da minha mãe, que falava há meses no meu ouvido para eu começar e me cuidar mais. E fui descobrindo que, quanto mais você se cuida, mais passa a querer se cuidar. Conforme mudei minha alimentação, comecei a me exercitar, a beber mais água, e percebi que meu organismo foi se libertando da preguiça, do sono excessivo, do mau humor, e minha autoestima melhorou bastante...". pág. 122
- "E todo mundo fica muito mais bonito com um brilho no olhar transmitindo alegria para os outros. Então fica aqui minha dica, se é que ela vale de alguma coisa, né? Não seja maria vai com as outras. Não copie porque os outros copiam. Não copie para ser aceito por uma galera que muitas vezes nem vai te interessar se você conhecer a fundo. Não tente estar na moda, se no fundo você não quer.
Seja a moda. Invente-se.:" pág. 124
- Sobre a entrevista falando sobre Bullying para:http://portaldoprofessor.mec.gov/conteudoJornal.html?idConteudo=930 (N.A) pág. 30