Tirza

Tirza Arnon Grunberg




Resenhas - Tirza


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Eduardo 13/02/2017

Uma obra-prima contemporâne. Impactante.
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Charlene.Ximenes 22/10/2017

Imperfeições de Jörge
"Tirza" é um livro de enredo relativamente simples e desenrolar repleto de emoções, de tirar o fôlego do leitor. O domínio de escrita do Arnon Grunberg é impressionante e não é por menos que ele é considerado um dos mais importantes escritores da Holanda na contemporaneidade.

A história se passa em Amsterdã e retrata a decadência de Jörgen Hofmeester, um homem perto dos 60 anos, desses que teve tudo na vida, uma casa com jardim em um bairro da classe média, um excelente trabalho como editor, uma bela esposa e duas filhas maravilhosas, Ibi e Tirza. Mas como se diz em Ana Kariênina: "As famílias felizes parecem-me todas felizes, as famílias infelizes são infelizes cada uma a sua maneira". Sua esposa deixou ele e as filhas para viver com seu namorado de infância numa casa flutuante. Desde então, Jörgen busca ser um pai cada vez mais perfeito. O papel da paternidade é para ele um propósito. A esposa retorna como se nada tivesse acontecido, e os diálogos que ambos estabelecem evidenciam muito sobre a personalidade desse "homem bom". Hofmeester trata sua filha mais nova, Tirza, como a rainha do sol, de quem ele espera tudo e quem é tudo para ele.

A perspectiva de que Hofmeester é um homem bom vai sendo desconstruída pelo próprio narrador e por nós, leitores. Meus sentimentos para com os personagens dessa obra oscilavam muito... às vezes, eu detestava Jörgen por seu racismo, por sua apatia, por seu extremo amor por Tirza, outras vezes eu achava sua mulher extremamente insuportável e me questionava sobre Tirza ser bem sem graça para ser considerada tão super-superdotada.

O livro vai sendo sustentado pelo desejo que é incutido no leitor de saber mais sobre a história, sobre os personagens. A cada nova pista que nos é dada, o suspense vai aumentando e nos questionamos sobre certos delírios de Jörgen. Gostei muito da leitura por muitos outros motivos que não cabem mencionar aqui para não contar spoilers. No mais, indico muito que leiam "Tirza", principalmente para aqueles que gostam de ler sobre a espécie humana e suas imperfeições.
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Ery 03/11/2017

Surpreendente
Esse foi um livro que me surpreendeu muito, não achei que fosse gostar pois nunca havia lido nada do autor ou soube algo a respeito desse livro. Na verdade comecei a leitura sem sequer ler a sinopse primeiro, e preciso dizer que a história me prendeu logo de cara. Senti raiva do protagonista, pela fraqueza dele, aquela situação a qual se subjugou, me irritava a forma como a esposa e filha mais velha o tratavam.
Com o desenvolvimento do enredo criei antipatia por ele por causa da obsessão com a filha mais nova, algo nele me lembrava o pedófilo protagonista de Lolita. Por outro lado, o personagem tem um modo de encarar o mundo que é certamente peculiar e bem desconcertante; ele se vê como alguém com um certo papel a desempenhar, como se estivesse num palco pronto para atuar sem nenhuma falha. E por trás disso ele esconde o verdadeiro eu, se esconde atrás das convenções sociais, quando na verdade é um bárbaro, um animal selvagem, segundo ele próprio. Fiquei intrigada com os pais dele, tem algo em seu passado que me pareceu bastante sombrio, o autor deixou entrever mas não esclareceu, o que me deixou bem chateada.
Minha reação e esse livro foi de choque. Fiquei totalmente chocada, estarrecida pela forma que tudo ocorreu. Confesso que cheguei a desconfiar mas não quis acreditar que ele faria aquilo à filha preferida.
Apesar de ser definido como romance, para mim está mais para um “thriller” psicológico, o autor sempre jogando com o leitor, sempre voltando a narração para o tempo pretérito como se fosse para prepará-lo para o final tão absurdo, como se tentasse de alguma forma justificar as atuais motivações do personagem.
Concluí a leitura com a sensação desconcertante de não saber como me sentia em relação ao Jörgen, não sei se sentia raiva ou nojo ou piedade. Foi realmente uma história intensa que despertou muitas emoções controversas em mim.
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Tatinha 22/09/2024

Eu só não abandonei o livro pois li junto de uma amiga e ela seguia na frente e me incentivava. Vários sentimentos ruins e nojentos! O final me surpreendeu, confesso! Mas ainda bem pois o livro era bem chato de acompanhar a loucura do cara! Kkkkkkk
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Taci 28/04/2018

Chocante
O livro, ao relatar o íntimo de uma família bastante disfuncional de Amsterdam, já se inicia trazendo ao leitor mais sensível um sentimento grande de perturbação. Uma filha mais velha ausente, uma esposa que abandona tudo p viver com um amante em uma casa barco, um pai materialista, que se submete à vontade da esposa, e que tem obsessão pela filha mais nova. Uma obra que, nas 50 últimas páginas, nos traz uma grande revelação, e nos surpreende ao mostrar a verdadeira face existente atrás das máscaras.
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isa.dantas 18/06/2018

É difícil querer largar a leitura de Tirza, incômoda e ao mesmo tempo fluida e viciante. O final que é e não é chocante. Certamente, uma ótima leitura!
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Ana Paula 19/01/2017

Acabei de concluir a leitura de tirza e só tenho uma coisa a dizer : chocante! Apesar de se auto intitular como romance, eu diria que seria mais um thriller psicológico.
Até próximo da metade do livro achei a historia um saco, enfadonha, não me identificava com o protagonista da história, pois achei um personagem passivo demais, alguma coisa não se encaixava, tinha uma certa obsessão pela sua filha mais nova e talvez isso me fez ter mais aversão a ele, pois associei um pouco com o Humboldt do livro Lolita. Mas depois da pág 250, a história começa a acontecer e e vc fica com medo do final daquela história de uma família disfuncional, em frangalhos e o final por mais que você desconfie do que possa ter acontecido, a história ganha ritmo, suspense e medo para o desfecho. Dou nota 4 de 5.
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Laís 28/05/2017

Genial!
Tirza não é o único livro do holandês Arnon Grunberg, mas é considerada sua grande obra prima. Com uma escrita fluida e extremamente instigante, esse romance tem tudo pra te fazer roer as unhas de ansiedade.

Hofmeester é editor desde que se lembra. Seu trabalho não é algo que lhe de grande prazer, porém lhe da oportunidade de ter uma vida boa. É isso que importa para ele - as aparências.

Eis o cenário em que o livro se inicia: sua esposa, depois de três anos sem dar noticias, certa noite reaparece em sua porta. Uma de suas filhas, Ibi, já saiu de casa faz uns anos, pois nunca se deu bem com o pai. E Tirza, a sua rainha do sol, esta prestes a embarcar em uma viagem rumo à África com o seu namorado. Em meio a encontros e reencontros entre os familiares, Tirza e Hofmeester habitam a vida um do outro de uma forma, no mínimo, peculiar.

Desde o inicio, você nota um comportamento estranho nos personagens. O autor os desenvolve com tanta maestria, que ficou difícil não me envolver na loucura de cada um deles. Durante a leitura, passei a me questionar se era isso ou aquilo, criei teorias na minha cabeça e esperei, suando frio, as respostas. Mesmo muito intrigada em descobrir mais, foi perceptível certo incomodo.

O livro é o retrato de uma família que possui sua própria funcionalidade. A loucura de um é alimentada pela loucura do outro. Não foi uma leitura fácil, embora tenha sido muito prazerosa. Com a narrativa em terceira pessoa, Grunberg me prendeu completamente – só sosseguei quando terminei.

Tirza é, acima de tudo, uma obra que discursa sobre a loucura do ser humano. Sobre os seus reais desejos, medos e paixões. Fala sobre aquela vontade que você não quer aceitar, mas existe dentro de você, reprimida pelas regras da sociedade.

Hofmeester é controlador, obcecado, neurótico. E o mais incrível é que, durante a leitura, você passa a ser também. O autor criou um cenário tão impecável que, mesmo quando você termina o livro, a história permanece com você. Fazia um tempo que eu não me deparava com um personagem tão incrível e louco.

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
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Fernanda Sleiman 30/07/2018

?É preciso se tornar o que os outros desejam ver em você?
Fascinante! Narrativa muito bem contruida! Foi difícil julgar o protagonista, na verdade só consegui entendê-lo no final! Conseguiu me prender, a busca pela normalidade pelo protagonista acaba ultrapassando o limite da anormalidade! De perto ninguém é normal, diriam alguns!

Ótima leitura!
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Leituras do Sam 31/07/2018

Um livrão
A busca pela perfeição, pela polidez, pela superioridade, é o que move o protagonista desse livrão, mas nem tudo é o que se quer demonstrar que seja, e é ai que a ótima construção de todos os personagens aparece como maior qualidade da obra.
O autor deixa-nos sempre com a sensação de que algo não vai terminar bem, pensamos em muitas possibilidades e até as últimas 10 páginas esperamos "uma revelação", mas acontece outra, tão chocante quanto a esperada, como se durante todo o tempo o autor estivesse nos afastando, nos deslocando da realidade.
Tirza (a rainha do sol) é um livro nebuloso, escuro e triste, apesar de começar com uma festa.

@leiturasdosamm
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Nathalie.Murcia 11/05/2019

Perturbador

Livro perturbador. É iniciado como uma história banal e, aparentemente, tem-se a impressão de que se desenvolveria um prosaico drama familiar, sem maior profundidade. Sem embargo, a narrativa ácida do escritor a respeito da vida estabilizada e tranquila do editor de classe média alta, Jorgen Hofmeester, superou minhas expectativas. O personagem principal, apesar de ser um homem com uma boa condição financeira, residente num bairro nobre de Amsterdã e com uma profissão respeitável, é, em verdade, um fracasso no trabalho e na vida sentimental, alguém que só ocupa espaço sem ser notado. Ele se resignou ao seu papel insignificante e se dedicou, com afinco, a empreender tarefas domésticas e a cuidar das filhas, voltando sua fixação, sobretudo, à caçula, Tirza. A esposa, após abandonar o lar conjugal para viver uma paixão, retorna três anos depois, um pouco antes da realização da festa de despedida de Tirza, para a África. Nessa festa, acontecimentos bizarros se sucedem, e Tirza aproveita a ocasião para apresentar o namorado marroquino, o que desagrada ao pai por completo, principalmente em razão da semelhança física do rapaz com o terrorista Mohamed Atta. Novos fatos são desencadeados, e o romance atinge seu ápice, cujo desfecho é inesperado e surpreendente. Na definição do New York Times, "comicamente sinistro e implacável". Não há melhor definição para resumir essa obra. A exploração das relações familiares desequilibradas, sufocantes, e o desnudamento psicológico dos personagens é alicerce da narrativa. Não vejo a hora de ler os demais livros do autor holandês. Recomendadissímo! Mais resenhas no meu Instagram.

site: http://.instagram.com/nathaliemurcia/?hl=pt-br
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Gláucia 31/07/2019

Tirza - Arnon Grunberg
O livro se inicia com Jorgen Hofmeester, homem na meia idade com sua vida perfeita: duas filhas, bom emprego, casa situada num dos melhores endereços da Holanda, preparando um jantar de despedida para sua filha caçula e preferida que completou 18 anos e vai passar um ano viajando pela África com o namorado marroquino.
À medida que ele faz os preparativos vai se recordando dos eventos familiares marcantes percebemos tudo o que está por trás dessa fachada de vida perfeita de perfil de instagram. A realidade é tenebrosa.
O livro me pegou de jeito, fazia tempo que não lia algo tão envolvente, não queria largar a leitura enquanto não soubesse de tudo. A narrativa é tensa e o autor consegue manter o suspense até o final já que desde o início é sugerido que algo terrível aconteceu mas só no final descobriremos. E que final! Que livro!
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luizhenrique.dourado.1 16/08/2019

Arrebatador
Tirza é uma obra de extremo refinamento, construída de forma inteligentíssima, sombria e provocadora. A história acompanha umbilicalmente o atormentado protagonista Jörgen. Sem desgrudar dele e, por muitas vezes fluído, quase simbiótico, o narrador em terceira pessoa limitada apresenta um homem próximo da velhice, recheado de conflitos internos, acumulador de fracassos, que vê na criação e bajulação da filha mais nova "Tirza" uma forma última de prazer e de redenção. Mesmo em acontecimentos triviais, como a festa de formatura de sua preferida, ou a forma como aperta o sushi, grandes episódios internos são desenvolvidos, com a exposição das diversas camadas de Jörgen, sua neurose, sua paranoia, e uma filosofia que flerta com o niilismo. Ao mesmo tempo que muito se revela sobre o personagem, o leitor engata numa marcha de tensão, pois percebe que sentimentos importantes estão sendo mal escondidos, sendo impossível de largar a leitura até se deparar com o final arrebatador. "Tirza" é um daqueles livros que invadem a alma, que regurgitamos por semanas, a obra-prima, talvez um clássico contemporâneo, de um dos mais badalados escritores atuais da Europa.
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Giliade 22/01/2020

A PROFÍCUA LITERATURA HOLANDESA!
GRUNBERG, Arnon. Tirza. Editora Rádio Londres. Rio de Janeiro, 2016.

Poucas obras possuem a natureza de modificar ao longo de sua trajetória a empatia que o leitor estabelece com suas personagens. Tirza, do holandês Arnon Grunberg é um desses raros casos. Hoffmeester é um homem resignado que vive em função de satisfazer os caprichos de sua filha caçula Tirza. Em um primeiro momento, a apresentação é conduzida tendo como pano de fundo o cenário de uma festa de aniversário que também marca a despedida do colegial, bem como da incursão que sua caçula fará rumo ao Continente Africano onde pretende passar uma temporada. Hoffmeester, um homem em que a idade não é definida, mas, pelas descrições o leitor deduz é um sexagenário aposentado, fora abandonado pela mulher por motivos desconhecidos. Aliás, é justamente a sua relação com o trabalho e com a ex-esposa que compõem toda a natureza de Hoffmeester e toda a habilidade com que Grunberg consegue conduzir a narrativa. Nada nunca é exatamente como o leitor imagina. A construção reside no fato de fatiar amor e ódio em quantidades exatas. Não há muito mais a ser dito que não caracterize spoilers. Uma leitura essencial para compreender o que de melhor tem sido escrito na literatura contemporânea.
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